Nunca deixe o seu cão por períodos longos de sedentarismo - Foto: Canva
As convulsões são episódios súbitos e temporários de atividade cerebral anormal que podem afetar tanto os seres humanos quanto os animais, incluindo cães.
Esses episódios podem ser preocupantes e assustadores para os donos de cães, pois muitas vezes são acompanhados de movimentos involuntários, perda de consciência e comportamento anormal.
Existem várias causas possíveis para convulsões em cães, e identificar a causa subjacente é crucial para o diagnóstico e tratamento adequados.
Uma das principais causas de convulsões em cães é a epilepsia, uma condição neurológica crônica caracterizada por convulsões recorrentes sem uma causa específica identificável. A epilepsia pode ser hereditária ou desenvolver-se ao longo da vida de um cão.
Além da epilepsia, outras condições médicas podem desencadear convulsões em cães. Estas incluem doenças metabólicas, como hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), hipocalcemia (baixo nível de cálcio no sangue) e insuficiência hepática (problemas no fígado).
Também podem ser causas de convulsões em cães tumores cerebrais, traumatismo craniano, infecções do sistema nervoso central, envenenamento por substâncias tóxicas ou drogas, e problemas renais.
Além disso, fatores ambientais e desencadeantes também podem levar a convulsões em cães. O estresse intenso, ruídos altos, luzes piscantes, altas temperaturas e desequilíbrios eletrolíticos podem desencadear convulsões em cães predispostos.
Devido à variedade de causas possíveis, é essencial que os proprietários de cães busquem atendimento veterinário imediato se seu animal de estimação apresentar convulsões.
As convulsões reativas ou extracranianas em cães são aquelas que ocorrem como resultado de causas externas ao cérebro.
Esses gatilhos podem desencadear convulsões em cães que não têm predisposição genética para a epilepsia ou outras condições neurológicas subjacentes.
É importante identificar esses gatilhos para evitar episódios recorrentes e proteger a saúde do cão. Abaixo estão alguns dos gatilhos comuns para convulsões reativas em cães:
É importante que os proprietários de cães estejam cientes desses gatilhos e tomem medidas preventivas para evitar a exposição do animal a situações de risco.
Em caso de convulsões recorrentes ou graves, é fundamental procurar atendimento veterinário para avaliação, diagnóstico e tratamento adequados.
As convulsões estruturais ou intracranianas em cães são aquelas causadas por alterações ou lesões diretamente no cérebro.
Esses gatilhos podem estar relacionados a condições neurológicas subjacentes ou a fatores estruturais do sistema nervoso central. A seguir, estão alguns dos gatilhos comuns para convulsões estruturais em cães:
É importante ressaltar que, para identificar a causa subjacente das convulsões estruturais em um cão, é necessário realizar exames diagnósticos, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e análises laboratoriais.
Embora as convulsões possam ocorrer em cães de qualquer raça, existem algumas raças que parecem ter uma predisposição genética para desenvolver convulsões.
É importante lembrar que a predisposição genética não significa necessariamente que todos os cães dessa raça desenvolverão convulsões, mas sim que eles têm uma maior probabilidade de desenvolver a condição. Abaixo estão algumas raças que são conhecidas por ter uma maior incidência de convulsões:
Esta raça é conhecida por ser propensa a desenvolver epilepsia idiopática, uma forma de epilepsia de causa desconhecida. A epilepsia idiopática é caracterizada por convulsões recorrentes sem uma causa identificável.
Os Golden Retrievers também têm uma maior incidência de epilepsia idiopática. Acredita-se que a predisposição genética seja um fator importante nessa raça.
Assim como os Golden Retrievers, os Labradores têm uma maior predisposição para desenvolver epilepsia idiopática. Convulsões recorrentes podem ocorrer nessa raça.
Beagles têm uma taxa relativamente alta de convulsões. Acredita-se que a epilepsia idiopática seja uma das principais causas de convulsões nessa raça.
Border Collies também são propensos a desenvolver epilepsia. Embora a causa exata não seja conhecida, acredita-se que haja um componente genético envolvido.
Boxers têm uma maior incidência de convulsões em comparação com outras raças. Além da epilepsia idiopática, eles também podem ser afetados por outras condições que levam a convulsões, como tumores cerebrais.
É importante destacar que, mesmo nessas raças com maior predisposição, nem todos os indivíduos desenvolverão convulsões.
No entanto, se você possui um cão dessas raças ou de qualquer outra raça e ele apresentar convulsões, é essencial procurar um veterinário para avaliação, diagnóstico e tratamento adequados.
Se o seu cachorro estiver tendo uma convulsão, é importante manter a calma e tomar algumas medidas para garantir a segurança dele durante o episódio.
Tente manter a calma para poder ajudar seu cachorro da melhor maneira possível. Lembre-se de que a convulsão é assustadora, mas é essencial permanecer tranquilo para ajudar seu animal de estimação.
Afaste qualquer objeto que possa representar perigo para o seu cachorro durante a convulsão. Certifique-se de que não haja móveis pontiagudos, objetos afiados ou superfícies perigosas próximas a ele.
Durante a convulsão, seu cachorro pode estar desorientado e pode morder acidentalmente. Evite colocar as mãos ou o rosto perto da boca dele. No entanto, se ele estiver em um local perigoso, como no topo de uma escada, você pode gentilmente mover o animal para um local seguro, tomando cuidado para não se machucar.
Faça uma anotação mental ou cronometre a duração da convulsão. Isso será útil para informar ao veterinário posteriormente. A maioria das convulsões dura apenas alguns minutos, embora possa parecer uma eternidade.
Se possível, observe e anote informações sobre o comportamento do seu cachorro durante a convulsão, como movimentos involuntários, vocalização, perda de consciência, salivação excessiva, entre outros e solicite ajuda do veterinário.
atualizado em 09/12/2023 14:45