Os membros do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) são treinados para cumprir o lema: “Vidas Alheia e Riquezas A Salvar”. Recentemente, os homens e mulheres do 7º Batalhão de Bombeiros Militar, situado da cidade de Itajaí, contam com a ajuda da cadelinha Moana para dar conta dos seus objetivos diários.

De acordo com o site oficial da instituição, o filhote começou a ser treinado para atuar em buscas e salvamentos. Então, a cadelinha se tornou a dupla do soldado Thiago Amorim.

Assim, o bombeiro pode utilizar a experiência construída em anos de treinamento com o Ice, cão de busca aposentado. Hoje em dia, Ice foi deslocado para o trabalho terapêutico com visitas em hospitais, além de contribuir para o treinamento dos novos integrantes da corporação.

“Ela (Moana) vai seguir os passos do Ice, no 7º Batalhão, continuando o trabalho dele. Portanto, vamos nos dedicar muito para esse treinamento e tenho certeza que ela vai ajudar a população futuramente”, declarou o soldado Amorim ao site oficial do CBMSC.

A escolha dos filhotes para pelotão de busca e salvamento

A seletiva para um novo cachorro para o serviço de serviço, que não se trata de uma cruza entre os animais da própria corporação, exige muita atenção. Conforme a publicação oficial, é preciso levar em consideração tanto a questão genética quanto as particularidades do bichinho.

“Mapeamos alguns estados e encontramos neste local um risco reduzido para o desenvolvimento de doenças genéticas – que os Labradores podem apresentar. Também levamos em conta o bem estar dos pais e o cuidado com os filhotes”, afirmou o Tenente Coronel Parizotto.

Foto: Reprodução Site Oficial CBMSC

Além da documentação negativa para as enfermidades, os filhotes também passam por avaliações para pré-disposições e comportamental. “O temperamento é algo que não muda com o condicionamento. Então. nós precisamos saber as características para que possa ser iniciado o treinamento, com os cães ainda jovens”, explica o sargento Amorim. “Por exemplo, para as nossas buscas não podemos ter um cão que apresente medo. E nessa fase, com 50 dias, já é possível analisar se o cão possui essa característica. Para nós. essa é excludente”, contou o bombeiro militar.

Vale salientar que foram efetuadas avaliações com filhotes com cerca de dois meses de vida. Ao todo, 15 cachorros foram submetidos a esse processo de forma detalhada. Conforme o site da corporação catarinense, as tarefas foram feitas de modo individual em um ambiente reservado.

Portanto, o intuito foi permitir que o filhote se sentisse a vontade para se expressar. Afinal, foi necessário que os animais manifestassem para conferir se realmente se encaixavam no perfil de um cão de busca.

Resultados da Moana

De forma bem sucedida, a cadelinha Moana passou em todos os testes e foi a escolhida para ser a nova cadelinha em treinamento.

“Ela é muito doce, extremamente conectada com pessoas e se mostrou muito equilibrada, em todos os momentos. A Moana respondeu muito bem a todas as propostas que foram apresentadas para ela. Se movimentou bem, explorou os ambientes apresentados para ela, foi com todo mundo e demonstrou pouca sensibilidade a barulhos. Ela é o tipo de cão que pode se desenvolver de forma muito colaborativa com o tutor. Já que que é um cachorro que cria ligações, ela prefere brincar com pessoas do que com brinquedos. Osso é muito relevante neste caso”, descreveu o sargento.

Nova casa para a cadelinha Moana

Como acontece com todos os cachorros de busca e resgate em Santa Catarina, Moana vai morar com seu novo tutor. Isso quer dizer que a cadelinha vai conviver diariamente com o soldado Amorim, residindo no mesmo local.

Felizmente, a adaptação de Moana a sua nova casa foi imediata. Assim, ela já chegou deixando claro que é a nova dona do pedaço. Com muita energia, a cadelinha brincou com os animais mais velhos: o Ice, Labrador da corporação e o Maui, Border Collie da família.

Foto: Reprodução Site Oficial CBMSC

Rapidamente, a nova moradora de Itajaí não apenas conquistou toda a família do seu tutor, bem como os integrantes do 7º Batalhão de Bombeiros Militar. Além disso, a nova integrante da família Amorim terá a oportunidade de adquirir a experiência diretamente com o seu irmão mais velho, Ice, a fim de auxiliar muitas pessoas nas ações em conjunto com o CBMSC.

Os cães de busca precisam ser Labrador Retriever?

No Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, a raça selecionada para o trabalho com busca e resgate é o Labrador. As principais particularidades destes cachorros são a facilidade no aprendizado, a disciplina e a docilidade. Além disso, muitos cães são altamente brincalhões, ativos e contam com um poderoso olfato.

“Os Labradores são cães que respondem às nossas necessidades, por gostarem muito de água, de pessoas, não se melindram em andar na lama. São cães rústicos, muito brincalhões e que se adaptam aos nossos salvamentos. Afinal, não é qualquer cão que tem essa possibilidade”, esclareceu o sargento.