AlĂ©m de nos afetar de uma forma cada vez mais forte, a violĂȘncia que estĂĄ tomando conta das cidades brasileiras tambĂ©m atinge um nĂșmero crescente de animais, que, alĂ©m dos roubos, tambĂ©m sĂŁo vĂ­timas de balas perdidas.

No Rio de Janeiro, veterinĂĄrios da Sociedade UniĂŁo Internacional Protetora dos Animais (SuĂ­pa) localizada na entrada do Jacarezinho e prĂłximo ao Complexo de Manguinhos o nĂșmero de animais vĂ­timas desse tipo de violĂȘncia Ă© visto bem de perto.

O nĂșmero de animais atingidos por tiros aumentou bastante esse ano no Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução / Extra / SuĂ­pa)

Sempre que acontece um tiroteio em alguma das favelas da regiĂŁo, os funcionĂĄrios da SuĂ­pa jĂĄ sabem que eles terĂŁo um trabalho redobrado no local, pois Ă© cada vez mais frequente casos de animais atingidas por bala perdida.

E nĂŁo sĂŁo sĂł animais que vivem nas ruas que sĂŁo atingidos. Alguns dos animais vĂ­timas de bala perdida atendidos no local sĂŁo levados pelos prĂłprios tutores.

Em entrevista ao site Extra, o veterinĂĄrio Luiz Eduardo Castro, que tem 38 anos e hĂĄ 15 trabalha na SuĂ­pa, sĂł no primeiro semestre deste ano, cerca de 30 animais feridos por tiros foram atendidos no local.

Esse nĂșmero dĂĄ uma mĂ©dia assustadora de cinco casos por mĂȘs, enquanto em 2015 e 2016 os nĂșmeros eram de cerca de um caso novo a cada 21 dias.

De acordo com o veterinĂĄrio Luiz Eduardo Castro, a SuĂ­pa atende uma mĂ©dia de cinco casos de animais feridos por tiro todo mĂȘs. (Foto: Reprodução / Extra / Guilherme Pinto / AgĂȘncia O Globo)

AlĂ©m de cachorros, atĂ© aves como falcĂŁo peregrino e gaviĂŁo carijĂł tambĂ©m jĂĄ foram vĂ­timas da violĂȘncia e das balas perdidas no Rio de Janeiro.

“O que percebemos aqui Ă© um reflexo da violĂȘncia urbana, que tambĂ©m atinge os animais. É um termĂŽmetro da insegurança na cidade, que transforma os bichos tambĂ©m em vĂ­timas”, explica Luiz Eduardo.

Fonte: Extra