A leptospirose, também conhecida popularmente por “doença do xixi do rato”, é uma moléstia que acomete inúmeros animais, tendo uma atenção especial por também ser transmitida para o homem, sendo assim classificada como uma zoonose (doença transmitida do animal para o ser humano). Como o próprio nome popular diz, a doença é transmitida através do contato do animal ou homem com a urina do rato, pois nela pode conter a bactéria causadora da leptospirose.
É sempre bom lembrar que nem todo rato está infectado com a bactéria, porém deve-se sempre evitar o contato.
O surto da doença ocorre principalmente em épocas chuvosas e/ou em áreas alagadas, onde a urina do rato pode se disseminar com mais facilidade. Muitos animais adquirem a leptospirose, quando ingerem comida ou água infectada. Existem muitos casos de animais com aptidão de caça contraírem a doença, pois entram em contato direto com o agente infectante (urina do rato) ao lamber e morder no ato da caça.
Sintomas da Leptospirose Canina
Os animais que são contaminados com a bactéria da leptospirose, podem apresentar sintomas entre 4 a 11 dias após contrair a doença. Existem animais assintomáticos, ou seja, animais que não apresentam sintomas. Esses devem ser observados diariamente, pois a moléstia pode estar sendo agravada internamente.
Os principais sinais clínicos que aparecem nos animais acometidos, são:
– Anorexia (falta de apetite);
– Urina marrom escura;
– Vômito;
– Desidratação;
– Prostração;
– Poliúria (urinar em excesso);
– Ffebre;
– Icterícia (mucosas amareladas nos olhos, gengiva e etc).
Diagnóstico da leptospirose canina
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais. Os exames mais pedidos pelos médicos veterinários atualmente, são: Hemograma (exame de sangue) e a urinálise (exame de urina). Os exames serão pedidos pelo profissional, após um exame clínico, onde o mesmo, irá avaliar a necessidade ou não dos exames.
Tratamento da leptospirose
O tratamento da leptospirose canina deve ser feita exclusivamente por um médico veterinário de sua confiança. O tratamento é feito através de terapias medicamentosas e, em casos mais graves, que incluam uma desidratação profunda, pode ou não ser escolhido a fluido terapia como apoio. A leptospirose causa danos severos nos rins e no fígado. Um medicamento administrado errado, pode comprometer ainda mais o quadro clinico do animal.
Prevenção
A principal prevenção da leptospirose canina é a vacinação anual do animal. Um cão com atraso na vacinação, pode ser um forte candidato a contrair essa enfermidade. Um meio bastante comum de evitar a disseminação da leptospirose, é nunca deixar lixo espalhado, ração do animal sem proteção, amontoado de caixas e objetos e entre vários fatores.
O uso de raticidas, vendidos no mercado atualmente, é uma boa forma de evitar a proliferação de ratos no local, porém deve-se por em locais estratégicos e que não estejam ao alcance dos animais, evitando assim, uma intoxicação. Mantenha sempre o local limpo aonde seu animal frequenta e evite deixar a ração exposta para seu cão o dia inteiro, espere ele terminar e recolha o pote.
Qualquer anormalidade no comportamento do seu animal, consulte um médico veterinário.
[george]
Por Suellem
Bom dia, tenho 4 cachorros, moro numa casa entre dois terrenos baldios, ultimamente tem aparecido camundongos e dois dos meus cachorros tem matado os ratos. Todos eles tem a vacina em dia V10 em dia. O que devo fazer? Qual a precaução devo tomar? Estou muito preocupada com essa infestação de ratos.
Por gallionHD .
Tenho uma Poodle chamada Kissy que contraiu Leptospirose, mesmo vacinada.
Moramos em uma região com índeces altos de infecção por ser uma região de sítios e fazendas e descobri, da pior forma, que a poliviral que teria validade de 1 anos, nestas regiões, vale por 6 meses apenas.
A CONTAMINAÇÃO E A DESCOBERTA DA DOENÇA
Achamos estranho que a Kissy passou 1 dia e meio sem se alimentar. Depois notamos que os olhos, a barriga e a orelha ficaram amarelados, como se tivesse hepatite.
Na segunda fomos ao veterinário e a suspeita de contaminação com a Leptospira foi comprovada através de um Hemograma Completo e o Exame de Sangue Específico.
O médico veterinário me falou que o tratamento só poderia ser feito em clínicas particulares e não seria garantido. Então ele me falou que deveríamos SACRIFICAR O ANIMAL.
Fiquei muito preocupado com a Educação Veterinária no Maranhão, pois um professor desses está ensinando aos seus alunos que devem ser frios e a solução é SACRIFICAR. Você que está lendo esta postagem deve saber o quanto isso é difícil de ouvir.
Comecei então uma busca pela Internet para encontrar o tratamento para esta doença. Descobri que o Ministério da Saúde e a Vigilância Sanitária chegaram a uma conclusão (que os alunos e professores de Veterinária deveriam saber): É POUCO PROVÁVEL QUE UM DONO CONTRAIA LEPTOSPIROSE ATRAVÉS DA URINA DE SEU CÃO. A explicação é que o vírus não sobrevive mais que 20 minutos fora do organismo do cachorro, diferentemente do Rato, pois o vírus sobrevive há dias na urina deste, mesmo fora do animal.
Então, depois de muitas pesquisas conseguimos reunir as informações suficientes para tratar a Kissy.
TRATAMENTO DE LEPTOSPIROSE ANIMAL
Fluidoterapia:
-Eletrolítico durante o dia todo, a cada refeição.
Refeição: (Papinha)
-Frango, Fígado, Chuchu e Beterraba: cozidos e batidos no liqüidificador.
Medicação:
-Chá de Raízes batitas de Chanana, a cada refeição.
-Doxiciclina, 50mg, a cada 12h.
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Refeições:
8h – Café da Manhã: Papinha + Eletrolítico + Chá + Doxiciclina
Algumas vezes eu dava Iogurte também (+Iogurte Natural 1/2 copo)
13h – Almoço + Eletrolítico + Chá
20h – Jantar + Eletrolítico + Chá + Doxiciclina
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Modo:
-Tratamento 3 semanas, 21 dias.
-Sempre usar luvas descartáveis, sempre novas.
-Cuidado com a Urina do animal.
-Manter o animal em local encimentado ou perto de areia.
-Manter afastado de outros animais.
-Se o animal urinar em Piso de cerâmica, lipe imediatamente com Desinfetante.
-Somente uma pessoa da casa deve cuidar do animal.
-Após duas semanas a icterícia desaparece completamente, mas cuide para não suspender a medicação. Não se deixe enganar pelo quadro do animal, mantenha a medicação e os cuidados por 3 semanas.
-Após 3 Semanas, solicitar novos exames de Leptospirose: Sangue, Urina e Hemograma completo. Estes exames devem constatar que a Leptospira retrocedeu mas, em alguns casos, pode ocorrer de o animal ainda ser transmissor, mesmo curado. Neste segundo caso, refazer os exames a cada semana. Alguns animais, em casos raros, podem ser transmissores por até 9 meses, mesmo curados.
HOJE ELA ENCONTRA-SE CURADA E LINDA COMO SEMPRE!
Nossa família ficou muito grata a Deus por ter nos ajudado neste tratamento.
Espero tê-lo ajudado.