Alguns cães latem mais do que outros, e isso pode ser natural dentro de certos contextos.
No entanto, quando o latido se torna constante e sem motivo aparente, é preciso prestar atenção.
Esse comportamento pode estar relacionado a fatores emocionais, ambientais ou físicos. E mais do que um incômodo, o excesso de latidos pode prejudicar o bem-estar do próprio animal.
Acompanhe este guia para saber mais!
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Efeitos dos latidos excessivos
Quando um cachorro late de forma contínua e descontrolada, seu organismo passa a sofrer efeitos negativos com o tempo.
O latido em excesso é um sinal de que o cão não está conseguindo lidar com o ambiente ou com suas emoções. Isso pode indicar frustração, ansiedade, medo ou até tédio prolongado.
O resultado é um estado de alerta constante, que interfere na qualidade do sono, na alimentação e na disposição do animal.
Confira as possíveis consequências:
Aumento do cortisol
O cortisol é um hormônio liberado em situações de estresse e sua função é preparar o corpo para reagir diante de ameaças.
Porém, quando um cachorro vive em alerta constante e late sem parar, a produção de cortisol se mantém alta por longos períodos. Isso afeta diretamente a saúde do animal, causando queda de imunidade, maior propensão a doenças inflamatórias, alterações no apetite e distúrbios digestivos.
Além disso, níveis altos e prolongados de cortisol afetam o sistema nervoso, podendo levar a quadros mais graves de ansiedade canina. O organismo do cão passa a funcionar em um estado de desgaste o tempo todo, o que compromete sua vitalidade e bem-estar.
Enfraquecimento do vínculo com a família
Latidos constantes podem interferir na relação entre o cachorro e os membros da casa.
Quando o comportamento se repete com frequência, os tutores tendem a perder a paciência, gritar ou isolar o animal, mesmo sem intenção de puni-lo de forma agressiva.
Isso faz com que o cão se sinta incompreendido ou até punido por um comportamento que ele não consegue controlar.
A comunicação entre tutor e pet se fragiliza, e o cachorro pode desenvolver medo ou desconfiança. Em vez de buscar conforto e segurança na presença da família, ele pode se tornar mais arredio, dificultando ainda mais a convivência harmoniosa e afetiva.
Estresse dos tutores
Além dos prejuízos para o próprio cão, o latido excessivo pode gerar estresse direto nos tutores. O barulho constante interfere na rotina da casa, no sono e na concentração, o que compromete o bem-estar de todos.
Em condomínios ou vizinhanças próximas, o comportamento também gera conflitos externos, o que aumenta ainda mais a pressão sobre os responsáveis pelo animal.
Esse cenário pode causar frustração e sensação de impotência, especialmente quando os tutores não sabem como ajudar o pet ou já tentaram de tudo sem sucesso.
O ambiente doméstico, que deveria ser um espaço de descanso e equilíbrio, passa a ser marcado por tensão.
O que fazer nesses casos?
Diante do latido excessivo, o mais importante é reconhecer que o problema não deve ser ignorado nem tratado com punições. É essencial investigar as causas com atenção, já que esse comportamento pode estar ligado a diversos fatores, como dores, doenças, solidão, falta de estímulos ou insegurança.
Para começar, vale observar a rotina do animal: se ele passa muitas horas sozinho, se tem acesso a brinquedos, passeios regulares e interação com a família. A partir dessa análise, é possível perceber se o ambiente e as atividades diárias estão sendo suficientes para atender às necessidades do cão.
Além disso, é recomendável levar o animal ao veterinário para descartar causas físicas ou neurológicas. Se não houver alterações de saúde, o ideal é buscar orientação de um profissional de comportamento animal.
Adestradores e especialistas em comportamento canino podem indicar estratégias para corrigir o hábito, como o uso de reforço positivo, enriquecimento ambiental e mudanças na forma de lidar com o pet.
Essas ações ajudam a reduzir os latidos e a promover uma rotina mais equilibrada, beneficiando tanto o cão quanto seus tutores.
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