Os cães podem sofrer com vários problemas respiratórios, sendo que algumas são comuns principalmente em épocas mais frias. Essas doenças que prejudicam o sistema respiratório do pet precisam ser levadas a sério, pois são perigosas e em alguns casos até fatal.

Quando o cachorro está com uma doença respiratória ele pode apresentar os sintomas característicos desse problema, que são: tosse, corrimento nasal e respiração ofegante.

o temperamento do pug

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Se o seu animal apresenta algum desse sintomas pode ser um sinal de que ele tenha algum problema respiratório.

Para um melhor entendimento sobre o assunto, selecionamos os 6 tipos de problemas respiratórios em cães mais comuns, que você precisa conhecer.

1. Traqueobronquite infecciosa canina

Essa é uma doença inflamatória na traqueia e nas vias aéreas bronquiais. A traqueobronquite, também conhecida como tosse dos canis, é uma doença contagiosa em que seu principal sintoma é tosse seca e alta.

Por ser altamente contagiosa e transmitida pelo espiro de um cão contagiado, os cachorros que frequentam locais aglomerados, como hotelzinho e pet shop são mais propensos a pegarem a doenças.

comportamento

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A traqueobronquite pode acometer qualquer cachorro, só que os filhotes e o cães idosos são os mais afetados.

Como é uma doença autolimitante, nas maiorias dos casos o cachorro não precisa de interversão médica e em dentro de 4 dias a 3 semanas o animal já está curado.

Quando os sintomas são persistentes mesmo depois de 2 semanas, a doença pode estar apresentando uma complicação que deve ser tratada seguindo orientação de um veterinário.

A traqueobronquite é uma doença em que sua maioria das vezes manifesta de forma branda, mas alguns casos podem evoluir para um quadro de pneumonia e até ser fatal para os cães mais debilitados.

comportamento do cão

Foto: Freepik

Então se o cachorro apresenta tosse seca persistente, o ideal é procura um especialista para fazer um diagnóstico corretamente.

A doença pode ser prevenida de algumas formas, sendo que a principal meio é com a vacina, que deve ser aplicada anualmente.

Outras formas de prevenção é evitar aglomerações caninas e em épocas mais fria manter o animal bem aquecido.

2. Asma canina

A asma é caracterizada pela tosse, falta de ar, espirros, respiração pela boa e chiado. Mesmo sendo mais frequente em gatos, cães também podem serem acometidos por essa enfermidade, sendo que as raças menores são as mais propensas.

A asma é uma inflamação das vias aéreas que dificulta a respiração por ocorrer o estreitamento dos brônquios.

o temperamento do buldogue francês

Cachorro se levantando – Foto: Freepik

Como é desencadeado por uma reação de hipersensibilidade a alérgenos, vários fatores ambientais podem ser um gatilho para uma crise asmática, entre eles estão: o pólen, fumaça, poluição, grama, ácaros, tintas e produtos químicos.

Qualquer raça pode apresentar esse problema respiratório, mas algumas raças são mais predispostas à asma, que é o caso dos cães braquicefálicos, aquelas raças que possuem um focinho achatado como o Pug e o Bulldog.

A doença é crônica e as crises são desencadeados ao contato com alérgenos, tempo seco também contribui para intensificação dos sintomas.

comportamento do cão

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Ao notar sintomas característicos dessa doença, o pet deve ser levado para uma consulta com um veterinário, que através de exames faz o diagnóstico do problema.

A asma pode parecer uma doença inofensiva, mas em crise intensas a respiração do cachorro pode ficar bem comprometida e até ser fatal.

Para evitar crises asmáticas o mais importante é evitar o contato do animal com alérgenos, mantenha a casa sempre bem arejada e limpa. Como a asma é desencadeada por elementos do ambiente, a melhor forma de proteger o pet é mantendo o seu habitat protegido.

Problemas respiratórios – 3. Pneumonia canina

A pneumonia é um dos problemas respiratórios que é um processo infeccioso e inflamatório dos pulmões. A doença pode ser causada por agentes como bactérias, vírus, parasitas e fungos.

As bactérias costuma ser os principais agentes para um quadro pneumônico, elas também aproveitam quando o animal está debilitado por conta de outra enfermidade para se instalar no organismo.

principais doenças do beagle

Foto: Freepik

Pneumonia é doença que pode acometer qualquer cachorro e precisa ser tratada de forma correta, pois é uma doença muito grave e perigosa.

Os principais sintomas da pneumonia são:

  • Tosse úmida;
  • Catarro;
  • Febre;
  • Prostração;
  • Dificuldade respiratória;
  • Perda de apetite e
  • Desidratação.

O diagnóstico para pneumonia deve ser feito por um profissional, se o animal apresenta sintomas característico de um quadro pneumônico ele deve ser analisado por um veterinário que deve fazer um diagnóstico usando exames de sangue e raio x do pulmão.

problemas respiratórios

Foto: Freepik

Feito o diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado e pode ser feito com medicamento via oral e em alguns casos com aplicação na veia. O animal também pode precisar de oxigenioterapia.

Alguns cuidados podem ajudar na prevenção da doença, uma forma de prevenir é com a vacinação em dia, já que algumas doenças podem facilitar na invasão de agentes causadores da pneumonia.

