O seu cãozinho está com problemas comportamentais?

pergunte para o Alexandre Rossi e Cão Cidadão

Tutor(a): Roseli Morelli, Mara Joseane e Amelia Wonsik.
Cachorro: Paollo, Babi e Galileu.
Pulo em excesso
1 set 2015

Cães que pulam nas pessoas: como agir?

“Ele é hilário… kkkk, pula demais até o alto quando a gente sai para o quintal… não tem como passar a mão, fazer carinho… ele é hiperativo… rssss, se der te mando um vídeo… gostaria de alguma resposta… obrigada! Adoro vocês, de coração, e o acompanho desde sempre! Beijuuuus” – Roseli Morelli, dona do Paollo, de três anos.

“Olá Alexandre, eu tenho uma linda peluda mestiça com cocker, eu a adotei com 3 meses, ela é um amor e a razão da minha vida. Só que, quando chega visita na minha casa, ela fica pulando nas pernas da pessoa e querendo lamber o rosto. Como eu devo agir diante dessa situação para que ela entenda que é errado fazer isso?” – Mara Joseane Fachini de Simas, dona da Babi, de 1 ano e 5 meses.

“Galileu é meu dálmata de quase um ano (nasceu em 23 de junho de 2014). É um cão muito ativo e muito carinhoso todavia pula nas pessoas e, como está ficando forte, quase as derrruba. Tenho outros dois cães de porte médio SRD, adotados e recém-desmamados. Já estão com dois anos e, seguindo o exemplo de Galileu, também começaram a pular nas pessoas. Gostaria de uma orientação de como proceder no comportamento de meus cães. Um abraço e agradeço a atenção.” – Amelia Wonsik, dona do Galileu, de onze meses.

Por Raphael Storti, adestrador da equipe Cão Cidadão.

Olá Roseli, Mara e Amelia! É muito gostoso chegar em casa e reencontrar o nosso cãozinho. Por isso, acabamos por reforçar, não intencionalmente, alguns comportamentos indesejáveis, como os pulos.

Pense que seu cão passou muito tempo sozinho em casa esperando a sua chegada, e quando você abre a porta, tudo o que ele quer é sua atenção – ele vai fazer de tudo para consegui-la. Nesse momento, qualquer contato, olhar ou mesmo uma bronca podem se tornar um estímulo para que ele pule ainda mais.

A primeira dica que posso dar é transformar sua chegada em um evento comum: chegue em casa, não faça festa, evite o contato visual e, se possível, frustre os pulos dando passos para trás ou para os lados, a fim de fazer com que seu cão erre o alvo.

Nunca faça carinho e procure não empurrar o cão quando ele pular em você. Na nossa cabeça, empurrar e brigar pode parecer uma boa correção, mas na cabeça dele pode significar que você gostou dos pulos e, por isso, o tocou e falou com ele.

Quando ele se acalmar e estiver com as quatro patas no chão será o momento de dar atenção e recompensá-lo com algo que ele goste muito, como, por exemplo, um petisco. Dessa forma, você demonstra a ele qual é o comportamento desejado.

Treinar obediência básica também pode ajudar muito. Um cão que conhece bem o comando “senta” e respeita quando você diz “não” pode ser controlado em situações de pulo. No caso dos filhotes, as dicas acima funcionam bem, mas é preciso ficar atento a outro detalhe. Um filhote pode apoiar as patinhas em suas pernas para ganhar um carinho ou petisco.

Nesse momento, você está ensinando a ele que pode pular ou se apoiar em você. Agora, imagine um filhote de labrador de três meses. Muito fofo, não é? Ele se apoia e pula para ganhar atenção. Agora, imagine esse mesmo filhote aos seis meses, derrubando crianças e idosos, e sujando as roupas das visitas. Por isso, procure estar atento aos detalhes e, em caso de dúvidas, procure um profissional especializado. Espero ter colaborado com essas dicas! Boa semana a todos!