Nos últimos dias, um vídeo envolvendo um médico veterinário causou grande repercussão nas redes sociais e gerou debates sobre a ética no ensino da Medicina Veterinária.
No vídeo, o profissional é filmado afirmando ter provocado uma parada respiratória em um cachorro durante uma aula na Universidade Potiguar (UNP), com o objetivo de ensinar técnicas de reanimação.
A gravação gerou controvérsias, principalmente entre defensores dos direitos dos animais, que questionaram a adequação da prática e a segurança do animal.
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Veterinário diz que informação sobre parada respiratória foi inapropriada
O caso começou a ganhar atenção quando o vídeo, que mostrava o veterinário falando sobre a indução de uma parada respiratória em um animal, foi compartilhado nas redes sociais.
A afirmação gerou um grande número de reações, com muitas pessoas criticando a prática, alegando que ela poderia ser considerada crueldade com o animal e uma violação dos princípios éticos da profissão veterinária.
Em resposta à polêmica, a Universidade Potiguar (UNP) realizou uma apuração interna para esclarecer o ocorrido. De acordo com fontes, a universidade informou que, após revisar o incidente, não foi encontrada qualquer evidência de que a parada respiratória tenha sido induzida no animal de forma intencional.
O veterinário, por sua vez, também se posicionou sobre o assunto, declarando que a informação divulgada sobre o caso foi inapropriada.
O incidente levantou questões sobre a responsabilidade dos profissionais de ensino e das universidades ao lidarem com práticas que envolvem o uso de animais em atividades didáticas.
A situação também expôs a importância de garantir que todas as ações durante o ensino de técnicas veterinárias sejam transparentes e seguidas de explicações claras, para evitar mal-entendidos e garantir a integridade dos animais envolvidos.
Confira a nota de esclarecimento
Em razão dos injustos e desproporcionais ataques sofridos por meio do “tribunal das redes sociais” quanto minicurso ministrado na UNP-Mossoró, para profissionais médicos veterinários e alunos do curso de Medicina Veterinária, venho a público, por necessidade de reposição da verdade, esclarecer o seguinte:
- Sou detentor de várias pós-graduações em Medicina Veterinária, com conhecimento técnico mais do que suficiente para ministração do procedimento realizado;
- Jamais poderia provocar quaisquer maus-tratos a um animal, seja em razão da minha profissão, seja em função da afetividade à causa animal, objeto de toda a minha formação existencial;
- Esclareço que o pet que fazia parte da didática é do meu convívio e estima e não existiria a menor possibilidade de provocar nenhum dano a sua saúde, sendo um informe inapropriado e descontextualizado a verbalização de “parada respiratória “. Antes mesmo do fim do curso, o animalzinho já estava acordado, bem e brincando com os alunos nas dependências da faculdade.
Esclareço, que fui convidado pela Universidade Potiguar para realizar um mini curso prático, e todo conteúdo e práticas realizadas no curso foi discutido com a universidade promotora, e que deu ciência e autorização para que o mesmo fosse realizado.
Por fim, resta manifestar nossa confiança na apuração fidedigna dos fatos, longe da especulação maldosa de uns e o aproveitamento midiático de outros. Estarei sempre à disposição para os esclarecimentos necessários, que serão prestados aos órgãos competentes.
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