Todo ano no outono do hemisfério norte, milhões de pessoas participam do festival hindu Diwali, geralmente conhecido como Festival das Luzes.

Esse é um período especial para se contar histórias, dar presentes e reconhecer o relacionamento que os humanos têm com o mundo e seus habitantes. Criando uma atmosfera mágica e iluminada, lâmpadas são acesas durante a noite, simbolizando a vitória da luz sob a escuridão, conhecimento sob a ignorância e a dissolução das barreiras que nos impedem de vivenciar uma real experiência no mundo.

 

Foto: Reprodução

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O Diwali ganha outras denominações e características, dependendo da região. No Nepal, ele é chamado como Tihar. Especialmente no hinduísmo nepalês, o segundo dia, Kukur Tihar, é dedicado à adoração de cães.

A celebração dura 5 dias e cada dia tem um foco específico: São honrados corvos, cães, vacas, bois e relações fraternas.

Durante o Kukur Tihar, o relacionamento mitológico e real entre humanos e cães é o foco principal. Todos os cachorros recebem uma guirlanda de flores, chamada de nalla, e as usam em seus pescoços. Essa é uma forma de mostrar a importância de quem a carrega e as orações que são destinadas ao animal. A marca vermelha aplicada entre os olhos de cada cão se chama Tika. A marca representa que o cão está no caminho certo, assim como a torna um objeto de devoção, emprestando um ar sagrado ao animal, assim como abençoando quem o encontra nesse dia.

 

Foto: Reprodução

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Mas para qualquer um que conhece um cachorro, a melhor parte desse dia para eles são as comidas oferecidas, podendo incluir uma variedade de carnes, leite, ovos ou rações caninas.

 

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Entendendo a mitologia do cão

No Rigveda, um dos textos mais antigos do Hinduísmo, Samara – a mãe dos cachorros – auxilia Indra, a regente do céu, a reaver o gado roubado. Segundo a tradição, o cão é o guardião e mensageiro de Yama, o senhor e juiz dos mortos. Acredita-se que o cachorro também guarde o gado após a vida.

No final de Maabárata, um dos dois maiores épicos clássicos da Índia, Yudhishthira se recusa a entrar no céu sem seu cachorro. O cão, por sua vez, representa o conceito do dharma, o caminho da justiça.

 

Foto: Reprodução

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Fonte: Dogster