Mais cedo ou mais tarde, qualquer dono de animal se depara com a velhice de seu animal de estimação. Inicialmente, as mudanças nos cães mais velhos não são visíveis, mas com o tempo, o animal começa a dormir mais, aparecem pelos grisalhos e muito mais.
Em relação à mudança do estado do corpo tendo como pano de fundo a velhice do cão, é preciso focar na organização do cuidado adequado, respeitando algumas nuances associadas à idade do animal.
A velhice em um cachorro não vem da noite para o dia. Todos os processos se desenvolvem gradualmente. Inicialmente, o animal começa a diminuir a acuidade visual, desenvolve catarata, diagnosticada em 65% de todos os cães mais velhos.
No contexto das mudanças senis, o metabolismo desacelera e o próprio corpo se torna mais vulnerável aos efeitos de vários fatores ambientais.
Sendo assim, é aconselhável prestar atenção ao animal de estimação e ver quais cuidados devem ser tomados.
1. Quais mudanças físicas e comportamentais não são normais?
Cão idoso – Foto: Freepik
Cães idosos tornam-se menos ativos
Os cães mais velhos, assim como os idosos, tornam-se menos ativos. Exercícios e jogos ativos desaparecem da lista de atividades favoritas. Eles são substituídos por dormir ou deitar em algo macio e quente.
Durante as caminhadas, o animal dá menos atenção aos outros animais, deixa de se interessar pelo sexo oposto.
Um cão na velhice pode se tornar letárgico ou, inversamente, mostrar agressividade com mais frequência.
Tem dificuldade no aprendizado
Cães deitados no quintal de casa – Foto: Freepik
Você não pode ensinar novos truques a um cachorro idoso, diz a sabedoria popular. Na verdade, animais de estimação mais velhos acham mais difícil aprender novos comandos, então os adestradores de cães recomendam começar o treinamento o mais cedo possível.
Além disso, na velhice, o cão pode esquecer comandos se não for treinado por muito tempo.
O cachorro se move lentamente
Cão idoso no sofá – Foto: Freepik
Como regra, o cachorro idoso se move lentamente. Com a idade, ocorrem mudanças nas articulações e nos ossos do animal, de modo que seu andar torna-se vacilante, incerto e lento.
Observe que uma mudança na marcha pode ser um sintoma de doença cardíaca. Para estabelecer um diagnóstico, uma consulta com veterinário deve ser realizada.
Obesidade é comum surgir
A obesidade é uma das doenças mais comuns em cães mais velhos. Com a idade, o nível de atividade do animal diminui, o que é natural, por isso os veterinários recomendam mudar sua dieta para uma dieta menos calórica.
É necessário monitorar o peso de um animal de estimação que está envelhecendo, porque quilos extras sobrecarregam as articulações já doloridas e grandes porções de comida provocam doenças do trato gastrointestinal.
Doenças do trato gastrointestinal
Cachorro solitário deitado na rua – Foto: Freepik
Flatulência, prisão de ventre e muito mais… Tudo isso ocorre devido à diminuição do nível de atividade do animal, desaceleração do metabolismo e deterioração da motilidade intestinal.
Além disso, o fígado e os rins começam a funcionar pior e pode aparecer insuficiência.
Doenças das articulações
Com a idade, os cães desenvolvem artrite e artrose. Além disso, doenças crônicas típicas, como discopatia e luxação dos discos vertebrais, são exacerbadas em muitas raças.
As articulações começam a doer por si mesmas e como reação ao clima ou à umidade. Portanto, muitos cães tem dificuldade para se mover – subir e descer escadas, levantar e deitar.
- Veja também: Cães Idosos: Como ensinar novos aprendizados? Veja aqui
Incontinência
Cão sendo examinado – Foto: Freepik
Se o seu cão tem problemas de digestão ou de bexiga, será difícil para ele controlar seus impulsos naturais na velhice. Portanto, se ele pedir para sair, não recuse o passeio.
Em nenhum caso você deve repreender um cão mais velho se ele não aguentou e acidentalmente aliviou a necessidade em casa.
Sobre mudanças de comportamento nos cães mais velhos
Preste atenção especial à mudança do comportamento do amigo de quatro patas em certas situações.
- Seu cão amigável está sempre feliz em interagir com parentes. Mas agora ela se afasta de animais e evita o encontro com cães adultos e até mostra agressividade.
- O cão sempre foi afetuoso com as crianças. Mas de repente, ele começou a evitar se comunicar com as crianças, parou de participar de brincadeiras, foge constantemente delas, se esconde.
- O cão sempre foi um cão que preferia a solidão, mas agora se tornou um animal de estimação que de repente começa a vir até você.
- Seu cão, que sempre amou tomar banho, começa a evitar esse procedimento: não pula, como antes.
Se você notar padrões semelhantes ou outras mudanças no comportamento, consulte o veterinário.
É possível que não sejam apenas sinais de envelhecimento do corpo, mas sintomas de problemas de saúde.
Fique atento ao seu amigo de quatro patas – afinal, o tratamento prescrito na hora certa tornará a vida do seu cão muito mais fácil.
2. A dieta de nosso animal de estimação deve ser modificada se ele for idoso?
Claro! Os alimentos são divididos em alimentos para cachorros (0-1 ano), cães adultos (1 a 6 anos) e cães ‘idosos’ (7 anos e mais). A diferença entre esses alimentos é o percentual de proteínas e carboidratos que fornecem.
Enquanto muitas pessoas acham que os alimentos para idosos tem uma textura mais macia, a diferença está nos ingredientes.
Nessa idade começam a apresentar problemas renais, hepáticos e cardíacos. Existem minerais que se recomenda dar em menor quantidade e outros em maior quantidade. Assim, os alimentos para cães idosos oferecem esse equilíbrio correto.
Em resumo, a alimentação para cães idosos torna o envelhecimento do corpo mais gradual e cuidadoso.
- Veja também: Ensinar um cachorro idoso a fazer as necessidades no lugar certo – Passo a passo
3. As caminhadas devem ser mais curtas para os cães mais velhos?
Cachorro no quintal – Foto: Freepik
A rotina física do nosso animal de estimação não deve ser modificada, pois se ele não tiver atividade suficiente poderá acumular gordura e ganhar peso, o que a longo prazo desencadearia problemas nas articulações.
Os únicos casos em que o exercício é restrito ou diminuído é se o cão tiver diagnóstico de hérnia, displasia do quadril , etc.
Mas isso não significa que não deve sair para passear, mas sim que se deve reduzir a atividade física e em todos os casos é recomendado evitar escadas e pular de camas ou móveis.
4. Com que frequência um cão deve ir ao veterinário quando estiver idoso?
O ideal mínimo é de duas consultas por ano, já que um cão é considerado um adulto mais velho.
Os cães tem um ótimo instinto de sobrevivência e, mesmo que estejam doentes ou com dores, continuam com a vida como se nada estivesse acontecendo com eles. É por isso que é recomendado:
- Consulta médica geral duas vezes por ano, pelo menos.
- Exames de imagem (radiografias e ultrassonografias) pelo menos uma vez por ano.
5. Devo dar suplementos e/ou medicamentos a cães mais velhos?
Definitivamente, existem muitas vitaminas e suplementos que ajudam a pele, cabelo, ligamentos, ossos, articulações, metabolismo, etc.
Mas para uso de suplementos e medicamentos o ideal é uma avaliação prévia do animal, tanto fisicamente quanto com exames.
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