Assim como acontece com os seres humanos, os cães também sofrem com o calor e, saber identificar os sinais de alerta de desidratação em cães é fundamental para garantir a saúde dos peludos.

Nos dias mais quentes, é normal que a ingestão de água aumente consideravelmente, mas muitas vezes isso não é o suficiente par evitar a desidratação.

A água é essencial para a regulação da temperatura interna no organismo. E a baixa quantidade de líquido ocasiona problemas graves de saúde.

Por isso é essencial que o tutor esteja sempre atento aos sinais que o animal apresenta para garantir o seu bem estar em qualquer momento e situação.

Se você perceber os sinais de alerta de desidratação em cães, deve levar o animal ao veterinário

Os sinais de alerta de desidratação em cães devem ser conhecidos pelos tutores para que eles possam intervir caso o animal não se sinta bem.

Assim como acontece com as pessoas, os animais também sentem os efeitos nocivos do calor e da diminuição da quantidade de líquido circulante no organismo.

desidratação em cães

Cão com a língua de fora – Foto: Freepik

No entanto, as consequências da desidratação nos pets pode ser bem semelhante a alguns outros problemas de saúde.

Por isso é essencial que o médico veterinário avalie o que está acontecendo com o animal e realize o diagnóstico e o tratamento mais adequados.

Antes de começarmos a falar sobre a desidratação, é importante que você entenda que esse artigo não substitui o parecer de um profissional.

Além disso, não basta saber reconhecer os sinais de desidratação e aumentar o fornecimento de líquidos ao pet. Inclusive, aumentar demasiadamente a quantidade de água no organismo do animal pode fazer com que o problema piore ao invés de melhorar.

O que provoca a desidratação em cães?

A desidratação em cães costuma ser uma preocupação dos tutores no verão, visto que na maioria dos casos ela é ocasionada pelo consumo insuficiente de líquidos e exposição prolongada ao sol.

No entanto, essas não são as únicas causas do problema, que pode ocorrer também em casos de vômito, diarreia e febre, por exemplo.

Basicamente a desidratação consiste em perda excessiva de líquidos pelo organismo, sem que seja realizada a reposição adequada do mesmo.

Quando isso acontece, o animal se torna apático e fica fraco, podendo inclusive ter episódios de vômito que agravam ainda mais a desidratação.

desidratação em cães

Cão deitado – Foto: Freepik

Vale salientar que nem sempre é simples diagnosticar esse quadro, visto que os sinais da desidratação não são tão evidentes no início.

Ademais, a avaliação de um profissional competente é fundamental para que a causa da desidratação seja corretamente encontrada. Isso é fundamental para a intervenção e tratamento rápidos.

Quadros severos de vômito podem ser provocados por infecções alimentares e gastrites, por exemplo.

Já os casos de diarreia, podem acontecer por uma série de motivos, que incluem verminoses, infecções bacterianas, viroses e ingestão de alimentos inadequados para a espécie.

Há ainda doenças comuns que contribuem para o desenvolvimento e agravamento do quadro de desidratação nesses animais, como problemas renais, febres e diabetes mellitus.

A desidratação pode ser prevenida

Conhecer a desidratação em cães, a forma como ela ocorre e os seus principais sinais é essencial para conseguir prevenir o problema.

Isso porque evitar que isso aconteça com o seu peludo é relativamente simples. Mas para isso você deverá ficar bem atento aos sinais de alerta da desidratação em cães.

cachorro desconfiado

Cachorro deitado no chão – Foto: Freepik

Existem medidas que devem ser adotadas por todos os tutores, de animais de qualquer raça, mas sobretudo aqueles que são sensíveis ao calor:

  • Não deixar o animal exposto ao sol quente por longos períodos;
  • Deixe alimentos inapropriados ou estragados fora do seu alcance;
  • Não deixar um pet saudável ter contato com animais doentes;
  • Evite trocar a ração do seu pet de forma brusca;
  • Não submeta o animal a situações de estresse de qualquer tipo;
  • Mantenha o animal em ambiente ventilado em dias quentes;
  • Deixe água fresca sempre à disposição do animal;
  • É necessário evitar que o cão fique em locais sujos e com alto grau de contaminação.

É importante salientar que esses fatores de risco à desidratação podem ocorrer em qualquer local, inclusive na sua casa ou nos lugares onde o animal passeia.

Por isso, sempre avalie o ambiente em que o cão fica ou os locais que ele frequenta para avaliar se não existem riscos para a sua saúde e, fatores que podem favorecer a desidratação.

Identifique os sinais de alerta de desidratação em cães

Mais da metade do corpo dos cães é composto por água e, a desidratação pode acontecer quando o animal perde 5% dessa quantidade.

