Reforços, punições positivos (as), negativos (as).

O reforço é um estimulo cujo efeito tende a ou resulta na repetição de uma ação ou de um comportamento.

A punição é o contrário de um estimulo cujo efeito tende a ou resulta no fato de evitar uma ação ou um comportamento.

Positivo: o que soma.

Negativo: o que subtrai.

 

Reforço positivo: adição de um estímulo para incentivar a repetição.

Comprar um jogo vídeo, para o filho, por ter obtido notas boas no colégio.

Recompensar o cão por ter executado o Junto ou Senta.

 

Reforço negativo: retirada de um reversivo para incentivar a repetição.

Relaxar a coleira quando o cão anda “Junto”.

Tirar o filho do castigo ou da privação quando as notas melhoram.

 

Punição positiva: adição de um reversivo para evitar a repetição.

Engrossar o tom ou usar qualquer artificio que cria um incômodo, um desconforto ou um susto para o cão quando pula, arranha ou mordisca.

Gritar para seu filho ou puxá-lo pelo braço para ele não ser atropelado ao atravessar uma rua bem movimentada, tentando não traumatiza-lo, mas salvando a vida dele.

 

Punição negativa: retirada de um estimulo para evitar a repetição.

Para quem ainda tem dúvidas, retirar o objeto de motivação da vista, ou de frente do animal (alimentar ou lúdico) enquanto anda puxando na guia.

Ou acabar com a brincadeira quando começa a se agitar e apresenta descontrole.

Retirar os jogos vídeos, a internet e a televisão quando as notas do filho desabam.

 

Tenho aversão a maus tratos nesse ponto toda cautela na hora de manipular um animal ou uma criança é pouca!

Adestradores que não deixam os donos participarem da aula deve-se desconfiar, pois nunca precisei fazer o treino longe do dono, caso ele queira que você se retire ou fique de fora, peça para ele filmar o treino. Eu amo a técnica do Clicker, pois vejo os animais aprenderem com alegria, respeito às outras técnicas, pois vejo resultados, mas sempre utilizo o Clicker para adestrar.

(Citação de um famoso treinador brasileiro de animais para show, propaganda e televisão: André Poloni)

Alguém dúvida que o condicionamento e os contra condicionamentos com técnicas de reforços positivos são as mais eficientes para se obtiver uma aprendizagem motivada e duradoura.

Se ainda tiver essa dúvida então procure mais informações, vê o que os melhores adestradores com os cães mais sabidos e animados obtêm como resultados e compare-os com os resultados, cabisbaixas, dos animais treinados com forçamentos e punições.

A internet está cheia de vídeos, fóruns de discussões e detalhes sobre o assunto, não tem como continuar duvidando a não ser recusando a informação.

Agora mesmo assim, sem hesitação nenhuma, puxo o braço do meu filho ou posso até dar um grito se o vejo ameaçado.

Melhor do que isso é prepara-lo antes, educando-o e condicionando-o com ensinamentos antecipados inteligentes e recompensas pelos acertos.

Só que, infelizmente nem todos nós somos educadores profissionais e nem todos nós temos sempre o conhecimento, a experiência, a disponibilidade, a dedicação e o tempo necessário para conseguir os resultados que nem sempre os melhores educadores conseguem.

E os comportamentos indesejáveis, antissociais, de inconsciência ou agressivos podem aparecer e precisaram ser corrigidos.

Por isso às vezes agradeço ter tido o reflexo e a ousadia de fazer uso de reforços não sempre positivos ou de punições às vezes positivas outras negativas.

No caso dos cães existem várias razões que podem invalidar as técnicas cem por cento positivas para corrigir os comportamentos em caso de perigos iminentes para eles como para os humanos proprietários ou não, adultos ou não que podem se encontrar perto deles.

O cão também pode ser atropelado, como a criança, acontece demais como ainda demais cães são levados para eutanásia todos os dias.

Se não for por razões de sofrimentos extremos e sem possibilidade de melhorias ou alívios, para mim os outros motivos são todos fúteis e podem ser corrigidos.

Controlar o animal, seja para evitar um acidente, seja para dar esperança a proprietários desabusados, incrédulos e prontos a se desfazer do animal, em numerosos casos, abandonando o ou o levando para a eutanásia.
Nada impede, pelo contrário, depois disso de adestrá-lo com técnicas positivas de condicionamento e contra condicionamento, para evitar reincidências.

Acredito que nos casos que citei, ou outros casos de perigo imediato para o(s) animal(is), em razão de uma situação ou por causa de proprietários no limite, as correções despersonalizadas ou personalizadas somente com impressões posturais de controle são válidas e benéficas.

Pergunto a todos se realmente deve e vai traumatizar o cão?

Puxar o braço do seu filho para evitar seu atropelamento vai traumatiza-lo? A não ser pelo medo extremo que ele pode adquirir dos carros se aproximando em grande velocidade, esse medo irá realmente prejudicar a sua saúde mental?

Nos animais, lembrando que o ser-humano também é um animal (por mais afastado das suas origens ou da natureza que seja), o medo (a desconfiança) decorre de um dos instintos mais primitivo, o de sobrevivência.

O medo pode provocar a submissão, a fuga, a esquiva (por exemplo, para preservar a integridade da matilha) ou o enfrentamento.

Sobretudo se, depois dos controles, inicia-se um trabalho sério de condicionamentos e contra condicionamentos com reforços positivos com fim de obter os comportamentos desejados e almejados.
Com a cautela, é claro, de não cair na facilidade que os aversivos podem e vão oferecer.
Certo também que para condicionar um animal estudando as condições, os esforços e conhecimentos, a imaginação e as faculdades de adaptação e criatividade necessárias, as técnicas com uso de reforços positivos são as mais adequadas, eficientes e duradouras.

