Fazer verificações após os passeios é uma ótima forma de encontrar parasitas e removê-los com segurança, como é o caso dos carrapatos - Foto: Canva
A Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC) é um distúrbio neurológico que afeta cães idosos, resultando em uma deterioração gradual das funções cognitivas.
Assim como os seres humanos, os cães também podem experimentar alterações no funcionamento do cérebro à medida que envelhecem.
A SDCC é frequentemente comparada à doença de Alzheimer nos seres humanos, devido às semelhanças nos sintomas e na progressão da doença. Essa síndrome pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do cão e requer atenção e cuidados adequados por parte dos tutores.
Neste texto, exploraremos os principais sintomas, fatores de risco e opções de tratamento para a Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina, destacando a importância de um diagnóstico precoce e de uma abordagem abrangente para ajudar os cães afetados a viverem de forma mais confortável e saudável durante a velhice.
A Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC) apresenta uma variedade de sintomas que podem ser observados nos cães idosos afetados. Esses sintomas geralmente se desenvolvem de forma gradual ao longo do tempo e podem variar em intensidade de um cão para outro.
Alguns dos principais sintomas da SDCC incluem:
É importante ressaltar que esses sintomas não são exclusivos da SDCC e podem ter outras causas subjacentes. Portanto, é fundamental consultar um veterinário para realizar um diagnóstico preciso e descartar outras condições médicas que possam estar causando os sintomas observados.
As causas da Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC) ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e fisiológicos desempenham um papel no desenvolvimento da doença.
Assim como os seres humanos, à medida que os cães envelhecem, seus sistemas biológicos também passam por mudanças. O envelhecimento do cérebro pode levar a alterações no funcionamento cognitivo.
Além disso, estudos sugerem que o acúmulo de placas amiloides no cérebro pode estar relacionado à SDCC. Essas placas são formadas pela acumulação anormal de proteínas beta-amiloide e podem interferir na comunicação entre as células cerebrais.
Ainda, o estresse oxidativo, que ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do organismo de neutralizá-los, pode causar danos às células cerebrais. Isso pode contribuir para o desenvolvimento da SDCC.
Por fim, acredita-se que a inflamação crônica no cérebro, causada por processos patológicos ou doenças subjacentes, possa desempenhar um papel na SDCC. A inflamação pode levar a danos nas células cerebrais e prejudicar a função cognitiva.
É importante ressaltar que esses fatores não são exclusivos da SDCC e também podem estar envolvidos em outras condições neurodegenerativas.
A pesquisa continua a explorar as causas subjacentes da SDCC para melhorar o diagnóstico precoce, prevenção e tratamento da doença.
O tratamento da Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC) visa minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do cão afetado.
Embora não exista uma cura definitiva para a SDCC, há várias abordagens terapêuticas que podem ser adotadas. Além disso, alguns suplementos podem ajudar a oferecer suporte cognitivo aos cães. Aqui estão algumas opções comumente utilizadas:
O veterinário pode prescrever medicamentos específicos para a SDCC, como inibidores da colinesterase, que ajudam a aumentar os níveis de neurotransmissores no cérebro e melhorar a função cognitiva.
Outros medicamentos, como antioxidantes e anti-inflamatórios, também podem ser indicados para combater o estresse oxidativo e a inflamação cerebral.
Uma dieta balanceada e adequada às necessidades do cão idoso pode desempenhar um papel importante no manejo da SDCC.
Alguns alimentos comerciais para cães idosos contêm ingredientes enriquecidos com antioxidantes, ácidos graxos ômega-3 e outros nutrientes benéficos para o cérebro.
Além disso, suplementos específicos para saúde cerebral, como o óleo de peixe rico em ômega-3 e suplementos à base de antioxidantes, podem ser recomendados.
Manter o cão mentalmente estimulado e envolvido em atividades é essencial para retardar o declínio cognitivo.
Brinquedos interativos, treinamento com recompensas, jogos de busca e outras atividades que estimulem o cérebro do cão podem ajudar a manter suas habilidades cognitivas ativas.
Criar um ambiente seguro e adaptado para o cão idoso pode minimizar o estresse e facilitar sua orientação espacial.
Isso pode incluir evitar mudanças bruscas no ambiente, fornecer rotas claras e acessíveis para áreas importantes, como a área de alimentação e o local para fazer as necessidades, e garantir que o cão tenha acesso a um local calmo e confortável para descansar.
É importante ressaltar que cada caso é único, e o tratamento e os suplementos devem ser recomendados e monitorados pelo veterinário, levando em consideração a saúde geral do cão, a gravidade dos sintomas e outras condições médicas existentes.
A expectativa de vida de cães com Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC) pode variar de acordo com diversos fatores, como a gravidade dos sintomas, o estado geral de saúde do cão, a idade de início da doença e a resposta ao tratamento.
É importante ressaltar que a SDCC é uma condição crônica e progressiva, e não existe uma cura definitiva até o momento.
Em média, a expectativa de vida de cães com SDCC pode ser um pouco reduzida em relação a cães saudáveis da mesma idade. No entanto, é difícil estabelecer um número exato, pois cada caso é único e a progressão da doença pode variar amplamente.
Alguns cães podem apresentar uma deterioração mais rápida e acentuada, enquanto outros podem ter um curso mais lento da doença.
É fundamental fornecer cuidados adequados e personalizados ao cão com SDCC, incluindo uma dieta adequada, estimulação mental, ambiente adaptado e acompanhamento veterinário regular.
Essas medidas podem ajudar a melhorar a qualidade de vida do cão, retardar a progressão da doença e proporcionar conforto durante o processo de envelhecimento.
atualizado em 09/12/2023 14:45