A dermatite alérgica a pulgas, também conhecida como alergia a pulgas, é uma condição de pele comum em cães e pode causar bastante desconforto.
Neste artigo, vamos abordar como identificar os sintomas de alergia a pulgas no seu cão e os melhores tratamentos disponíveis para aliviar o incômodo.
O que é a alergia a pulgas em cães?
A alergia a pulgas é uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma substância normalmente inofensiva – no caso, a saliva das pulgas.
Para se alimentar, as pulgas adultas picam o cão e consomem seu sangue, o que pode levar à reação alérgica.
Esses parasitas muitas vezes não permanecem visíveis no corpo do animal, exceto no momento da alimentação, o que dificulta a identificação visual do problema.
Dermatite alérgica a pulgas: o que é e como ocorre
A dermatite alérgica a pulgas ocorre quando a pulga injeta uma pequena quantidade de saliva na pele do cão ao morder.
Essa saliva contém enzimas e compostos que podem desencadear uma intensa coceira nos cães sensíveis.
Um único contato com a saliva da pulga já é suficiente para causar uma reação prolongada, com episódios de coceira que podem durar dias.
Alguns cães desenvolvem uma reação imediata em até 15 minutos, enquanto outros apresentam uma resposta tardia, que pode demorar de 24 a 48 horas para aparecer.
Cães com outras condições alérgicas, como a dermatite atópica, tendem a ser mais propensos a desenvolver dermatite alérgica a pulgas.
Principais sintomas de alergia a pulgas em cães
É importante conhecer os sinais para identificar uma possível alergia a pulgas em seu cão:
- Mordidas e coceiras intensas na base da cauda, na região do dorso e na virilha;
- Movimentos bruscos e pulos súbitos quando a pulga morde;
- Surgimento de pontos quentes – lesões inflamadas que podem evoluir para feridas abertas;
- Infecções secundárias na pele causadas pelo ato de lamber e coçar em excesso.
Mesmo que você não veja pulgas, elas podem estar presentes no ambiente, vivendo em forma de ovos, larvas ou pupas. É importante manter uma rotina de prevenção para evitar que esses parasitas se alojem em seu cão e no ambiente doméstico.
Diagnóstico de dermatite alérgica a pulgas
O diagnóstico da dermatite alérgica a pulgas geralmente é feito por um veterinário, que pode identificar sinais clínicos como perda de pelos na região do dorso e da cauda.
Em casos avançados, a perda de pelos pode se estender para outras áreas, como cabeça e pescoço.
Coçar, lamber e morder a pele frequentemente resultam em feridas, o que cria um ambiente propício para infecções bacterianas e fúngicas.
Em casos específicos, testes alérgicos, como o exame de sangue IgE e testes intradérmicos, podem ser realizados para confirmar a alergia.
Contudo, na maioria das vezes, a resposta aos tratamentos já é suficiente para identificar a dermatite alérgica a pulgas.
Tratamentos para alergia a pulgas em cães
O tratamento da alergia a pulgas inclui o controle da infestação e o alívio dos sintomas. As opções incluem:
- Corticosteroides: usados para aliviar rapidamente a coceira em episódios agudos, porém, com cuidado para evitar efeitos colaterais a longo prazo;
- Antihistamínicos e suplementos de ácidos graxos ômega: frequentemente combinados para reduzir a dosagem de corticoides necessária;
- Controle rigoroso de pulgas: com produtos preventivos, como comprimidos orais e medicamentos tópicos, que evitam a picada da pulga e consequentemente a reação alérgica.
Prevenir a infestação de pulgas é essencial para proteger seu cão e minimizar as chances de reações alérgicas. Mesmo que seu cachorro não apresente sinais evidentes de pulgas, manter uma rotina de prevenção é indispensável, pois as pulgas podem infestar seu lar a qualquer momento do ano.
Dicas para prevenir a dermatite alérgica a pulgas
A prevenção é o melhor tratamento para a alergia a pulgas em cães. Certifique-se de:
- Usar medicamentos antipulgas regularmente: consulte seu veterinário sobre os produtos orais ou tópicos mais adequados para o seu cão;
- Limpar o ambiente regularmente: aspire tapetes, camas e áreas onde o cão passa mais tempo, pois ovos e larvas de pulgas podem estar presentes no ambiente;
- Evitar áreas infestadas de pulgas: se possível, evite que seu cão entre em áreas conhecidas por serem pontos de proliferação de pulgas.
Fatores de risco para o desenvolvimento da alergia a pulgas em cães
Embora qualquer cão possa desenvolver alergia a pulgas, alguns fatores aumentam a probabilidade de surgimento da dermatite alérgica a pulgas. Entre os principais fatores de risco, destacam-se:
- Predisposição genética: Algumas raças, como Labrador, Golden Retriever, Pastor Alemão e Terrier, são mais propensas a desenvolver alergias de pele, incluindo a alergia a pulgas em cães.
- Sistema imunológico sensível: Cães com histórico de alergias ou com sistema imunológico mais reativo podem ser mais suscetíveis a desenvolver alergia a pulgas em cães.
- Idade: Cães jovens, especialmente filhotes, e cães mais velhos podem ter o sistema imunológico comprometido, o que facilita o desenvolvimento de alergia a pulgas em cães.
- Ambiente: Cães que vivem em áreas com alta incidência de pulgas ou em regiões de clima quente e úmido, onde as pulgas são mais comuns, estão mais expostos ao risco de infestações.
Conhecer os fatores de risco pode ajudar o tutor a tomar medidas preventivas, reduzindo a exposição do cão a pulgas e, consequentemente, o risco de alergia a pulgas em cães.
A consulta com o veterinário para entender se seu cão possui fatores predisponentes é uma maneira eficaz de garantir uma abordagem preventiva.
Consultando o veterinário sobre alergia a pulgas em cães
Se você suspeita que seu cão tem dermatite alérgica a pulgas, consulte um veterinário.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o bem-estar do seu pet.
Um veterinário especialista em dermatologia poderá realizar exames e sugerir um plano de tratamento personalizado.
Nota: Este conteúdo é informativo e não substitui a consulta veterinária. Para um diagnóstico preciso sobre alergia a pulgas em cães, leve seu cão ao veterinário.