Muita gente nem imagina isso, mas os ataques de pânico em cães são bastante comuns. Por isso, é bem importante saber identificar quando isso ocorre.
Essas manifestações podem ocorrer por vários motivos, como barulhos altos, acidentes, brigas com outros animais, entre outras causas.
Independentemente do tipo de ocasião, é fundamental descobrir o que ocasiona o problema, de modo que seja possível ajudar o animal a superar essa situação desagradável.
Sendo assim, esse texto vai te mostrar quais são as possíveis causas, sintomas e também formas de tratamento dos ataques de pânico em cães. Vamos lá!
Por que os cães têm ataques de pânico?
Se os ataques de pânico em cães são relativamente comuns, é muito importante compreender o porquê isso acontece.
No que diz respeito a isso, existem diversas questões, sobretudo as que se relacionam a diversas circunstâncias estressantes e, também à raça do cão.
Um dos maiores exemplos disso, é sobre os animais que sofrem maus-tratos em algum momento da vida.
Sempre que ele passar por um momento de tensão, se sentirá com medo e apresentará sinais típicos de ansiedade e medo.
Nesse caso, gritos, barulhos altos ou até mesmo a agitação de uma pessoa podem fazer com que o animal se sinta amedrontado.
Mas os fatores que mais fazem com que os cães sintam medo realmente, são os barulhos demasiadamente altos, como rojões, trovões, sirenes, tiros, entre outros.
Isso acontece principalmente porque os animais possuem uma enorme sensibilidade auditiva. Dessa forma, sentem-se com medo quando ouvem barulhos que são naturalmente muito altos.
Uma questão interessante de se comentar é que os cães podem ter reações diferentes, que podem variar entre choros, agitação, busca por um esconderijo ou até mesmo agressividade.
De qualquer maneira, tamanha ansiedade pode provocar problemas ao animal, uma vez que ele pode até mesmo ter uma lesão.
Há muitos relatos de cães que têm reações tão intensas aos ataques de pânico que chegam a morrer por isso. Então, é fundamental reconhecer as manifestações e saber como ajudar o cão.
Como ajudar em caso de ataques de pânico em cães
Os ataques de pânico em cães podem ser bastante graves e ocasionar danos aos animais. Por isso, é fundamental saber como agir nesses casos para conseguir ajudar o cachorro.
Agir no momento certo é muito importante para ajudar o animalzinho a melhorar. Isso porque de maneira geral os animais não apresentam melhora espontânea.
É muito importante também ter extrema atenção em relação à forma como o próprio tutor reage a um ataque de pânico.
Algumas reações automáticas do tutor podem não ajudar e, ainda acabar piorando a situação. Automaticamente muitas pessoas acabam conversando com o cão de maneira carinhosa e, chegam até a fazer afagos.
Por mais que isso pareça adequado, acaba por reforçar esse comportamento. Isso porque o cão vai se sentir bem e estimulado a ter essa atitude novamente.
Por outro lado, alguns tutores brigam com o cachorro quando ele se sente assustado e fica agitado.
Isso também é inadequado, uma vez que o cão vai acabar associando os seus ataques de pânico com algo que seja extremamente negativo.
Ou seja, o cão sentirá medo pela situação em si e, ainda vai ter medo da reação do tutor. Dessa forma acaba tendo medo em dose dupla.
Dessa forma, é muito importante reagir de maneira adequada, visando sempre encontrar um equilíbrio entre essas duas situações extremas.
O melhor a se fazer é mostrar ao animal que está tudo bem e, que ele não está sozinho para superar aquela situação de medo.
Muitas vezes o cão também precisa ficar sozinho até que o ataque de pânico passe. Nesse caso, é interessante que o dono se afaste, mas que deixe o animal em um local seguro e confortável.
Além disso, é bom que o tutor esteja sempre disponível e pronto para agir caso seja necessário fazer algo pelo cão.
Peça ajuda a um profissional
Os ataques de pânico em cães podem ser bastante graves, uma vez que os animais não conseguem controlar o seu medo, manifestando diversas reações.
