Cachorro paralítico volta a andar: tratamento inovador no Brasil. Veja!

Um cãozinho chamado Teodoro trouxe nova esperança para tutores de animais com lesão medula espinhal. Após perder os movimentos das patas traseiras, ele voltou a se movimentar graças a um tratamento revolucionário desenvolvido no Brasil. 

Quando a medula espinhal é danificada, a comunicação entre o cérebro e as partes do corpo é interrompida, resultando em paralisia parcial ou total. Tradicionalmente, essa condição era considerada irreversível, deixando tutores e veterinários com poucas opções de tratamento.

Pesquisa com cães pode ser uma esperança para quem perdeu os movimentos com lesões de medula
Teodoro cãozinho que sofria por paralisia por lesão na medula/Foto: Globo TV

O caso de Teodoro, no entanto, mudou essa perspectiva. Ele faz parte de um estudo clínico inédito conduzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que utiliza uma proteína chamada polilaminina para estimular a regeneração de conexões nervosas. Este avanço científico oferece esperança para cães que sofrem com lesão medula espinhal.

Lesão na medula espinhal em cachorros

A lesão medula espinhal ocorre quando há dano na estrutura nervosa que conecta o cérebro ao resto do corpo. Esta lesão pode ser causada por diversos fatores, incluindo acidentes automobilísticos, quedas, hérnias de disco, tumores ou traumas durante brincadeiras. Quando a medula é lesionada, os sinais nervosos não conseguem mais trafegar normalmente, resultando em perda de movimentos e sensibilidade.

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Neurônio, foto ilustrativa.

 

O local da lesão na coluna vertebral determina quais partes do corpo serão afetadas. Lesões na região torácica ou lombar, como no caso de Teodoro, geralmente afetam as patas traseiras, enquanto lesões cervicais podem comprometer todos os membros. O diagnóstico preciso da lesão medula espinhal cachorro requer exames veterinários especializados, incluindo radiografias, tomografias ou ressonâncias magnéticas.

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Tratamento com polilaminina

O tratamento inovador desenvolvido pela professora Tatiana Sampaio, da UFRJ, utiliza uma proteína chamada polilaminina para tratar lesão medula espinhal . Esta proteína é naturalmente encontrada no corpo de todos os animais e funciona como uma “instrução” para as células, orientando-as sobre suas funções. “A polilaminina é uma proteína que está presente no corpo em vários lugares e também está presente em todos os animais”, explica a pesquisadora.

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Teodoro o cão/Foto: Globo TV

Em casos de lesão medula espinhal cachorro, os axônios (prolongamentos dos neurônios) não conseguem se regenerar sozinhos. A polilaminina foi “turbinada” em laboratório para formar uma malha capaz de estimular a regeneração dessas conexões nervosas. A proteína é extraída de placentas e processada para criar um caminho que permite aos sinais nervosos voltarem a circular.

O procedimento consiste em uma injeção direta da polilaminina na coluna vertebral do animal. A pesquisadora destaca que “a laminina é uma força da natureza” e que o objetivo é seguir o caminho natural de regeneração para desenvolver um medicamento efetivo.

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Resultados do teste clínico brasileiro

O estudo clínico envolveu seis cães com lesão medula espinhal, incluindo Teodoro. Todos os animais receberam a injeção de polilaminina e foram acompanhados por seis meses, com avaliações técnicas regulares da capacidade de caminhada. Os resultados foram animadores: quatro dos seis cães, incluindo Teodoro, apresentaram melhora significativa no índice que mede a capacidade motora dos animais.

Admílson Santos, tutor de Teodoro, relata a transformação que presenciou: “O Teodoro está aí, está reagindo, está superando as expectativas e eu acredito que muito em breve ele vai conseguir andar sem nenhum tipo de aparelho”. 

Os resultados foram tão promissores que o estudo foi publicado em uma das principais revistas científicas veterinárias do mundo. Esta publicação valida cientificamente o tratamento e abre caminho para sua aplicação em maior escala. 

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Perspectivas futuras e esperança para tutores

O projeto, que começou a ser desenvolvido no início dos anos 2000, está agora em uma fase crucial. Os pesquisadores aguardam autorização da Anvisa para iniciar testes clínicos em humanos, expandindo o potencial benefício do tratamento além dos animais. 

Enquanto aguardamos a disponibilização comercial do tratamento, é importante que tutores mantenham esperança e continuem fornecendo os melhores cuidados possíveis aos seus animais. O caso de Teodoro prova que a ciência está avançando rapidamente no tratamento de lesão medula espinhal cachorro, e que milagres médicos são possíveis quando pesquisa, dedicação e amor se combinam.

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