Os cachorros têm uma longa história de parceria com humanos na caça, sendo utilizados para rastrear, encontrar e recuperar presas durante a caça.

Eles foram selecionados ao longo dos séculos por suas habilidades de caça, como sentidos aguçados, velocidade, força e agilidade.

Além disso, muitas raças de cães foram desenvolvidas especificamente para caça, como os retrievers, os pointers, os terriers e os hounds.

cão na guia

Cão passeando – Foto: Canva

Mesmo com a evolução dos tempos e o advento da tecnologia moderna, os cães ainda são amplamente utilizados na caça em muitas partes do mundo, e continuam sendo valorizados por sua capacidade inigualável de ajudar os humanos na captura de presas.

O Caçador

Apesar de comer alguns vegetais, o cão é principalmente um carnívoro. Então, quando não domesticado, o cão tem de caçar para conseguir se alimentar, seja sozinho em busca de pequenas presas, ou em companhia em busca de grandes presas.

A caçada solitária

O cão que está a procura de pequenas presas utiliza primeiramente de seu faro aguçado, e as vezes da audição. As presas precisam estar em movimento para estimular o instinto caçador no cão. A  estratégia é provocar a saída da presa, pisoteando o capim no qual ela se esconde, desenterrando-a ou latindo.

pequeno pastor alemão

Filhote de Pastor Alemão – Foto: Freepik

Quando a presa tem um certo peso (coelho, lebre, gato), o cão sai em sua perseguição e tenta alcançá-la em plena corrida.

Já quando o assunto são animais pequenos (roedores), o cão salta no ar, com os membros esticados para cair com os anteriores juntos, várias vezes seguidas sobre a presa, e só soltará quando ela não apresentar mais que alguns sobressaltos.

Em ambos os casos a morte acontece por ruptura da coluna, causada por mandíbulas que sacodem vigorosamente a presa, provocando um destroncamento da coluna vertebral.

A caçada em grupo

High angle shot of a Bull Terrier dog standing on the grass

A high angle shot of a Bull Terrier dog standing on the grass

As presas de grande porte são caçadas em grupo, sendo uma regra entre todos os canídeos sociais (lobos, cães selvagens, hienas).

Os cães podem seguir suas presas por longo tempo (como os cães de São Humberto que chegam a seguir a presa de 24 a 72 horas), pois a seleção aumentou sua resistência e velocidade.

Durante a perseguição, o caçador se comunicam por diferentes vocalizações que permitem assinalar o sexo, tamanho, estado e a proximidade da presa.

Os monteiros conhecem bem esses sinais, que alguns denominam como o “clamor”, equivalendo ao vigor renovado dos latidos quando os cães se aproximam do cervo ou reencontram seu restro após tê-lo perdido.

Apesar de a perseguição pôr pouco  em jogo a hierarquia entre os machos, as fêmeas dominantes devem participar com os machos para manter seu lugar hierarquico. São os dominantes, machos e fêmeas, que encabeçam a matilha e que matarão a presa.