Atualmente existem muitos projetos com cães que ajudam pessoas com Alzheimer, melhorando a qualidade de vida delas.

É inegável que existem diversas raças de cães terapeutas, que são adequados para o contato com as pessoas e, que conseguem promover melhoras no estado de saúde delas.

Há diversos estudos que comprovam essa habilidade e, que demostram a importância desses animais como coadjuvantes em terapias.

Mas quais são as melhores raças de cães que ajudam pessoas com Alzheimer? E como eles contribuem nos tratamentos?

Continue lendo esse post para saber mais sobre esse tema.

Melhores cães de terapia

Os cães ajudam pessoas com Alzheimer independentemente da raça. Isso porque a convivência com qualquer animal de estimação é extremamente positiva.

No entanto, existem algumas raças especificamente que são bem mais adequadas para esse relacionamento porque esses são cães mais tranquilos.

Então, veja a seguir quais são as raças mais indicadas para ajudar pessoas com demência.

1. Labrador Retriever

labrador é bravo

Cão sentado – Foto: Freepik

Mesmo que seja conhecido pelo jeito sapeca e energia sem fim, o Labrador está entre as melhores raças de cães que ajudam pessoas com Alzheimer.

Isso porque ele é tranquilo, alegre e bastante receptivo com pessoas e com outros animais, tolerando muito bem o contato de maneira geral.

O adestramento do animal também costuma ser simples, uma vez que o Labrador é uma das raças mais inteligentes que existem e consegue aprender rapidamente diversas truques e informações.

Não é difícil entender porque esse cãozinho é usado em diferentes atividades, incluindo terapia, resgate e, guia para deficientes visuais.

O tamanho também é um ponto positivo em diversas situações, uma vez que essa é uma raça bem resistente, que suporta bem o toque e não se machuca facilmente.

Além disso, o manuseio e as brincadeiras também ocorrem de maneira mais simples e adequada.

2. Golden Retriever

Golden Retriever

Golden Retriever. Fonte: Freepik

O Golden Retriever é bem parecido com o labrador, seja física ou emocionalmente. Sendo assim, obviamente essa também é uma das raças de cães que ajudam pessoas com Alzheimer.

O Golden é um cão muito bonito, grande, imponente, mas que tem aparência dócil. Por isso, é extremamente convidativo interagir com ele.

Na verdade, é difícil conseguir manter a distância de um animal dessa raça. Por sorte, o Golden é calmo, dócil e também adora interagir com as pessoas ao seu redor.

De crianças a idosos, essa é uma raça excelente para pessoas de qualquer idade. E o melhor de tudo é que ele consegue perceber as emoções das pessoas e adequa as suas reações a isso.

3. Poodle é uma das raças de cães que ajudam pessoas com Alzheimer

poodle miniatura

Poodle miniatura – Foto: Freepik

O Poodle é um ótimo cão de companhia, mas ele também pode ser usado para ajudar na terapia de pessoas com doenças como o Alzheimer.

Isso porque esse é um cão dócil, extremamente companheiro e, que consegue aprender comandos novos com extrema facilidade.

O treinamento também costuma ser simples, uma vez que o cão é inteligente e adora deixar o tutor sempre feliz e satisfeito com ele.

O pequeno cãozinho também ama ter contato com as pessoas e, tanto o tamanho do corpo quanto a textura da pelagem favorecem esse contato.

A pelagem também é excelente para que a pessoa treine as habilidades cognitivas por meio da escovação.

Isso porque o Poodle praticamente não solta pelos, evitando assim alergias. Isso também é positivo no caso de os animais serem usados em clinicas e hospitais.

4. Pastor Alemão

um dog deitado

Um pastor alemão deitado no parque – Foto: Freepik

O Pastor Alemão é mais conhecido como cão policial, mas essa também é uma das raças de cães que ajudam pessoas com Alzheimer por meio do contato físico e afeto.

Essa é uma raça ideal para a terapia, mas para isso é fundamental que haja o treinamento e socialização adequados.

Inclusive, o Pastor Alemão é um cão extremamente inteligente, que aprende com facilidade e, que consegue agir de maneira adequada frente às diferentes situações.

Além disso, essa é uma raça conhecida por se relacionar muito bem com as pessoas. Controlado emocionalmente, esse cão consegue lidar bem com indivíduos de todas as idades.

