Cuidar do cão é uma atividade levada com carinho e cuidado por muitos donos de pets. Dar atenção, amor e disciplina requer tempo, dedicação e muitas vezes até dinheiro por parte da família. Isso se multiplica quando se trata de cães com necessidades especiais – porém, o amor também vem em dobro! Com a criatividade e empenho, cuidar de um cão cego, por exemplo, pode ser tornar algo tranquilo e prático de se fazer.

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Cuidar do seu cãozinho cego pode ser prático. Confira as dicas.

Os motivos para um cão ficar cego podem ser vários. Alguns já podem ter desenvolvido desde jovens como consequência de alguma doença ou vírus (doença do carrapato ou glaucoma) ou com a velhice (assim como os seres humanos, é normal que os cães comecem a perder os sentidos à medida que envelheçam. Algumas das causas é a catarata canina ou a degeneração de retina).

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Doenças como a catarata podem afetar a visão do animal. Visite o veterinário em caso de suspeitas da doença.

Seja qual for o motivo, é possível, sim, conviver com um cão cego!

Lembre-se: o sentido mais importante do cão é o olfato!

Muitas pessoas sentem pena dos cães cegos e outras até sentenciam à morte cães com dificuldades visuais. Porém, esquecem de uma observação fundamental: o principal sentido dos cachorros é o olfato. É o primeiro sentido que se desenvolve no cachorro e último que “morre” no animal. Os cheiros são muito mais aguçados para os cães, tanto que algumas raças são especializadas e se tornam farejadores profissionais, ajudando a salvar vidas!

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Olfato é o sentido mais importante dos cães

Desta forma, é possível concluir que a visão não é o sentido que irá condenar o cão a uma vida miserável e triste. Ele pode ter uma vida saudável e alegre, independente de enxergar ou não. Por isso, vamos dar algumas dicas para facilitar o dia a dia de quem convive – ou pode estar pensando em conviver – com um cãozinho cego. Vamos a elas:

01) Deixe tudo como está!

Descobriu que seu cão está ficando cego recentemente ou já convive com um? Não mude as coisas de lugar! Mudar a posição de móveis e caminhos pode deixa-lo confuso. O ideal é que ele “decore” os trajetos e caminhe tranquilamente e com segurança pelo ambiente.

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Não mude as posições dos móveis e dos objetos que o cão utiliza.

Aliás, principalmente: não mude de posição da caminha e dos potes de água e de comida! Mesmo sendo guiado pelo cheiro, geraria uma confusão imensa para um cão que já está acostumado com o local de comer e beber no mesmo lugar.

02) Avise a pessoas que você tem um cão cego

Um cão cego pode – e com razão – se tornar um pouco mais desconfiado com as coisas ao seu redor. Portanto, aproximar-se dele sem cautela e abordá-lo de qualquer maneira, pode causar um susto ou situações desagradáveis para o cãozinho.

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Novo colete protetor criado por empresa Muffin’s Halo nos EUA (Imagem: Pet Money)

Quando for passear, se possível, coloque um colete ou coleira de aviso “Sou um cãozinho cego” ou algo similar. É um recadinho que adverte, sem ser rude. (O  aviso vale para as visitas da sua casa).

03) Encoraje-o, porém, não tenha pena

É importante encorajar o cão nos momentos em que ele estiver no caminho certo ou quando ele estiver se sentindo seguro para brincar e se divertir. Porém, encorajar é diferente de mimar ou ter pena. Um cão com dificuldades físicas que seja muito paparicado pode se tornar inseguro em demasia e não conseguir se desenvolver apropriadamente.

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Se tratado de forma muito receosa, o cão cego pode ficar inseguro demais e, portanto, muito imprevisível

Imagine a seguinte situação: você tem pena do seu cão que recentemente ficou cego. Por isso, dá comida na boca dele todos os dias. Porém, um dia você tem uma emergência no trabalho que não pode faltar de jeito nenhum e ninguém pode dar a comida para o seu pet. Você deixa o pote de comida no lugar certo, porém, o cachorro não sabe onde ele fica e, pior! Não quer mais comer sozinho, pois, ele se acostumou a você dando na boca dele.

Mal acostumar um cão por pena é muito ruim. Torna-lo independente é o maior gesto de carinho que você pode fazer por ele.

04) Adeque o ambiente

Não mudar as coisas de lugar é importante, porém, adequar os ambientes é fundamental. Se os seus móveis possuem muitas quinas, pontas ou são extremamente frágeis e de materiais cortantes, evite deixa-los a mostra ou cobra suas quinas com materiais de proteção (as proteções utilizadas para bebês funcionam bem).

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Grade de proteção para bebês pode ser utilizada para proteger a escada do seu cãozinho cego também

Se o ambiente possuir escadas, considere colocar um portãozinho de segurança (para bebês também). Desta forma, você poderá supervisionar sempre que o seu pet quiser descer ou subir. Além disso, antiderrapantes também são uma boa pedida para ajudar no deslocamento do cão.

05) Curta seu cãozinho!

Divirta-se com ele! Compre brinquedos que façam barulhos e incentive o olfato e audição. Petiscos e sininhos podem ser auxílios nestes momentos e te ajudam a treinar ainda mais seu pet. Desta forma, ele se sente mais um na matilha de forma natural e se adequa tranquilamente à rotina.

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Um cão cego pode ser divertir como qualquer outro. Curta seu pet!