Jenna Miller aparece com os filhotes que ela explora. Foto: Reprodução/Daily Mail

 

Jenna Miller, fundadora da Puppies for Rent (Filhotes para aluguel!), queria lucrar com o amor que as pessoas têm por cachorros. Seu negócio (se é que podemos chamar assim), como o nome já entrega, consiste no aluguel de filhotes. A ideia veio do programa de “aluguel” de cães para os estudantes que desejam desestressar na época de prova na Universidade de Yale.

Antes de chegarem no Puppies for Rent, os filhotes/produtos usados já foram abandonados por suas famílias iniciais e ela acredita estar fazendo o bem ao “ajudar” a superpopulação de cães, citando que até agora, em menos de 12 semanas eles são adotados permanentemente.

Os preços começam com a primeira hora a $15, $ 25 a segunda e $10 para cada hora adicional. Com o crescimento do negócio, Jenna Miller agora conta com quatro funcionários que auxiliam no cuidado e na entraga dos animais na casa dos clientes.

Todos os cães alugados são alimentados, arrumados e recebem um dia de descanso durante a semana.

Antes do aluguel, os clientes precisam assinar um contrato que se responsabilizam pelo bem estar do cão.

Jenna Miller explica para o jornal Herald Extra:

 

No começo eu não sabia  como iria funcionar, mas quando eu espalhei o panfleto, recebi 4 ligações só naquele dia

 

Para WMAR, Carl Arky, diretor de comunicação da Humane Society, disse:

 

É todo o conceito de aluguel de filhotes, em uma época na qual eles precisam de consistência e estabilidade. Nós somos filosoficamente contra

 

Problemas claros

Os motivos para se alugar um filhote são os mais ridículos possíveis. Ao vasculhar a página no Instagram do “negócio”, você pode encontrar várias fotos e dizeres como esse abaixo:

 

“Você poderia casar sem antes ver como o cara lida com um filhotinho indefeso. Mas você quer de fato correr esse risco?” Foto: Reprodução/http://instagram.com/puppiesforrent

 

Há ainda os clichês como o test drive, para ver se você daria um bom dono antes de se comprometer com uma adoção permanente. O conceito é o mesmo que o de adotar bebês, para testar antes se seriam bons pais.

O bem estar dos filhotes claramente não é levado em consideração, como Carl Arky cita acima, filhotes, assim como bebês, precisam de estabilidade já que são frágeis e ainda estão se acostumando com o mundo. De repente eles são jogados em festas infantis, festas surpresas, com desconhecidos que provavelmente não sabem lidar com um cão e precisam entreter um grupo de pessoas, já que estão prestando um serviço. Não importa se estão cansados, se estão em um dia ruim e por aí vai.

E apesar das adoções que estão ocorrendo, é bom lembrar que o objetivo do negócio não é a adoção, e sim o aluguel de filhotes. Se a adoção acontece, é apenas uma consequência. Porém surge outra questão, se esses cães não são adotados e crescem, o que ela vai fazer com o “produto”, já que não serão mais filhotes, com isso, não serão mais fofinhos e passíveis de aluguel?

Apesar do contrato no qual os clientes se responsabilizam pelo bem estar do “produto”, quem garante que esses cães vão ser bem tratados e respeitados?

A ideia em si já é um absurdo, diminui os cachorros a meros produtos e é triste que eles estejam sendo submetidos a este circo.

 

Veja o vídeo (em inglês) das pessoas que já adotaram e da própria Jenna Miller, falando sobre sua ideia: