Os cachorros podem ser muito mais inteligentes do que a humanidade pressupõe. Isso porque os bichinhos podem ter talento para algo que muitas pessoas abominam: a matemática. Sim, você vai se surpreender ao descobrir que os cães também sabem fazer contas.

Os pesquisadores descobrir que o melhor amigo do homem utiliza a mesma parte do cérebro para fazer cálculos. Mas, vale salientar que esses cálculos são com números básicos, obviamente. O estudo foi promovido pela Universidade de Emory e publicado na “Biology Letters” da Royal Society. Trata-se da instituição britânica de disseminação de conhecimento cientifico.

É importante salientar que outros trabalhos científicos já tinham indicado a capacidade matemática canina. O diferencial dessa vez foi a utilização de uma exame de ressonância magnética. Enquanto os animais realizavam alguns testes e escolhas sem treinamento prévio, os resultados eram avaliados.

Isso porque as pesquisas com não humanos, de modo geral, tendem a abrangem o processo de tentativa e recompensa. Todavia, essa técnica acaba por eliminar a espontaneidade dos dados obtidos na pratica.

Estudo mostrou que cães também sabem fazer contas

Ao todo, 11 cachorros e adultos das mais diferentes raças participaram do levantamento. Entre eles Pearl, um golden retriever; Daisy, uma pitbull mestiça; e Caylin, um border collie. Inicialmente, os animais entraram sem pressão no aparelho e se mantinham parados. A cabeça ficava apoiada em um suporte e os olhos voltados para uma tela.

No interior dessa máquina, eles enxergavam pontos de luz que oscilavam em número e tamanho. As informações se modificavam velozmente, a cada 300 milissegundos. Enquanto isso os pesquisadores conseguiram avaliar, diretamente da fonte, como os cérebros caninos reagiam. Tudo foi visto do monitor da ressonância, as partes em ação alterando a tonalidade e intensidade.

Foram os lobos parietal e temporal do córtex cerebral dos cachorros que reagiram as diferenças matemáticas. Assim, a atividade neural era superior quanto se aumentava as proporções apresentadas. Por exemplo, três pontos mínimos e dez pontos grandes faziam o cérebro trabalhar mais do que uma série de quatro pontos minúsculos e quatro grandes.

cães também sabem fazer contas

Foto: Freepik

Essas questões demonstram que os cães utilizam as áreas do cérebro parecidas a dos seres humanos com o intuito de realizar contas simples. E eles não necessitam de qualquer instrução ou recompensa para isso. Basta ocorrer de modo espontâneo. É como se fossem, com relação a matemática, uma criança ou outro primata. Mostrando um trabalho cerebral mais poderoso, oito dos 11 participantes do teste foram aprovados.

Portanto, a pesquisa indica um mecanismo neural comum entre pessoas e cães. Mas, se levando em consideração a evolução das respectivas espécies. Assim, além de saber mais sobre o comportamento e capacidade cognitiva dos cachorros, se pode saber até mais sobre a própria mente humana.

Próximas fases do estudo

Após mostrar que os cães também sabem fazer contas, a próxima fase do estudo tende a ser explorar como as pessoas melhoraram esse mecanismo. Afinal, esse processo é indispensável para desenvolver aptidão complexa de matemática.

De modo geral, os primatas tem a capacidade de estimar quantia utilizando uma ferramenta mental. Chamado de “Sistema Numérico Aproximado” (SNA), esse fator também abrange o Homo Sapiens. A capacidade expõe as similaridade e distinções entre grandezas discretas e continuas. Ou seja: números, quantidades, tempo, tamanho físico e brilho. Portanto, o SNA auxilia na hora de efetuar cálculos básicos em um curto espaço de tempo.

cães também sabem fazer contas

Foto: Freepik

Esse fator também pode fazer a diferença em diversas ocasiões fundamentais para a sobrevivência. Por exemplo, fugir de predadores e até achar comida. Isso porque permite que os seres identifiquem quantos animais estão por perto, os predadores e até maturidade de alimentos.

Todavia, esse mesmo sistema que o estudo encontrou nos animais pode estar em outros grupos de mamíferos, separados dos homens por mais de 80 milhões de anos de processo evolutivo. No fim das contas, o cachorro é muito mais próximo do seu melhor amigo bípede do que se imaginava.