Em alguns casos o tutor consegue contornar a situação e ajudar o animal a ficar melhor. No entanto, há situações em que os esforços não são suficientes e, quando isso acontece o mais certo a se fazer é buscar por ajuda profissional.
Caso perceba que o seu cachorro tem ataques de pânico intensos com certa frequência, converse com o veterinário, pois ele poderá te orientar.
Nesses casos geralmente é preciso contratar um especialista em comportamento animal, que possa adestrar o cão, mostrando a ele como agir em cada situação.
No caso do medo intenso a sons altos, por exemplo, há uma técnica de exposição gradual ao barulho.
Basicamente se emitem os sons que assustam o animal, partindo de um volume mais baixo e aumentando progressivamente.
Diante dessa exposição, pode-se treinar o cão a não se sentir assustado e perceber que mesmo que o barulho pareça assustador está tudo bem.
Mas o profissional sabe como aplicar as técnicas adequadamente, de modo que o cão não tenha os seus comportamentos reafirmados.
Como saber se o cão realmente tem ataques de pânico?
Para que você possa ajudar o seu cachorro em relação aos ataques de pânico, é fundamental que saiba definir adequadamente se o animal realmente apresenta o problema.
Para isso, deve-se observar como o cão reage diante das diversas situações estressantes no dia a dia.
Todo animal de estimação sempre vai ter reações e demonstrar comportamentos específicos diante do tutor. Isso deve dar indícios importantes sobre se há um problema mais grave.
Sendo assim, fique sempre atento às reações do seu cão às mais diferentes situações. Ele pode apresentar atitudes como:
- Vocalização exagerada: o animal emite sons altos, como grito, tentando atrair a atenção do tutor;
- Fazer xixi e cocô dentro de casa: se esse comportamento surgir de repente, pode ser que se trate de uma reação ao pânico;
- Comportamento destruidor: roer objetos pode ser uma manifestação. Isso é ainda mais claro quando o animal destrói portas e janelas por buscar uma saída ou local onde possa se proteger.
Além dessas atitudes diferenciadas, durante ataques de pânico em cães é comum que se observem algumas manifestações físicas, que incluem por exemplo:
Todas as vezes que você perceber esses indícios de ataques de pânico em cães, tente acalmar o animal, tendo cuidado apenas em não afirmar esse comportamento.
Se tiver dúvidas sobre isso, procure por ajuda de um profissional veterinário. Ele saberá como te orientar em cada caso.
Mas afinal, o que é o ataque de pânico em cães?
Basicamente, o ataque de pânico em cães consiste em uma série de reações a situações estressantes que provoquem medo, ansiedade e atitudes anti sociais em animais domésticos.
De acordo com estudos relacionados a esse tema, a quantidade de animais que sofrem com esse problema aumenta a cada ano.
Está cada vez mais comum que animais cheguem ao consultório apresentando sinais de pânico. Por isso, é fundamental que os profissionais estejam prontos para orientar os tutores em relação às atitudes corretas a se tomar em cada caso.
Entre as quatro e doze semanas de vida o animal consegue desenvolver mais facilmente uma relação de confiança e parceria em relação ao tutor.
Mas fora desse período, é mais comum que o animal apresente problemas. Por isso, a socialização é de extrema importância para que o cão se acostume com o convívio dentro de uma sociedade.
Animais que passam muito tempo em canis, privados do contato humano, tendem a se tornar mais arredios e, até mesmo mais agressivos.
É muito importante perceber também que esses ataques de pânico em cães estão se tornando mais frequentes devido à forma com que esses animais vivem atualmente.
Nos últimos anos o perfil das famílias vem se alterando. Até pouco tempo, os animais viviam em amplos espaços, nos quais podiam se locomover, se alimentar e se reproduzir livremente, sem muita interferência.
Então, as famílias passaram a ocupar cada vez mais um ambiente urbano mais agitado e, muitas delas passaram a morar em apartamentos.
Nesses ambientes os animais sentem-se presos e, para piorar perdem muito do contato com os seus humanos, que passaram a sair de casa cada vez mais cedo e voltar cada vez mais tarde.
