O câncer de pulmão em cães é uma das doenças que podem atingir nossas queridos pets. Assim como nos humanos, o câncer é uma doença perigosa e agressiva, sendo considerado a principal causa de morte entre os animais.
São diferentes tipos de câncer que atingem os cachorros, mas algumas são mais frequentes como é o caso do câncer de pulmão, que nos últimos anos aumentou em casos no pet.
Estudos relacionam a exposição de fumaça de cigarro como um fator que aumenta a incidência de casos de câncer pulmonar em cachorros. Outro fator que pode influenciar é a raça, já que algumas são mais predispostas a terem essa doença.
Raças de cachorros com maior predisposição para o câncer pulmonar
O câncer de pulmão é mais comum em cães mais velhos, entre a idade de 10 a 12 anos. Qualquer cachorro pode sofrer com essa enfermidade, mas algumas raças mostram ser mais propensas a desenvolver câncer pulmonar, que é o caso das raças:
- Boxer;
- Doberman pinscher;
- Pastor australiano;
- Boiadeiro de Berna.
Tipos de câncer pulmonar
O câncer pulmonar pode apresentar dois tipos de tumores, o primário e a metastático.
No câncer primário, o tumor se originou no pulmão. Eles são mais raros e possuem uma grande possibilidade de espalhar para outros órgãos.
O tumor metastático é originado em outra parte do corpo e se espalha para os órgãos como o pulmão.
Sintomas do câncer de pulmão em cachorros
Uma dificuldade para o diagnóstico do câncer pulmonar precoce é que o início da doença pode não manifestar sintomas tão visíveis ao tutor.
Em alguns casos, cerca de 25%, não apresenta nenhum sinal que indique um câncer no pulmão.
Mas nos casos em que os sintomas são aparentes, os mais comuns são:
- Tosses;
- Respiração com chiado;
- Vômito;
- Perda de peso;
- Claudicação (dor causada por esforço);
- Perda de apetite;
- Queda de pelo;
- Febre;
- Respiração rápida;
- Letargia.
Como nem sempre o animal apresentará sintomas, consultas periódicas com check-up podem diagnosticar de forma precoce, o que pode ajudar a uma melhor resposta no tratamento.
Diagnostico de câncer de pulmão em cães
Um dos primeiros exames feitos em um cão com sintomas de câncer pulmonar é o exame físico.
O cachorro realiza atividades físicas e o profissional examina se os pulmões estão com alguns sons abafados ou anormais.
No processo, outras partes do corpo do animal é examinado. Se for confirmado uma dificuldade para respirar o profissional deve seguir com a solicitação de outros exames, já outras doenças também podem afetar a parte respiratória.
Para fazer o diagnóstico correto, alguns exames são solicitados:
- Hemograma: esse exame é feito para descartar outras doenças. Em um cão com câncer pulmonar o resultado costuma ser normal, mas descarta doenças infecciosas que podem confundir no diagnóstico por ter alguns sintomas semelhantes.
- Radiografia torácica: exames de imagem como o raios-x são o primeiro meio para saber se há a presença de alguma massa no órgão do animal. Ele é um diagnóstico preliminar e de acordo com o resultado o veterinário segue para investigação com exames mais característicos para esse tipo de patologia. A presença de alguma massa não é necessariamente a confirmação de um câncer, por isso é preciso realizar outros exames.
- Tomografia: pode ser usada no lugar da radiografia, ou pode ser um complemento no diagnóstico. A tomografia tem imagens mais claras e permite que o profissional investigue melhor o órgão e a presença de algum tumor. As imagens são mais nítidas, sendo possível uma melhor dimensão sobre o tamanho e as características do tumor.
- Biópsia: mesmo com a imagens que o raios-x ou a tomografia oferece, a única forma de confirmar se o tumor é maligno é com a biópsia. Esse exame recolhe amostras do tecido e analisa se é um câncer. A forma mais comum de fazer a biópsia pulmonar é com a toracotomia, um procedimento onde ocorre a abertura da cavidade torácica cirurgicamente. Uma outra maneira de fazer a biópsia é com a toracoscopia, uma cirurgia assistida por vídeo que é menos evasiva, mas depende da localização da massa para poder ser realizada.
Tratamento para o câncer de pulmão em cães
Após os exames, com a confirmação do câncer, o animal será submetido a alguns tratamentos, que devem ser orientados por um profissional.
Caso o cachorro sofra com um câncer em estágio primário, a cirurgia costuma ser o tratamento mais adequado para os cães, porém alguns detalhes como a saúde do cão, o tamanho e a localização da massa podem interferir na escolha desse tratamento.
A quimioterapia e a radioterapia podem ser incluídas no tratamento após a cirurgia, em casos que o tratamento cirúrgico não é possível, a quimioterapia pode ser indicada para o retardo da progressão do tumor.
O câncer de pulmão com metástase não pode ser operado, em alguns poucos casos, o tratamento pode até ser realizado em alguns nódulos. Para esse estágio do câncer, o indicado é tratamento com quimioterapia e radioterapia.
Existem outros tratamentos que estão ganhando espaço na oncologia veterinária, o profissional responsável pelo tratamento do animal deve orientar qual é o melhor tratamento a seguir.
Durante o tratamento do câncer, o pet precisa de uma maior atenção dos tutores, já que na recuperação cirúrgica ele necessitará de alguns cuidados como a administração de medicamentos, manter o local da cirurgia limpo e incentivar a alimentação do pet e monitorar a incisão para evitar infecções.
Os cães em tratamento com quimioterapia ou radioterapia também precisam de cuidados, já que alguns efeitos colaterais como enjoo, diarreia e vômitos podem ser sentidos pelo pet.
Alguns medicamentos podem ser prescritos por um veterinário para amenizar os sintomas colaterais.
O câncer de pulmão em cães tem cura?
Mesmo com os avanços da oncologia veterinária, o câncer continua sendo uma doença agressiva e sem cura.
O tratamento é para uma maior expectativa de vida e para o bem-estar do animal.
Quando o tumor é primário e descoberto sem ainda ter espalhado para outros órgãos, o cachorro tem um tempo de sobrevivência de alguns anos, alguns casos chegam a 2 anos.
Já os casos de metástase, o prognóstico não é tão otimista, esses animais vivem cerca de 2 meses após o diagnóstico.
