No final da tarde da última terça-feira, dia 21 de fevereiro, um caso ocorrido em Pacaraima, cidade localizada no nordeste do estado de Roraima, chocou toda a comunidade de amante de animais do país.

Um tenente da Polícia Militar matou um cão da raça Golden Retriever com um tiro na cabeça bem na frente da própria tutora do animal, que estava na frente da casa onde mora quando viu o cão ser baleado pelo policial.

De acordo com Sandra Brandão, tutora do cachorro, o animal aproveitou que o portão estava aberto, saiu da casa e foi em direção ao PM, que não estava em serviço e no momento também estava saindo de sua residência para passear com seu cão.

O cão foi morto com um tiro na cabeça na frente de sua tutora. (Foto: Reprodução / Sandra Brandão / G1)

“Um rapaz veio limpar o meu quintal e o portão ficou aberto por alguns instantes. Foi aí que o PM saiu da casa dele, que fica em frente a minha, com o cachorro e o Sam fugiu em disparada. Eu ainda gritei e tentei segurá-lo, mas ele correu em direção ao policial, levou o tiro na cabeça e morreu na hora. Foi uma atitude monstruosa. Tinham crianças na rua, que poderiam ter sido feridas por uma bala perdida”, contou Sandra.

A tutora afirma que Sam, de três anos de idade, era um cachorro dócil e convivia com crianças pequenas.

Ainda segundo Sandra, após ver seu cão morto, ela e uma vizinha tentaram chegar perto do PM, mas ele não permitiu que ninguém se aproximasse. “A minha vizinha tentou ir pra cima dele, mas ele disse ‘não vem, não’ com a arma na mão, como se quisesse ameaçá-la”.

Sandra Brandão formalizou denúncia contra o tenente na Corregedoria da PM, em Boa Vista, logo no dia seguinte do ocorrido.

Segundo a tutora, o cão era bastante dócil e convivia com crianças pequenas. (Foto: Reprodução / Sandra Brandão / G1)

Na quinta-feira, dia 23 de fevereiro, Simone Arruda, delegada titular de Pacaraima, informou que instaurou um inquérito para investigar a conduta do tenente da Polícia Militar suspeito de ter matado o cão.

Será investigado o disparo da arma de fogo, se houve crime ambiental por maus tratos a animais e também o cuidado da tutora com o animal, além das circunstâncias que envolveram o fato.

“Conforme o resultado, medidas disciplinares poderão ser adotadas, com sanções cabíveis dentro do regimento militar”, informou em nota a Secretaria de Comunicação Social.

Fonte: G1