Além disso, a alimentação e reprodução passaram a ser controlados pelos humanos e, se dão de maneira cada vez mais artificial.
Com isso, muitos cães não conseguem lidar bem com essas situações e, dessa forma adoecem emocionalmente.
É muito importante perceber os indícios disso para evitar prejuízos aos animais, iniciando um tratamento adequado o mais rápido quanto for possível.
Geralmente o especialista vai recomendar homeopatia ou, até mesmo medicamentos alopáticos da classe dos ansiolíticos.
É fundamental que o profissional avalie cada um dos casos e, que prescreva um tratamento adequado dependendo das demandas de cada cão.
Ansiedade Canina
Além dos ataques de pânico em cães, é muito importante entender que muitos animais sofrem de ansiedade.
E é fundamental saber diferenciar os dois tipos de manifestações, evitando assim interpretações e tratamentos incorretos.
Os motivos para a ansiedade são os mesmos já citados, uma vez que os cães passam a viver em ambiente urbano ao lado dos seus tutores.
A humanização do animal também pode trazer malefícios, uma vez que leva o cão a ter uma relação de grande dependência em relação ao seu tutor.
Com isso, o pet pode apresentar sinais como ansiedade, apego excessivo e depressão, que geram prejuízos emocionais enormes.
A ansiedade de separação, por exemplo, é um distúrbio muito frequente em cães e, isso provoca problemas no próprio animal e, também no seu tutor, que sofre em ter que deixar o cachorro em casa para trabalhar, por exemplo.
Por isso, é preciso ter muito cuidado para não se permitir que a relação de parceria entre homem e cão seja demasiadamente intensa que ocasione problemas para ambas as partes.
Sintomas da doença
A ansiedade canina pode provocar sinais diferentes dependendo de cada animal. Por isso, em algumas situações pode ser difícil identificar de maneira correta o que acontece com o cão.
É muito importante conhecer as principais manifestações desse problema, de modo a conseguir identificar o problema precocemente e buscar por auxilio profissional. Veja a seguir as principais:
- Agressividade diante de algumas situações e, outros comportamentos inesperados;
- Arrancar pelos de diferentes partes do corpo;
- Lambedura constante nas patas;
- Hiperatividade;
- O animal começa a engordar ou emagrecer demais;
- Surgem feridas que não cicatrizam (sem outras causas aparentes);
- Mudanças repentinas de apetite sem outras motivações.
Sendo assim, o tutor deve estar sempre bem atento à mudanças bruscas no comportamento do animal, bem como na sua rotina.
Tratamento para a ansiedade
Obviamente, não existe um tratamento específico para a ansiedade que vá funcionar em todos os casos.
Por isso, os animais devem ser avaliados de maneira individual, buscando-se uma opção de tratamento compatível.
Algumas atitudes e mudanças na rotina podem contribuir positivamente, sendo as principais:
- Fazer passeios diários com o cão, sobretudo em áreas verdes nas quais ele possa ter contato com pessoas e outros animais;
- O tutor deve dedicar um pouco de tempo diariamente para brincar e cuidar do cão;
- O tutor deve se comportar como líder;
- Ao sair, é preciso trabalhar o reforço positivo. Agradar o cão ou oferecer um petisco é uma boa ideia. Mas depois, não olhe para trás. Seja firme;
- Estimule que o cão aja de maneira tranquila diante das diferentes situações;
- Ofereça brinquedos para o animal se entreter na sua ausência;
- Converse com o cão e passe bastante tempo com ele. Isso fortalece o vínculo entre vocês e proporciona confiança.
Em muitos casos essas atitudes não são suficientes para que o animal deixe de apresentar o transtorno de ansiedade.
Nesses casos é preciso buscar ajuda de um veterinário, que é apto a prescrever medicamentos, caso isso seja necessário.
Entretanto, o uso de medicamentos deve ser feito com bastante cautela.
Os ataques de pânico e ansiedade em cães são mais comuns do que se imagina. Por isso, é fundamental saber identificar os sinais e agir da maneira mais adequada diante disso.