Outro ponto positivo é que o Pastor Alemão consegue manter o foco na tarefa que está desempenhando no momento. Isso também ajuda bastante no dia a dia.

5. Cavalier King Charles Spaniel

cães que ajudam pessoas com Alzheimer

Cavalier – Foto: Freepik

Entre as raças pequenas, esse é mais um dos cães que mais ajudam pessoas com Alzheimer. Isso porque ele costuma ser afetuoso e muito amigável com todos.

De corpo pequeno, o animal possui uma deliciosa e belíssima pelagem macia, que realmente atrai as pessoas por onde o cãozinho passa.

Muito alegre e bonito, esse cão parece sempre estar disposto a brincar e trocar afeto com o tutor ou qualquer pessoa que interaja com ele.

Além disso, essa é mais uma raça que suporta bem o contato físico, manuseio e, também se dá bem com pessoas desconhecidas.

Projetos com cães que ajudam pessoas com Alzheimer

Sejam idosos com Alzheimer, crianças e adultos com depressão crônica e, portadores de necessidades especiais, todos podem ter melhora do seu quadro por meio do contato com cachorros treinados.

Existem comprovações científicas sobre esse benefício e, por isso, há diversas ONGs e centros de terapia que utilizam o que se chama de pet terapia.

São muitos os benefícios dessa prática, mas acima de tudo é possível combater doenças, ou pelo menos, minimizar as manifestações delas.

cães que ajudam pessoas com Alzheimer

Passeando com o cão – Foto: Freepik

Ademais, com esse tipo de terapia é possível estimular o respeito pelos animais, uma vez que há o reconhecimento da importância deles.

Mas é fundamental compreender que esse tipo de técnica deve ser levado extremamente a sério e, é preciso contar com uma equipe multiprofissional, que atue em conjunto.

Em geral os grupos de terapia com cães contam com veterinários, adestradores, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, acupunturistas e terapeutas ocupacionais.

E é claro, que os cães são protagonistas nesses grupos, sendo possível utilizá-los de várias maneiras.

Seja por meio do estímulo ao raciocínio ou por meio de contato físico direto, é possível propor diversas atividades com os cachorros que ajudam pessoas com Alzheimer e outros problemas.

Tudo isso é possível uma vez que o amor dos cães é incondicional e, que esses animais são treinados para interagirem com as pessoas de maneira adequada.

Pode até parecer que isso não é tão importante, mas só o fato de uma pessoa idosa estender o braço para fazer um carinho no cão já é um exercício de extensão de membro.

Pentear o cão também é uma forma de exercitar as mãos, os braços, a firmeza e, até mesmo o raciocínio.

Até mesmo calopsitas podem ajudar como suporte emocional

cães que ajudam pessoas com Alzheimer

Calopsita. Fonte: Freepik

Atualmente, diferentes animais vêm sendo usados como suporte, inclusive, diversos projetos estão incluindo aves, como calopsitas.

Essas são extremamente interativas com as pessoas e, também podem contribuir positivamente com esse tipo de projeto.

Os animais que fazem esse tipo de trabalho parecem conseguir compreender o que as pessoas necessitam e, são capazes de alterar completamente a rotina delas.

Inclusive, muitas dessas pessoas com Alzheimer ganham uma nova esperança de vida. Em vários casos é possível até diminuir a dosagem dos fármacos utilizados no tratamento desses indivíduos.

Infelizmente, nem todos os hospitais e clínicas permitem a entrada de animais terapeutas e, por isso, ainda há uma resistência em relação a esse tipo de terapia.

Dessa forma, ainda há muito o que se trabalhar até que os cães que ajudam pessoas com Alzheimer possam estar presentes em todos os ambientes e, assim ajudar ainda mais gente.

A pet terapia ainda é bastante recente e, por isso é difícil conseguir estabelecer como tratamento na maioria dos locais.

A vigilância sanitária resiste bastante ao uso de animais e, faz uma série de exigências em relação a eles.

Os cães devem estar limpos, desparasitados, vacinados e escovados. Mesmo assim, ainda é preciso lidar com o fato de que muitas pessoas não gostam de animais.

Apesar de todos esses empecilhos, terapeutas, psicólogos e médicos ainda insistem na liberação dos animais de terapia porque eles têm grande contribuição para a recuperação.

