Na tarde da última terça-feira, dia 31 de janeiro, um cachorro herói acabou falecendo ao tentar proteger seus tutores de um assalto na cidade de Cerro Branco, Região Central do Rio Grande do Sul.

Lucinda e Zeno Züge, tutores do cão Pastor Alemão de um ano e dois meses chamado Cóbi, são donos de um estabelecimento há 15 anos, e até então nunca tinham passado por uma tentativa de assalto.

Isso até o dia 31 de janeiro, quando uma moto parou bem na frente do comércio e o um homem desceu armado e entrou na loja gritando afirmando se tratar de um assalto e pediu dinheiro.

O cão estava com a família desde que era um filhote e sempre acompanhava o casal em todo lugar. (Foto: Reprodução / Diário Gaúcho)

Neste momento, só o casal de proprietários do comércio estava no local, juntamente com o cachorro Cóbi, que estava deitado no canto da loja, local onde sempre costumava ficar.

Enquanto pedia por dinheiro, o ladrão apontou a arma para a cabeça de Zeno, que tentou reagir e em resposta o assaltante fez um movimento mais brusco. Foi exatamente nesse momento que o cão, que estava tranquilo até então, se levantou rapidamente e deu um pulo na direção do bandido. Então, o ladrão se virou e atirou na cabeça do cachorro.

“Foi tudo muito rápido. Quando vi, Cóbi já estava morto, deitado no chão”, contou Lucinda.

O assaltante ainda pediu novamente por dinheiro, mas o casal disse que não tinha nada no caixa e ele foi embora. De acordo com informações da polícia local, o ladrão seria foragido do presídio de Candelária.

Para a mulher, o mais triste de tudo foi perder Cóbi, que estava com a família desde filhote e sempre seus tutores em todo lugar.

Lucinda falou com muita dor e tristeza sobre o animal: “Ele era nosso companheiro. Todos os vizinhos e clientes gostavam dele. Era um cachorro muito dócil. Foi nosso herói”.

Cóbi era um cão muito dócil, companheiro e inteligente e era querido por todos. (Foto: Reprodução / Diário Gaúcho)

Além disso, Cóbi também era um cão muito inteligente e sempre ajudava Lucinda. Ele pegava a vassoura para ela varrer a loja, esperava o entregador de jornal na porta da loja para entregar na mão de Zeno e ainda ficava na porta do estabelecimento sempre que Lucinda pedia para ele cuidar do local enquanto ela ia ao armazém.

“Ele sempre foi muito inteligente e obediente. Eu dizia: Cóbi, cuida da loja que vou no armazém e já volto. Ele deitava na porta e ali ficava até eu voltar”, conta a tutora emocionada.

O filho do casal vai dar para eles um novo filhote da mesma raça, para tentar ajudar a diminuir o vazio e a dor que ficou com a morte de Cóbi. “Sei que não vai ser a mesma coisa, mas, quem sabe ele acaba se tornando um novo amigo, um companheiro”, disse Lucinda ainda triste.

 

Fonte: Diário Gaúcho