Quando os cães eram selvagens, ações como mastigar ou marcar o território e latir eram normais. Agora que os cães fazem parte das famílias, essas ações instintivas podem virar problemas de comportamento. Isto significa que temos de moldar o comportamento natural do cão para que se encaixe nos padrões de educação da sociedade, ou seja, ensinar-lhe a ter boas maneiras.

O ideal é procurar educar seu cãozinho nos primeiros meses de vida. Evita-se assim, possíveis distúrbios, como os desencadeados por questões de liderança, de fixações e outros comportamentos compulsivos e de hiperdependência manifestada através de crises agudas de angústia por separação (quando afastados dos seus tutores) que são os mais comuns e frequentes.

Em muitos casos, os problemas não serão resolvidos somente com o adestramento convencional, aquele cuja ação não é direcionada principalmente a orientar e aperfeiçoar a família adotiva na arte de controlar e educar o(s) seu(s) pet(s), mas sim concentrando os seus esforços em condicionar o animal a comportamentos de obediência ou submissão.

Condicionamentos muitas vezes obsoletos, pois o animal saberá facilmente contornar e ignorar a vontade de um tutor humano inexperiente ou despreparado.

A menos que as formas de adestramento tenham o objetivo de obrigar o animal à força, um pouco como no caso dos antigos domadores de circo, chegando a amedrontá-los e assim “quebrando” a sua própria vontade ou o seu próprio caráter, o tornando obediente por submissão ou medo, quase sempre cabisbaixos.

O que também não é desejável por tornar tais animais inseguros e até imprevisíveis com estranhos e, certas vezes, com os seus próprios familiares.

O respeito por medo pode forçar a fugir, evitar a se submeter, mas em alguns casos pode levar qualquer um a juntar coragem para enfrentar o(s) seu(s) opressor(es) no objetivo de se livrar da opressão que exercem.

Uma vez a família conhecendo as bases da psicologia canina e de como moldar ou corrigir os comportamentos dos seus xodós, oferecendo também atividades ocupacionais adequadas para eles, os condicionamentos de obediência à base de reforços positivos e sinaleira (clicker) são muito proveitosos. Ajudando assim a conseguir respostas desejadas a estímulos previsíveis e até a outros menos esperados, mas próximos dos condicionados nos treinamentos. Cujo objetivo principal é de transformar “respostas eventuais” em verdadeiros reflexos condicionados quaisquer que sejam as circunstâncias, os lugares e contextos.

Com isso é claro que cães convivendo numa família, não devidamente ou suficientemente preparada, poderão apresentar inúmeros comportamentos desagradáveis ou até comportamentos anormais para a espécie devido a tratamentos inadequados e muito estressantes para eles.

Existem problemas comportamentais que desencadeiam uma série de aborrecimentos. São cães agressivos, inseguros e que desenvolvem vários vícios, como fazer xixi e cocô no lugar errado, morder a mão do dono, latir demasiadamente, cavar o jardim, pular nas pessoas etc. Muitas vezes, o proprietário já tentou de tudo para melhorar o comportamento da sua mascote, mas nada funcionou. A partir disto, a frustração com o animal é cada vez maior e pode levar à negligência, ao abandono e, até mesmo à eutanásia, em casos mais extremos. O comportamentalista ajudará a estabelecer uma melhor convivência entre o cão e os membros da família, através de orientações e correções dos maus-hábitos.

O comportamentalista existe para ajudá-los: incluindo todas as individualidades que vivem juntas, ele coloca os seus conhecimentos em etologia canina (estudo do comportamento canino) e em psicologia humana para ajudar os proprietários desamparados.

Ensinando o cachorro, não se trata de condicionamento, mas da compreensão do sistema de interações que encontra naquela família, naquele momento, naquele lugar.

Ensinando o cachorro: correção comportamental

A correção comportamental consiste em reequilibrar o animal, reaproximando-o da essência canina e oferecendo-o:

  • Atividades físicas e/ou ocupacionais;
  • Ensinamentos claros e adaptados dos limites e das restrições;
  • Condicionamentos favorecendo a convivência no lar como na sociedade humana (necessidades fisiológicas em local determinado, ficar deitado no seu lugar quando solicitado, esperar um sinal para vir, funções práticas para os seus tutores como guia para deficientes, guarda, busca com faro…);
  • Socializações a vida toda para adaptar o animal aos mais diversos locais, situações, pessoas e animais para evitar ou eliminar medos e agressividades decorrentes;
  • Dessensibilizações e contra condicionamentos com reforços positivos;

Não existem diferenças fundamentais nas formas de educar ou condicionar animais para uma convivência mais harmoniosa e fácil, em função do tamanho, da raça ou do sexo dos nossos cães, mas sim uma personalização dos ensinamentos em função dos proprietários e do próprio animal.

Ensinando o cachorro, de fato cada cão é diferente, como cada proprietário.

Cada um apresentando facilidades ou dificuldades próprias que devem ser consideradas para conseguir o melhor resultado com aquele animal naquela família. Uma criança de dez anos e uma mãe, pai, avó ou avô terão com certeza respostas diferentes.

NUNCA se tem situações típicas, nem receitas globais, mas sempre uma personalização dos conselhos dados, frente a um contexto único, o “adestramento” existe para nos ajudar, incluindo todas as individualidades que vivem juntas, trazendo conhecimentos e esclarecimentos em etologia canina (estudo do comportamento canino) e na psicologia da sociedade humana contemporânea.

Ensinando o cachorro a viver com regras humanas

Aqui estão algumas dicas para ensinar seu cachorro a viver com regras humanas:

  1. Treine comandos básicos: Ensine seu cachorro comandos básicos como “sentar”, “deitar”, “ficar” e “vir”. Isto ajudará a estabelecer a autoridade do dono.
  2. Estabeleça regras claras: Defina regras claras para o comportamento do cachorro, como não pular em pessoas ou não roubar comida da mesa. Certifique-se de que todos os envolvidos na casa estejam cientes dessas regras.
  3. Reforce positivamente: Refaça o comportamento desejado do cachorro com elogios e recompensas, como brinquedos ou petiscos.
  4. Seja consistente: Mantenha as regras de comportamento do cachorro consistentes ao longo do tempo. Não permita que ele quebras as regras em algum momento e as siga rigorosamente em outro.
  5. Ofereça muito exercício: Cachorros precisam de muito exercício físico e mental para se manterem saudáveis e felizes. Leve seu cachorro para longas caminhadas, brincadeiras ou treinamentos.
  6. Treine com paciência: O treinamento de um cachorro pode ser um processo longo e frustrante. Mantenha a paciência e seja persistente.

Lembre-se de ser paciente e positivo durante o treinamento do seu cachorro. Seguir essas dicas ajudará a criar uma relação saudável e harmoniosa entre você e seu cão.