O cão-guia é indicado somente para deficientes visuais e pode ser legalmente incluído na rotina de pessoas que possuam uma capacidade visual menor do que 0,3 e maior ou igual a 0,05 no melhor olho, mesmo em casos onde há o uso de lente de contato ou óculos de grau, por exemplo. Sendo assim, é um direito do cidadão ter o seu cão-guia acompanhando-o dentro de estabelecimentos e até mesmo em viagens de avião.

Afinal, além da companhia, o pet tem uma função primordial no dia a dia do deficiente visual, que é o seu tutor. Por isso é tão importante não interagir exageradamente com o cachorro, e muito menos brincar ou dar algum petisco, sem que seja um momento propício para isso. Lembre-se, o cão-guia precisa estar concentrado em sua atividade para promover segurança para o deficiente visual.

Se você tem curiosidades sobre o tema, acompanhe este conteúdo até o fim e tire todas as suas dúvidas sobre cão-guia!

Veja também: Como dar remédio para cachorro que cospe – Veja 5 dicas

cão-guia é indicado somente para deficientes visuais

Cão guia deitado no gramado. Foto: Freepik

O que é um cão-guia? O que caracteriza um cão-guia?

Um cão-guia nada mais é do que um cachorro adestrado especialmente para dar o suporte adequado aos deficientes visuais durante atividades cotidianas, como passeios, compromissos fora de casa ou viagens. O treinamento desses animais é bastante rigoroso, o que pode demandar de um a dois anos para que o cão esteja plenamente preparado para a função.

Vale ressaltar que esse adestramento precisa iniciar quando o pet ainda é filhote, para facilitar o processo. Além disso, o adestramento segue três etapas distintas, sendo elas:

  1. Socialização: Convivendo com famílias voluntárias para aprender e interlizar comandos que são simples, porém, extremamente necessários.
  2. Treinamento: Aqui, o cachorro aprenderá tudo o que ele precisa fazer para conduzir o deficiente visual de forma segura.
  3. Instrução: Por fim, o pet recebe as instruções, junto com o tutor, para que seja estabelecida a conexão entre o cão e o deficiente visual.
Dono com cão-guia na rua.

Cão-guia com o seu tutor. Foto: Freepik

Passada por essas três etapas, o cão-guia já estará apto para dar o suporte necessário ao seu tutor. Vale ressaltar que não é todos os cães que são adestrados para serem guia, afinal, é imprescindível que o cachorro seja de porte médio, fortes o suficiente para guiar o tutor e ainda inteligentes e dóceis. Justamente por conta dessas características que os cães-guia costumam ser da raça Golden Retriever.

Quais são as responsabilidades do cão-guia?

O cão-guia é indicado somente para deficientes visuais com o intuito de promover mais mobilidade e qualidade de vida para essas pessoas com necessidades especiais. Afinal, com o suporte de um cão-guia bem treinado, a independência do sujeito pode ser mais bem explorada, permitindo que ele possa se locomover com um pouco mais de liberdade, sem a necessidade de requerer a companhia de outra pessoa, por exemplo.

Além disso, o cão é treinado para garantir a segurança do dono e de si mesmo, o que impede que pessoas má intencionadas façam com que o cachorro tome ações errôneas ou que deixem o tutor vulnerável. Veja quais são as responsabilidades do cão-guia:

  • Ajudar o tutor dentro de casa e em espaços públicos, guiando-o com atenção;
  • Não se deixar levar pelo cheiro de outros cães ou de comida;
  • Aguardar parado, enquanto o tutor não está caminhando;
  • Ajudar o tutor a entrar em transporte público, caminhar na calçada ou atravessar a rua;
  • Auxiliar o dono na hora de desviar de obstáculos como buracos, pessoas, elevações, objetos, etc.;
  • Manter-se sempre um pouco à frente e à esquerda do dono;
  • Direcionar o tutor diretamente aos caminhos mais seguros e tranquilos;
  • Seguir na direção que é apontada pelo tutor;
  • Auxiliar o deficiente visual na hora de subir escadas ou se aproximar do botão de um elevador;
  • Entre outras ações que possam facilitar a locomoção do deficiente visual, ao passo de que a segurança seja sempre mantida em primeiro lugar.

Leia mais: Cachorro de estimação: Como escolher o ideal para crianças?

Vale destacar que é preciso treinar o cachorro com um profissional especializado em cão-guia, pois assim o treinamento pode ocorrer de uma forma mais adequada e coerente e, consequentemente, a segurança do cão e do tutor são mantidas.

O cão-guia é indicado somente para deficientes visuais?

Sim. Como vimos até aqui, o cão-guia é indicado somente para deficientes visuais, tendo em vista que o intuito primordial desse cachorro é justamente auxiliar o sujeito em sua locomoção, sempre visando a segurança. Sendo assim, pessoas com uma capacidade visual menor do que 0,3 e maior ou igual a 0,05 no melhor olho. Isso vale para pessoas que usam lente de contato ou óculos também.

Lembre-se, o cão-guia é um direito do deficiente visual, a fim de que ele tenha esse suporte para ter uma vida com mais qualidade e segurança.

cão-guia é indicado somente para deficientes visuais

Homem cego caminhando na rua com o seu cão-guia. Foto: Freepik

Leia também: Canil de confiança: Como escolher um para comprar cão de raça?

O cão-guia é indicado somente para deficientes visuais e também se aposenta

Vale ressaltarmos que assim como nós humanos também precisamos nos aposentar um dia, o cão-guia também precisa. À medida em que o pet vai envelhecendo, a sua visão e o seu olfato começam a sofrer alterações, devido à velhice.

Dessa forma, é preciso que o pet se aposente e possa viver a sua fase idosa da melhor maneira possível: descansando, recebendo mimos e muito amor. Portanto, quando o cão-guia começa a envelhecer, o correto é já iniciar o treinamento de outro cachorro, que virá a ocupar o lugar do primeiro, em algum momento.

Um cão-guia tende a ter os seus sentidos saudáveis e equilibrados até cerca dos 8 a 10 anos de idade. Passado este tempo, o ideal é que ele conviva apenas em casa, com o tutor, e outro pet venha a ser treinado no seu lugar. Fique atento a isso!

Leia agora: Passear de bicicleta com o cachorro – Como levá-lo com segurança?