Seu cão já ficou engasgado? Passou por situações como o espirro reverso? Tenho certeza que você já deve ter presenciado uma dessas situações. O engasgo do cão pode ser causado por uma interrupção nas vias aéreas, sendo uma das piores situações vivenciadas pelos peludinhos e seus tutores.

Já o espirro reverso, no entanto, é aquela tossida ou ronco bem forte que o cão costuma fazer. A famosa frase que descreve a “tosse de cachorro magro”, que pode durar alguns segundos. Assim sendo, nessas duas situações o mecanismo de defesa do cachorro é que se encarrega de desobstruir o local, deixando livre do incomodo na hora de respirar.

Portanto, se você, tutor, quer saber o que significa espirro reverso, não deixe de fazer a leitura do post de hoje. Vamos entender tudo sobre o tema. Acompanhe!

espirro reverso

Tutora com seu cão no colo – Foto: Freepik

Espirro reverso – Você sabe o que é isso? Entenda aqui, veja como evitar e o que fazer

Também conhecido como respiração paroxística, o espirro reverso é uma defesa do organismo, como se fosse um espirro comum, mas agindo de fora para dentro. O que acontece, na verdade, é que o organismo ao invés de expelir o corpo estranho ou irritação para fora, ele inspira-o para dentro da cavidade nasal.

E é nesse momento da inspiração que ocorre o espasmo involuntário na região da garganta, juntamente com o palato mole, onde fica a parte mais molinha do “céu da boca”. Dessa forma, o som que sai não é de um espirro, mas sendo semelhante a uma tosse ou engasgo, já que a situação dificulta a respiração do cachorro.

Isso acontece por decorrência de acúmulo de secreção canina, contato com poeira, água, pólen, produtos químicos para limpeza, perfume e até mudanças de temperaturas. As alergias e até a presença de parasitas também podem resultar em espasmos como este, trazendo irritabilidade na região que ocasiona o comportamento.

Sendo assim, esta situação é considerada normal, desde que ocorram crises de poucos segundos, pois o cãozinho está liberando o canal para que possa respirar sem interrupções. Vale lembrar que nesses episódios, o cachorro não está sendo asfixiado ou em uma crise de colapso de traqueia. É apenas seu organismo respondendo naturalmente a invasão indesejada.

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Cão pulando na perna – Foto: Freepik

Diferenças entre espirro reverso, engasgo e colapso de traqueia

O espirro reverso pode ser considerado uma reação fisiológica comum, onde o cachorro pode passar por crises de ronco, que ocorrem naturalmente. Não precisa de uma intervenção veterinária. Já o engasgo canino pode acontecer por engolir algo como osso, bolinha de brinquedo e demais objetos pequenos que causam desconforto e dificuldades para respirar.

E para socorrer cachorro engasgado, procurar saber o que está na boca do animal é fundamental, e se ele não conseguir cuspir o objeto, uma retirada mecânica em casa ou pelo veterinário poderá ajudar. O colapso de traqueia é uma doença crônica e progressiva e na, maioria das vezes, congênita, que obstrui a entrada do ar.

Essa patologia canina ocorre por uma alteração anatômica na região da traqueia, dificultando a passagem de ar e resultando em sons exteriores semelhante a uma tosse. Ambas situações parecem ocorrer com cachorro engasgado, mas no caso do espirro reverso, as crises podem ser normais, ocorrendo sons um pouco assustadores.

As diferenças entre colapso de traqueia e espirro reverso, são os comportamentos do cachorro, que no caso de colapso podem ocorrer a qualquer momento, com o cão estando deitado ou demais posições. E nos episódios de espirro reverso, o cão poderá estar de pé, com o pescoço esticado e patas dianteiras abertas segurando o corpo, como resposta do organismo.

Assim sendo, para diagnosticar o colapso de traqueia, serão necessários exames específicos e consulta clínica ao veterinário para detectar a doença.

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Tutora com seu cão no parque – Foto: Freepik

Como prevenir em cães?

Se seu cão já ficou engasgado, saiba que o espirro reverso é bem comum, onde o cachorro estará liberando o espaço através de espasmos. Na maioria das vezes, as crises podem durar até dois minutos, seguindo os padrões de normalidade da situação.

Como ocorre de forma aleatória e em qualquer local, dificilmente poderá ser prevenida, e uma forma de lidar com a situação é controlando a crise. Assim sendo, você pode começar deixando o cachorro mais calmo e a salvo de se machucar batendo em móveis, permitindo que ele passe pela crise com segurança.

Apesar disso, o que também se pode fazer para controlar a situação é observar o ambiente, evitando as possíveis causas dos espirros reversos. Alguns cheiros como os perfumes, fragrâncias de produtos de limpeza e contanto com poeira podem irritar as vias respiratórias, causando os espasmos.

A ideia é que você identifique esses produtos e substitua por aqueles que possuem fragrâncias mais suaves, evitando que seu doguinho sofra com as crises severas.

Existem raças de cachorro predispostas ao espirro reverso?

De modo geral, todos os cães podem passar por episódios de espirro reverso, mas existem algumas raças de cachorro que são mais predispostas. Os cachorros de porte pequeno e com focinho achatado, estarão mais propensos a passar por essas situações, por conta da alteração anatômica da raça.

Raças como ShihTzu, Pug, Ihasa Apso, Pequinês, Buldogue Inglês e Buldogue Francês serão mais predispostos ao espirro reverso devido ao formato do focinho braquicefálico. Mas lembre-se: não são somente os cães dessas raças que podem passar por esses problemas, sendo algo normal para a maioria dos cachorrinhos.

tutora com seu cão

Tutora com seu cão no gramado – Foto: Freepik

O que fazer em casos de crise?

Algumas crises podem demorar mais que outras, deixando os tutores preocupados como se o cão estivesse engasgado. E nos casos de crises mais severas com mais de dois minutos, controlar a situação é essencial. Mas mantenha o cuidado e respeito pelo cãozinho.

Primeiramente mantenha a calma, não bata nas costas do cachorro e nem chacoalhe como se quisesse desobstruir a traqueia, isso pode piorar a situação. Assim sendo, ao invés disso, massageie suavemente a garganta do cachorro, não batendo no local e nem apertando para que ele cuspa saliva.

Outra forma é tapar o nariz do cachorro, ajudando-o a engolir a saliva, pois nesses casos de espasmos, o organismo animal expira para eliminar o corpo estranho. É preciso estar atento aos sintomas, verificando se ocorre de forma intensa e frequente, ou se acompanha outros sintomas como desmaio e intolerância a exercício físico.

Portanto, em casos mais intensos das crises, uma consulta ao veterinário pode ajudar no diagnóstico e tratamento adequado para espirro reverso. Assim sendo, cuide bem do seu cãozinho e fique atento para as mais diversas situações do dia a dia. A prevenção e os cuidados básicos sempre serão muito úteis.