É sempre um choque cultural muito grande quando nos deparamos com a realidade absurda de cães e gatos nas diferentes partes do mundo.

Em Guangzhou, na China, a repórter Emily Chang, da BBC, nos leva ao mercado de carnes de cachorros e gatos. Todos os animais vistos nas gaiolas são criados para serem comidos.

No restaurante  Han River Dog Meat, os clientes podem escolher na longa e diversa lista de carne canina, e segundo a proprietária, todos os pratos fazem sucesso. Ela ainda defende o consumo declarando que é bom para o metabolismo.

A crueldade da prática também está na maneira desumana na qual os animais são mortos. Alguns cães são espancados até a morte para que o sangue seja liberado para a carne.

Comer carne canina e felina na China é relativamente aceitável socialmente, porém com o crescente número de famílias que adquirem os animais como pet, mais pessoas estão se posicionando contra essa prática.

Durante as Olimíadas de Beijing, o governo chinês ordenou que as carnes de cães e gatos fossem retirada para que os turistas não se sentissem desconfortáveis. Claramente, mascarar o problema não é solução alguma.

O professor Chang Jiwen acredita que banir o consumo de carne da cães e gatos mostrará ao mundo que a China atingiu um novo nível de civilização. Há um projeto no governo chinês para proibir o consumo de carne canina e felina, porém este pode ainda demorar até 10 anos para ser aprovado.

A mudança cultural, essa sim muito mais profunda e difícil de ser alterada, precisa de um esforço grande e a longo prazo  para que a mentalidade de parte da população não seja mais influenciada a consumir a carne de cachorros e gatos.