Um dos experimentos mais terríveis sobre transplante foi realizado por Vladimir Demikhov. Em 1954, o público conheceu sua criação – um cachorro de duas cabeças.

A cabeça e as patas dianteiras de um cachorro pequeno foram costuradas no corpo de um pastor adulto. Do lado de fora, tudo parecia assustador e antinatural. Percebeu-se que o cachorrinho não tinha estômago, pois ao tentar beber leite, gotículas escorriam da parte cortada.

Além disso, os cachorros não se davam bem e tentavam se livrar um do outro.

O cachorro de duas cabeças

Na ânsia de provar a supremacia médica e científica da União Soviética durante a Guerra Fria, cientistas conduziam experiências dignas de filme de terror.

Em 1954, Vladimir Demikhov mostrou a jornalistas sua criação horrenda: um cachorro de duas cabeças  – e ambas “funcionando” (na demonstração para a imprensa as duas cabeças bebiam leite)!

Para isso, enxertou cabeça, ombros e duas pernas de um filhote no pescoço de um pastor alemão. E não parou por aí: nos 15 anos seguintes, o russo fez outras 20 dessas criaturas, alegando que as experiências serviam para ajudar a descobrir técnicas para transplante de órgãos em humanos.

O que levou o cientista a fazer tal experimento?

O experimento do “Cão de Duas Cabeças” é a transplantologia na prática. O termo foi trazido pelo próprio Demikhov e tentou revelar sua essência ao mundo. Havia a necessidade dessa inovação, já que o corpo humano tende a desbotar, e alguns órgãos o fazem muito mais rápido.

Transplantar um órgão ou parte do corpo para uma pessoa para devolvê-la ao seu estado anterior não é de forma alguma um procedimento desnecessário. A medicina, que na época era subdesenvolvida no espaço soviético, não podia dar tal termo, então o cientista o fez.

A consistência do procedimento foi quase comprovada na época no experimento de Demikhov “Cão com duas cabeças”.

Se você olhar para tudo objetivamente, a incrível contribuição de Vladimir Petrovich para a ciência doméstica e mundial não pode ser ignorada.