Uma mãozinha pode fazer toda a diferença em um momento de dificuldade, não é? Uma patinha também! Por isso, a cadela Hope tem contribuído muito para a recuperação de pacientes com câncer. A iniciativa está sendo aplicada na ala pediátrica do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.
Como surgiu a ideia do projeto com a cadela Hope?
Vale salientar que o primeiro pensamento para elaborar essa iniciativa ocorreu há sete anos através da médica Bianca Santana. Isso porque a oncologista carioca teve contato com o “cãoterapeuta” chamado John. O animalzinho integrava Hospital Infantil de Tratamento De Câncer, em São Paulo (GRAAC).
No entanto, a vontade de criar algo parecido no INCA somente se consolidou com a solicitação de um paciente tetraplégico. No caso, o paciente pediu para que pudesse rever o seu animalzinho de estimação. Infelizmente, a pessoa acabou falecendo antes de ter o seu desejo atendido pelo hospital.
A partir daí, a médica compreendeu a necessidade não apenas de oportunizar a visita de um pet, mas de ter um cãozinho por perto. Portanto, ela se tornou a responsável pelo primeiro programa de terapia assistida por animais na unidade. Todavia, a médica precisou superar alguns obstáculos para contar com a cadela Hope.
De acordo com reportagem do Portal G1, a cadela Hope é uma golden retriever. Ela foi escolhida devido ao perfil bastante dócil e carinhoso com as pessoas a sua volta. Além disso, a cadelinha passou por um trabalho de adestramento antes de iniciar as visitas aos pacientes. Atualmente, Hope passa um dia no hospital para alegrar as crianças e os adolescentes.
Por isso, a cadela Hope costuma fazer sucesso tanto com as crianças quanto com os familiares. Isso porque as horas ao lado do bichinho fazem com os pacientes possam se distrair de forma apropriada.
Trabalho com a cadela Hope
O convívio da cadela Hope com as crianças e jovens do INCA demanda uma série de exigências. Porque os pacientes tendem a apresentar uma imunidade baixa devido ao tratamento do câncer. Portanto, o bichinho precisa de alguns cuidados diferenciados.
A atenção com a higiene da cadelinha é muito mais severo com checagem nos dentes, nas patas e banhos freqüentes. Além disso, Hope também é monitorada constantemente por uma veterinária e ter todas as vacinas em dia. Afinal, o seu atestado médico necessita ser verificado a cada 60 dias.
Antes dos 90 dias, a cadela Hope já começou a ser trabalhada por profissionais de adestramento. Isso porque as visitas ao hospital exigem um comportamento altamente obediente, calmo e acolhedor. Outro detalhe pertinente é a sua boa relação com as crianças. Desde os primeiros dias, ela deu sinais que se daria muito bem com os baixinhos.
Benefícios do contato dos paciente com animais
Há diversas vantagens ao paciente quando se tem contato com a terapia animal em um ambiente controlado. Isso porque as pessoas concedem relaxar e se sentem muito mais alegres nestes momentos de convívio.
Por isso, a cadela Hope pode ganhar companhia em breve. A ala infantil do INCA pode receber uma segunda cadela no projeto. Inicialmente, a ideia é incluir uma outra golden retriever devido ao sucesso da primeira tentativa com Hope.
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