A maioria das pessoas já ouviu falar em fenda palatina em cães, principalmente pelo o nome popular, pela qual é conhecida: “Goela de lobo”.
Essa anormalidade é percebida principalmente quando o cão é filhote, pois no momento de mamar sempre apresenta um quadro de engasgo.
A fenda palatina pode afetar o palato duro, popularmente chamado de “céu da boca” ou o palato mole (continuação do palato duro), fazendo com que haja uma ligação da boca com a região nasal.
Além da fenda palatina, existem animais que apresentam as fendas labiais, conhecidas como lábio leporino, porém não é obrigatório que elas ocorram simultaneamente.
Por causa da pouca informação das maiorias dos tutores, muitos filhotes de cães que apresentam a fenda palatina chegam a adoecer de pneumonia, devido ao o leite ir diretamente para o pulmão.
Raças com mais tendência à fenda palatina
Cães e gatos de raça pura têm maior incidência de fenda palatina. E as raças braquicefálicas, com rostos curtos, são as mais afetadas.
fissura palatina pode ocorrer mais comumente em Boston Terrier, pequinês, bulldogs, schnauzers miniatura, beagles, cocker spaniels e dachshunds. Embora a genética seja considerada a principal causa desse problema, deficiências nutricionais, vírus e venenos que afetam a mãe durante a gravidez também podem aumentar o risco de fenda palatina em cães.
Causas da fenda palatina em cães
A causa do aparecimento da fenda palatina em cães é de origem congênita. Ou seja, o animal já a apresenta no nascimento.
Estudiosos afirmam que uma das principais causas para que haja o aparecimento dessa anormalidade genética é a consanguinidade. Isso ocorre principalmente em cães de raça, quando o tutor cruza animais que sejam da mesma família.
Tipos de fenda palatina em cães
Uma fenda palatina é uma abertura entre a boca e o nariz, resultado dos tecidos que separam as duas cavidades e impedem que elas cresçam juntas adequadamente. Esse defeito de nascimento pode se apresentar como um dos dois tipos:
- Fenda palatina primária: Também conhecida como lábio leporino ou lábio leporino, uma fenda primária se apresenta no lábio do cão.
- Fenda palatina secundária: Uma fenda secundária se desenvolve no céu da boca, dificultando sua localização. Dentro da boca, a fenda pode se estender ao longo do palato ósseo duro ou do palato mole flexível usado na deglutição. Em casos extremos, a fenda pode se estender ao longo de ambas as partes do palato.
Embora a maioria dos cães tenha apenas um tipo de fenda, é possível que ele tenha fenda palatina primária e secundária.
Sintomas de fenda palatina em cães
Os sinais clínicos da fenda palatina são bem clássicos e de fácil visualização. Normalmente são percebidos nos primeiros dias de vida do filhote, quando o mesmo chega a apresentar a seguinte sintomatologia clínica:
- O filhote toda vez, no momento da amamentação, apresenta engasgos;
- O tutor ao abrir a boca do animal, observará uma fissura no céu da boca do animal. Ela pode ser bem estreita ou bem larga;
- Pode ser observado um pouco de leite sair pelo nariz.
- O pet depois de poucos dias pode apresentar sinais de pneumonia, tais como: Febre; Anorexia (não se alimenta mais); Dificuldade respiratória; Prostração;
- Coma e morte na maioria dos casos, já que acomete principalmente cães recém-nascidos.
Diagnóstico
O diagnóstico final deve ser feito unicamente por um profissional médico veterinário. É importante que o tutor examine o cão em casa, a fim de observar alguma anormalidade no palato do animal.
Em muitos casos, como dito anteriormente, o animal apresenta pneumonia por aspiração. Sendo assim, é necessário que o médico veterinário faça a auscultação pulmonar, e se achar necessário, um raio-X.
Tratamento
O tratamento para a fenda palatina é unicamente cirúrgico. A cirurgia normalmente é feita quando o animal alcança uma idade segura para ser exposto à uma anestesia. Isso quem determinará é o médico veterinário que estará à frente do caso.
Antes mesmo da intervenção cirúrgica, deve fazer o tratamento da pneumonia aspirativa, caso exista. Normalmente são feitas terapias medicamentosas para o quadro ser revertido.
Supondo que não ocorram complicações graves e os filhotes sejam saudáveis o suficiente, a correção cirúrgica pode ser aconselhável após as quatro semanas de idade.
As preocupações individuais de saúde de cada paciente e os detalhes dos defeitos palatais informarão o momento ideal da cirurgia e a técnica escolhida. Vários procedimentos cirúrgicos podem ser necessários à medida que esses filhotes crescem e seu palato se expande.
Por esse motivo, bem como por motivos relacionados ao risco anestésico, a cirurgia é considerada o último recurso melhor realizado posteriormente na infância, quando o palato está mais próximo do seu tamanho adulto.
Prevenção
A prevenção deve ser feita pelo tutor ou pelo médico veterinário quando o animal nascer. Deve ser avaliado todo o palato do animal, a fim de se detectar qualquer anormalidade.
É importante que isso seja feito, pois assim evita que o tutor perca o filhote por conta das conseqüências advindas desta má formação.