Aparelhos e próteses ajudam animais que perderam as patas

 

Vai longe o tempo em que animais mutilados ou com sequelas de doenças, como a cinomose, eram sacrificados ou condenados a viver deitados, dependendo dos humanos para tudo. Hoje, além das cadeiras de rodas, existem próteses e aparelhos que ajudam na locomoção e funcionam como ferramentas de reabilitação para os casos reversíveis.

Fascinado pelos animais desde criança, Sérgio Cordaro aproveitou a experiência de trabalho no Jóquei Clube de São Paulo, quando construía próteses para esses animais, e criou uma linha vasta de produtos que emprestam qualidade de vida aos mais diversos casos, desde leões sem dentes aos animais domésticos. É dele a ideia do Car Dog, um andador para cães que perderam a mobilidade. Hoje, ele atende a todo o Brasil, Japão e Estados Unidos. Além de andadores, Sérgio também aproveita seu amor à natureza para elaborar próteses de bicos, patas e dentes.

O veterinário e professor de Acupuntura Eduardo Diniz, cansado de ver o sacrifício de animais, decidiu pesquisar e construir equipamentos fisioterapêuticos. “Hoje, atendemos a todo o Brasil, Espanha e Portugal”, comemora o criador da VetCar. Desde 1998, quando começou a fabricar os primeiros aparelhos, eles já conseguiram beneficiar cerca de 5 mil animais, entre cães, gatos e alguns roedores.

Em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, a publicitária Sheyla Esteves também constrói andadores de PVC para atender a clientela de animais de uma ONG local, além de ensinar as pessoas a construírem equipamentos. “Faço isso de modo voluntário, porque acho terrível a ideia de sacrificar animais”, completa.

Mesmo os modelos comerciais não são tão caros quando se leva em consideração o benefício para a qualidade de vida dos animais e seus guardadores. Um aparelho para um Dog Alemão, por exemplo, gira em torno de R$ 600.

Geralmente, esses equipamentos são fabricados através da indicação de veterinários, que conhecem as necessidades dos animais em tratamento, ou por demanda espontânea. Nesse último caso, é importante que o interessado detalhe a situação do animal e retire as medidas corretamente.

Eduardo Diniz lembra que os aparelhos devem ser usados conforme as prescrições e que é fundamental que haja um repouso durante o tempo de uso. “O ideal é que haja um descanso de 20 minutos, a cada duas horas de uso, para evitar lesões ou machucados”, explica Eduardo.

Acesse: projeto.malublogspot.com, cardog.com.br e vetcar.com.br.

Fonte: Correio 24h