Esse espaço tem como um de seus objetivos alertar os proprietários de cães sobre alguns riscos ou condutas que devem ser evitadas, como forma de tentar melhorar o prognóstico de alguns casos, quando são enfim levados ao veterinário.

É muito comum profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos) medicarem seus cães por acharem que têm conhecimento para isso, já que são da área da saúde e acham que podem medicar seus cães como medicariam o ser humano. No entanto, eles não levam em consideração que são espécies diferentes, que possuem fisiologia diferente e a interação do organismo com o medicamento pode não ter resposta semelhante quando se compara o cão ao ser humano.

Outro fator que se deve levar em consideração é que as doses das medicações são completamente diferentes muitas vezes, assim como o tempo de duração do tratamento de muitas patologias. Existem doenças específicas de cães, assim como doenças que acometem o ser o humano, mas não os cães. Já existem muitas diferenças entre cães e gatos, imaginem entre cão e o homem. São frequentes os relatos de proprietários que administram superdosagens em seus cães.

Não podia deixar de falar das medicações que são amplamente administradas em humanos e que não podem ser administradas em cães e gatos. A procura por atendimento veterinário, o mais rápido possível, é a melhor forma de ajudar ao seu cão. A demora no atendimento adequado pode muitas vezes piorar o prognóstico. Na tentativa de tratar por conta própria, sem capacitação para isso, podem colocar em risco a vida de seu animal de estimação ou possibilitar a evolução da doença.

A medicina veterinária possui um curso acadêmico totalmente diferente do curso de medicina humana. Desse modo, médico humano não tem capacitação técnica para tratar cães, assim como veterinário não pode tratar ser humano. Em relação às outras profissões, não tem o que se falar. Imaginem um arquiteto se metendo a fazer cirurgia.  Portanto, “cada pé com o seu sapato”.