Nesse caso começa a ser possível perceber os sinais claros da desidratação.

cão dormindo

Cachorro na cama segurando livro – Foto: Freepik

Então, para evitar que o animal se sinta mal e tenha problemas graves, é fundamental identificar os principais sinais, que são:

  • Gengivas e língua seca;
  • Olhos secos ou saltados;
  • Apatia;
  • Perda de peso;
  • Perda de apetite;
  • Respiração ofegante;
  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Falta de elasticidade da pele.

Diante disso, fique sempre bem atento à aparência da cavidade ocular e oral do seu cão, para se certificar de que elas estejam sempre bem hidratadas e úmidas.

Além disso, você pode avaliar a elasticidade da pele do animal. Nesse caso, você deve tracionar levemente a pele do cão e observar quanto tempo ela demora para retornar ao normal.

Em animais não desidratados, isso acontecerá imediatamente, mas em cães que já apresentam quadro de desidratação, isso pode levar mais do que três segundos.

Avaliar a gengiva também pode te fornecer uma boa ideia sobre o grau de hidratação do animal. Para isso, você deve pressionar levemente o seu dedo na gengiva do cão.

Caso você sinta que o seu dedo ficou colado na pele, provavelmente o seu peludo está desidratado e precisa de atenção especial.

Mas atenção! Por mais que você possa utilizar essas estratégias para avaliar se o seu pet está desidratado, isso não substitui a avaliação de um profissional capacitado, que possa intervir adequadamente em caso de problema.

É importante dizer que a desidratação em pets é um problema muito grave, que pode levar o animal à morte em pouco tempo. Por isso, leve isso à sério.

Como tratar a desidratação em cães?

desidratação em cães

Cão deitado – Foto: Freepik

A desidratação em pets geralmente é tratada por meio da fluidoterapia, que basicamente consiste em administrar soro no animal.

Isso é feito para que se possa repor o líquido que falta no organismo do cão, o que deve ser feito com responsabilidade e com quantidades adequadamente calculadas.

É primordial que a quantidade de fluido administrado seja ideal, ou o quadro pode até mesmo se agravar.

Sendo assim, o tratamento deve ser feito por um médico veterinário responsável, que deve decidir também sobre a forma de administração, que pode ser oral, intravenosa, intraóssea ou subcutânea.

Na maioria das vezes isso é feito por meio de acesso venoso, mas depende muito da situação do animal e da forma como ele reage ao tratamento.

A hidratação oral  realiza-se quando o quadro do animal não é grave. Assim, pode-se solucionar rapidamente apenas equilibrando a quantidade de líquido no organismo.

A fluido terapia intravenosa, por sua vez, é feita quando o pet necessita de uma intervenção mais rápida, ou seja, quando o quadro é um pouco mais grave.

Nesse caso o líquido vai diretamente para a corrente sanguínea do animal, revertendo a desidratação de forma segura e relativamente rápida.

desidratação em cães

Cão dormindo – Foto: Freepik

A administração de líquidos pode ser feita também por via subcutânea, sendo possível administrar quantidades relativamente altas de soro, apesar de a absorção ser lenta.

Por fim, há ainda a fluido terapia intraóssea, em que o soro é aplicado diretamente nos ossos do cão.

Essa é uma das formas mais usadas quando o animal está severamente debilitado e o acesso venoso é difícil.

Atenção especial ao calor

Nos dias quentes, é comum que os animais fiquem superaquecidos, assim como também pode acontecer com o ser humano.

Existe uma condição conhecida como exaustão pelo calor, que pode resultar em problemas gravíssimos para esses animais.

Desidratação, insolação, e parada cardiorrespiratória são algumas das condições que podem levar o animal a morte.

Por isso, é essencial manter o animal em um ambiente bem ventilado e oferecer água fresca em abundância para ele a qualquer momento do dia.

Ao contrário do que acontece com o ser humano, os cães não transpiram para perder calor. Eles fazem isso por meio da respiração, arfando.

Conforme o ar entra pelas narinas, faz evaporar a saliva e diminui a temperatura do sangue que passa pela língua.

Mas isso faz com que o animal perca muito líquido devido à evaporação da saliva. Sendo assim, essa quantidade de água deve ser reposta para se evitar a desidratação.

Isso é fundamental para que ele possa continuar refrigerando o seu organismo, evitando assim o superaquecimento e insolação.

Conclusão

Conhecer os sinais de alerta de desidratação em cães é fundamental para evitar que os animais sofram com esse problema que pode leva-los à morte.

Caso você perceba que o seu animal está desidratado, é primordial leva-lo até um veterinário de confiança que possa prosseguir com o tratamento mais adequado dependendo do quadro observado.