A cadelinha idosa Maribel teve uma vida muito difícil e complicada. Porém, felizmente, no momento de sua vida em que ela mais precisava, ela encontrou a família perfeita para lhe dar todo o amor e os cuidados que ela merecia.

A vida da cadela só começou a mudar depois que uma boa pessoa viu a peludinha vagando sozinha pelas ruas e pediu ajuda para o controle de animais do Kentucky, nos Estados Unidos.

Além de abandonado, o animal tinha uma séria má formação facial. Maribel não tinha focinho e o lábio superior também lhe faltava.

A cadelinha idosa foi levada ao veterinário

Ela foi imediatamente levada a um veterinário, onde foi comprovado que Maribel já era uma senhora de nove anos de idade. A cadela, que é da raça Jack Russel passou por vários exames e uma equipe médica constatou que ela não havia sido ferida.

De acordo com os veterinários, sua deformação facial era, muito provavelmente, uma anomalia congênita – semelhante a ter uma fenda palatina, que pode ter sido causada por conta de procriação e cruzamento irregular em fábrica de filhotes ou criadores e canis ilegais.

A pequena Maribel apresentava ainda dolorosos tumores mamários, uma hérnia inguinal e problemas dentários. Mas nada disso tirou o bom humor da cadelinha idosa. Ela parecia perceber que sua vida iria melhorar ainda mais.

Com pouco tempo a cadela foi transferida para a Woodstock Animal Foundation (WAF), instituição que cuida de animais com necessidades especiais.

A cadelinha idosa e suas histórias na redes sociais

Para tentar juntar o valor necessário para pagar todos os tratamentos que a cadelinha iria precisar, a WAF publicou a história de Maribel nas redes sociais e em pouco tempo conseguiu arrecadar cerca de seis mil dólares em doações, valor bem maior do que eles precisavam para pagar todas as contas médicas.

Porém, algo ainda melhor veio logo em seguida. Ao ver a carinha de Maribel em um noticiário de TV que contava o caso da cadelinha, a coaching de vida e conselheira que Kelli Shook, de Toledo, Ohio, sabia que aquela peludinha era o que faltava na sua família.

“Eu não sei o que foi. Era apenas algo em meu coração que sabia que ela parecia perfeita. Ela era muito amigável, indo até todo mundo, sem medo de outros animais, sem medo de pessoas. Ela é ótima com crianças, ela adora crianças”, disse Kelli ao The Dodo.

Kelli percebeu que além de ser um novo membro de sua família, a cadelinha também poderia ajudá-la em seu trabalho com crianças.

“Estamos começando um programa para jovens aqui em nossa área, onde podemos ensinar empatia às crianças usando animais que não são considerados tradicionalmente abraçáveis ou amáveis. [Como] animais como Mirabel, que têm algum tipo de defeito congênito ou foram abusados”, explicou a nova tutora.

A coaching de vida contou que as crianças realmente não se importam com a má formação de Maribel e não têm medo de fazer carinho nela. Elas acham a cadelinha fofa.

“Tentamos transformar isso em uma lição, dizendo: ‘Veja, você não tem medo dela e não se importa com a aparência dela, então vamos tentar ser assim com seus colegas’. Se há uma criança que parece diferente, não a tratamos de forma diferente”, conta a mulher sobre a ajuda que Maribel dá em seu trabalho com os pequenos.

A tutora disse ainda que, como a cadelinha já teve boa parte de sua vida em péssimas condições e não se sabe quanto tempo mais ela ficará com sua família, todos vão fazer o melhor para que ela tenha um resto de vida como merece e ajudando muitas crianças.

“Só porque um animal teve uma parte de sua vida ruim, isso não significa que ele não seja um animal de estimação ou de terapia incrível”, completou ela.

Fonte: Goodfullness