Durante a onda de vídeos que foram gravados por causa do Desafio do Balde de Gelo, Brenda Rigdon, um idosa na companhia da família e dos netos, é vista se preparando para ter o conteúdo congelante despejado em sua cabeça.

Ao finalizar o desafio, ainda na excitação do momento, o inesperado contece: Kilo, o cachorro da raça Pit Bull criado pela família, morde o rosto de Brenda em um ataque forte e que poderia facilmente ter sido fatal.

Apesar do incidente ter acontecido no ano passado, a mulher só se sentiu à vontade para divulgar o vídeo agora.

O registro foi compartilhado pelo filho de Brenda com a seguinte descrição:

 

“Essa é a minha mãe quando foi terrivelmente atacada por um Pit Bull no ano passado, durante o desafio do Balde de Gelo.

Ela viveu para contar, mas não quis lançar o vídeo até que estivesse pronta.

Isso deve servir de aviso para outros tutores. A não ser que você vá separar um tempo para fazer do animal um pet, ele ainda continuará sendo um animal.”

 

Segundo o filho de Brenda, além de não ter sido treinado, o cachorro era mantido basicamente para procriação. Ou seja, vamos combinar que ele de fato não era um pet, não recebia o básico que um cachorro, uma espécie social, precisa.

Se a família não tivesse sido irresponsável desde o começo, tratando Kilo simplesmente como algo que supostamente gera lucro (filhotes), sem dúvida nada disso teria ocorrido. A mulher não seria atacada dessa maneira. Seus familiares não seriam submetidos a uma cena tão forte. O cachorro não seria morto.

Analisando ainda mais a justificativa no vídeo, é interessante que a descrição fale sobre o cachorro ser um “animal”, como algo perjorativo.

Agora eu me pergunto o que será que aconteceria se nós mantivéssemos humanos exclusivamente para procriação, dando-lhes apenas comida e água, mas os privando de contato, afeto e regras sociais. Não estaríamos também os transformando em “animais”?

Se fizéssemos isso com um humano (como já foi feito em períodos obscuros da história), consideraríamos essa ação como uma das piores torturas. Por que então aceitamos que isso aconteça com outras espécies?

Pior, culpamos o cachorro. Se enche a boca para falar “PIT BULL”, sem que a história seja contata por outro prisma. Pelo lado do cachorro, que passou uma vida de negligência emocional.

Continuamos batendo na mesma tecla: Enquanto os tutores nao tratarem seus cães com o devido respeito, entendendo a espécie em todas as suas nuances, e se doando para recebê-los verdadeiramente em suas vidas, terríveis incidentes como esse continuarão acontecendo.

 

(cenas fortes)

Fonte: Daily Mail