Sim cada caso é um caso, evidentemente, como cada um é cada um.

Nada justifique os maus tratos nem a violência nem para a defesa. A não ser que seja inevitável e imprevista quando não tiver preparado e não ter como evita-la, então posso entendê-la no máximo.

A violência continua sendo o último recurso da incompetência ou o extremo da ignorância.

Por isso fico triste sim, quando ouço falar de eutanásia de um animal dito agressivo ou que teria surtado. Tenho muitas dúvidas quantos aos surtos dos animais!

Quando melhor estudado o caso, sempre o animal tinha mostrado que o acidente podia acontecer, já tinha acontecidos vários eventos anunciando um possível ataque, ou seja, poderia ter sido evitado ou corrigido.

Conheci vários cães potencialmente perigosos e agressivos, já ouvi falar, mas até então nunca conheci cães loucos e sim sempre casos de animais que respondiam perfeitamente as características comportamentais da sua espécie os levando a agressão por várias causas conhecidas e perfeitamente normais na psicologia canina.

Aproveitando, se vocês conhecerem alguém numa situação que o leve a pensar em conduzir seu animal para a eutanásia por motivo que não seja de dores comprovadamente irreversíveis e impossíveis de serem aliviadas, por favor, fornece lhe meus telefones ou me liguem que irei tentar de tudo para ajudar e evitar tal covardia.

Pior ainda é descobrir que alguns adestradores ditos profissionais, certos declarando fazer uso exclusivo de reforços positivos se auto intitulando de pioneiros, declaram tal ou tal outro animal irrecuperável e aconselham os seus proprietários a leva-lo para eutanásia. Quando, na pior das hipóteses, não eliminam eles mesmo o animal de forma nada convencional.

Acho um absurdo tais declarações de exclusividade, mas nem me formalizo com isso, tem espaço para tudo mundo e o sol brilha para todos.

Já acho no mínimo esquisito, muitos deles ainda usar de garrafas pets, borrifadores de agua ou citronela, latas com algo sonoro dentro, bombinhas, em casos extremos coleiras de choques e quase sempre, quando não se trata dos seus próprios animais, de coleiras que enforcam e outras nada positivas.

Fora a hipocrisia e a falta de ética de tais profissionais.

O uso do reversivo, em minha opinião, pode traumatizar sim se usado com intensidade ou frequência desproporcional.

Dependendo pode quebrar um dedo, a mão ou o braço do seu filho quando puxá-lo, ou até furar o tímpano dele quando gritar para avisá-lo de qualquer perigo.

Acho muito simples a generalização de qualquer forma, mas confirmo sentir desgosto e ódio quando ouço falar de covardia e maus tratos a seres indefesos como os animais, as crianças ou a grande maioria das mulheres.

E se a eutanásia para se livrar de um problema par mim é uma grande covardia, também acho o forçamento aos treinos tanto como métodos agressivos e violentos intoleráveis no vigésimo primeiro século e enquanto os proprietários se dispõem a consagrar o tempo, a disposição necessária e se orientarem de profissionais qualificados para ajuda-los nessa façanha sou cem por cento a favor dos métodos a base de condicionamentos e contra condicionamentos positivos.

Por isso sou contra certos métodos mostrados pelo tal de “Encantador de cães” nos canais “Animal Planet” ou, certas vezes, “Nacional Geografic” e me parece reprisado em canal aberto brasileiro.

Por mais que o reconheço certo pioneirismo em demonstrar que quase todos os casos considerados como perdidos pela maioria, podem ser resolvidos sem o extremo da eutanásia. E também por ter mostrado que equilibrando os animais resolve a maioria dos casos comportamentais e melhora sensivelmente ou resolve medos, traumas e comportamentos autocentrados, não entendo a necessidade de divulgar o uso de métodos tão agressivos para o grande público e assim incitar proprietários e profissionais inexperientes a fazer uso de violência para “corrigir questões comportamentais”.

Mesmo achando algumas teorias ligadas a “Exercícios/ ocupação da mente, disciplina e afeto” desenvolvidos nos seus livros bastante interessantes, acredito que ele foi bem aconselhado e ajudado no decorrer da redação da obra.

Quanto à transferência de energia, que algumas pessoas citam muito facilmente, acredito em certo equivoco, pois se tenho certeza que controlar um animal com atitudes, posturas, mantendo a calma e sendo assertivo é possível, duvido muito do efeito energético de golpes, chutes ou outros, a NÃO SER PELAS DORES QUE PODEM PROVOCAR.

Em função da representatividade que a televisão e a resolução rápida dos casos que já conseguiu, entendo o lado encantador e impressionante da personagem para quem assiste tais performances com olhos mais impressionados do que críticos.

Não tenho mestre, nem mentor, mas me sinto o dever de avisar quanto aos riscos desnecessários de optar por tais técnicas a base de, não toques, mas golpes.

Sem falar que, em alguns casos, já o vi sentir medo e se prevenindo bem mais seriamente fazendo uso de artifícios nada naturais para evitar uma mordida mais séria de um animal bem mais poderoso e claramente bem mais seguro de si e agressivo, ou seja, bem mais perigoso.

Acho mais inteligente nesses casos evitar os riscos tanto para os proprietários como para os animais usando de reversivos e meios de contenções adaptados e defensivos, sem abuso nem exagero, seguidos de contra condicionamentos positivos tudo com a supervisão de profissionais idôneos e amplamente reconhecidos nesse tipo de intervenções, comportamentalistas e veterinários pela parte medical quando necessária.

Isso falando de correção comportamental é claro, e não somente de condicionamento.

Atenciosamente,
Olivier Soulier.