Cães que ajudam pessoas com Alzheimer, por exemplo, estimulam um retorno ao passado que é fundamental para lidar com a perda de memória, além de trazerem alegria.

Relação entre os idosos e pets

Independentemente da espécie de animal, é inegável que pets levam alegria por onde passam. Além do encantamento, as pessoas que convivem com animais podem usufruir positivamente desse convívio.

De maneira geral, os animais são grandes companheiros durante o envelhecimento e, ajudam a prevenir o estresse, a depressão e, ainda estimulam a mobilidade.

As doenças demenciais Alzheimer e Parkinson são as mais comuns em idosos e, são responsáveis por ocasionar um grande declínio da capacidade mental dos indivíduos.

Entretanto, conviver com um animal de estimação pode ajudar em diversos aspectos, sendo especialmente positivo em relação aos seguintes pontos:

Cães ajudam pessoas com Alzheimer a viverem mais felizes

É sabido que as doenças demenciais alteram completamente o humor das pessoas e, por isso a irritabilidade pode ser muito frequente.

Com o uso de animais em terapia, é possível deixar o idoso mais calmo e, assim diminuir o seu estresse.

Inclusive existem pesquisas que comprovam que em geral as pessoas se sentem melhor quando estão com pets do que quando estão com outras pessoas ou sozinhas.

Melhora da mobilidade

Mesmo que sejam capazes de se locomover normalmente, as pessoas com demência tendem a passar mais tempo deitadas ou sentadas.

No entanto, quando têm a companhia de um pet se sentem estimuladas a se moverem para cuidar do animal ou brincar com ele.

No caso de animais que vivem com pessoas com Alzheimer, esses benefícios vão além. É possível estimular o indivíduo a fazer uma caminhada matinal. Além de trabalhar a musculatura, isso ajuda na produção de vitamina D.

Além disso, caminhar também ajuda a liberar neurotransmissores que contribuem para o bem estar geral e diminuição do estresse.

O autocuidado

Doenças demenciais comprometem profundamente a memória e as funções cognitivas de maneira geral.

Isso provoca efeitos profundos nas pessoas, uma vez que elas acabam deixando de fazer tarefas básicas essenciais para o seu bem estar.

Assim, se esquecem de se alimentar, pentear os cabelos, escovar os dentes, trocar de roupas, entre outras coisas simples.

Mas quando têm um animal de estimação, essas pessoas acabam se sentindo estimuladas a cuidar do pet e, assim associam o cuidado consigo mesmas.

Ao oferecer comida ao animal, por exemplo, a pessoa se lembra de que também precisa se alimentar.

Cães que ajudam pessoas com Alzheimer: o estímulo às atividades cognitivas

Muitas vezes a demência leva à uma redução significativa das habilidades cognitivas do indivíduo.

Diante disso, cuidar de um animal pode ser extremamente positivo por funcionar como uma estimulação a cognição.

Isso porque é preciso usar as habilidades manuais de diferentes maneiras para se conseguir cuidar dos animais de estimação.

Pentear a pelagem dos cães, higienizar a gaiola de uma ave, ou limpar a caixa de areia do gato, por exemplo, são algumas atividades rotineiras que estimulam a movimentação.

Esses movimentos repetidos também podem compor uma sessão de fisioterapia, por exemplo, estimulando assim ainda mais a cognição.

Cães que ajudam pessoas com Alzheimer: ajudam a despertar o afeto

De acordo com uma pesquisa do National Center for Biotechnology Information, grande parte dos idosos consideram os pets uma ótima companhia.

Por isso, se sentem extremamente felizes quando estão ao lado dos seus animais de estimação.

Isso ajuda inclusive a melhorar a disposição para as atividades do dia a dia, mas acima de tudo, conviver com um animal é excelente para a memória afetiva.

Em doenças neurodegenerativas a memória afetiva é uma das últimas que desaparecem. Por isso, se relacionar com um pet ajuda a despertar a sensação de carinho no idoso, deixando-o inclusive com um estado de ânimo adequado.

De maneira geral, a convivência com animais é muito positiva para as pessoas, mas existem raças de cães que ajudam ainda mais as pessoas com Alzheimer.

Nesse post você conheceu algumas delas e viu a enorme quantidade de benefícios que se pode obter por meio desse tipo de relação.