Tenha um cuidado maior com o pet em épocas mais frias, mantenha o animal aquecido, principalmente as raças intolerantes ao calor, evite que o cão fique molhado em lugares úmidos.

Problemas respiratórios – 4.  Edema Pulmonar

problemas respiratórios

Beagle – Foto: Freepik

O edema pulmonar é um dos problemas respiratórios caracterizado por um acúmulo de fluidos no pulmão do cachorro, que faz com que o animal tenha dificuldade para respirar. O edema pulmonar é causado por um outro problema e pode ser dividido em duas causas:

  • Edema pulmonar cardiogênico – Esse edema é causado por alguma doença cardíaca, que acaba bombeando sangue para os pulmões devido a uma falha.
  • Edema pulmonar não cardiogênico – O edema não cardiogênico ocorre sem relação com alguma doença cardíaca, mas podendo ser causado por asfixia, inalação de fumaça, intoxicação, choque elétrico e infecções generalizadas.
problemas respiratórios

Cachorro branco – Foto; Freepik

Os principais sintomas de um edema pulmonar são: dificuldade respiratória, tosse, respiração agitada, fraqueza, secreção nasal e em casos graves a presença de cianose, que é uma coloração azulada nas mucosas do animal.

Edema pulmonar é um quadro grave e que precisa de atenção, caso suspeite que o seu pet possa estar com esse problema, procure ajuda profissional, quanto mais cedo começar o tratamento melhor será a recuperação.

O veterinário deve fazer o diagnóstico seguindo resultados de exames, que também devem mostrar se o edema tem relação com alguma doença cardíaca.

problemas respiratórios

cachorro doente

Dependendo da gravidade do edema pulmonar, o pet pode ser submetido a uma sedação com administração de oxigênio. Em casos mais leve, o tratamento deve ser feito em casa seguindo as orientações do especialista.

  • Confira também: Cão ofegante: O que pode ser feito nessa situação?

Problemas respiratórios – 5. Distração Respiratória

A distração respiratória é uma alteração respiratória que ocorre quando a quantidade de oxigênio necessário para realizar a respiração ultrapassa o valor adequado, fazendo com que o animal fique com uma respiração incomum.

Esse é um dos problemas respiratórios que pode ser causado por fatores fisiológicos ou patológicos. Os fatores fisiológicos podem ser: hipertermia, ansiedade e dor.

problemas respiratórios

Cachorrinha – Foto: Freepik

Os fatores patológicos podem ser causados por um edema pulmonar, ruptura de traqueia, bronquite, pneumonia, alergias, lesões pulmonares e alterações neurológicas.

Se o animal apresenta uma instabilidade respiratória, sendo que alguns casos também podem haver a presença de ortopneia, uma movimentação que o cachorro faz para melhorar a respiração, estendendo os braços para frente e esticando o pescoço.

Quando o cachorro apresenta esses sintomas ele deve ser encaminhado para uma clínica veterinária, pois essa respiração deve ser estabilizada o mais rápido possível, ou o quadro acaba se agravando.

Problemas respiratórios – 6. Colapso de traqueia

Esse é um dos problemas respiratórios mais comuns em cães de pequeno porte e é caracterizado por uma deformação da traqueia.

A traqueia é um órgão do sistema respiratório que é formada por cartilagens que lhe confere uma aparência de um tubo.

problemas respiratórios

Cachorro usando óculos, deitado. Foto: Freepik

Quando ocorre a deformação da traqueia, esse órgão fica mais estreito e acaba dificultando a passagem de ar. A doença é degenerativa e pode ser diagnosticada em 4 graus, sendo o grau I a doença em seu estado mais leve e o IV em um estado avançado.

O colapso de traqueia pode manifestar sintomas como tosse alta e seca, ruídos ao respirar, intolerância para exercícios e dificuldade respiratória.

Depois de diagnosticado por um veterinário, o cão com colapso de traqueia em um grau mais leve começa um tratamento farmacológico, que deve ser prescrita por um veterinário.

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Cachorro na mesa do veterinário. Foto: Freepik

O procedimento cirúrgico só é indicado para os casos com um grau avançado ou para os refratários ao tratamento, que é o paciente que não obteve melhoras com o tratamento anterior.

O que fazer ao identificar problemas respiratórias no cachorro?

Ao notar que o cachorro apresenta sintomas relacionado à algum problema respiratório a melhor coisa para fazer é procurar orientação com algum profissional.

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Cachorro vomitando sangue – Foto: Freepik

Os problemas respiratórios possuem sintomas parecidos e precisam de exames de imagem e sangue para um diagnóstico correto, então só quem pode realmente descobrir o problema do cãozinho é um profissional.

Não tente fazer tratamentos caseiros sem antes saber qual é problema do cachorro, ou essa intervenção pode acabar piorando o quadro do animal.

Qualquer tratamento deve ser receitado pelo veterinário, então nada de tratamento por conta própria. 

Depois que o cachorro for diagnosticado é importante seguir todas as instruções dadas pelo especialista, alguns casos o cachorro deve passar por tratamento farmacológico com uso de anti-inflamatórios e antibióticos.

Dependendo do problema, o animal deve ser mantido em repouso, sem fazer esforço até ficar estabilizado.

O tutor deve garantir que o pet siga todas as orientações do veterinário e em hipótese nenhuma o tratamento deve ser abandonado sem autorização do profissional.