O câncer de pele em cães é uma neoplasia maligna, que tem a capacidade de provocar metástase no animal (disseminação do câncer para outros órgãos do corpo).

Para um entendimento melhor, a neoplasia de pele é a proliferação anormal de células sem motivo aparente, comprometendo assim, a saúde do animal de estimação.

O câncer de pele em animais vem aumentado a cada dia e virando rotina nas clínicas veterinárias.

O câncer não é uma zoonose, ou seja, não é transmitida para o homem e nem é transmitida para outros animais.

Quando acontece o câncer em cães?

Cadela Hope ajuda a devolver esperança para pacientes com câncer

Normalmente, dos 7 aos 14 anos, os cães ficam mais susceptíveis ao aparecimento de neoplasias em geral, sendo a mais comum a de pele.

Estudiosos afirmam que as cadelas são mais acometidas pelo o câncer de pele, do que o machos.

Fêmeas que pariram filhotes, e as que não pariram, têm chances iguais no aparecimento do câncer de pele, ou seja, não tem nenhuma influência o fato de ter tido cria ou não.

O câncer, ao contrário do que muitos pensam, é uma doença silenciosa. O quadro clínico agudo só aparece, normalmente, na fase terminal.

Em muitos casos, o cão apresenta um caroço na pele e o tutor não se preocupa, pois o animal está aparentemente saudável.

Essa doença é extremamente agressiva, deixando o animal bastante debilitado em sua fase final.

Então, quando o proprietário observa uma anormalidade no animal e o leva a uma médico veterinário, muitas vezes, o prognóstico é ruim.

Principais cânceres de pele em cães

Existem diferentes tipos de câncer de pele de cachorro. Três dos mais comuns incluem:

Melanoma maligno

cachorro doente

Foto: Pixabay

Assim como nas pessoas, o melanoma maligno é um tipo de câncer de pele em cães que afeta células pigmentadas conhecidas como melanócitos.

Os cães geralmente desenvolvem tumores benignos nas células pigmentadas que não metatetizam, chamadas melanocitomas. Estes tumores são encontrados em áreas do corpo do cão que têm pelos.

A maioria dos melanomas malignos ocorre na boca ou nas mucosas, embora cerca de 10% do tempo sejam encontrados em partes do corpo cobertas de pelos.

Eles tendem a crescer extremamente rápido e tendem a se espalhar para outros órgãos, incluindo os pulmões e o fígado.

Ninguém sabe exatamente por que os melanomas se desenvolvem, embora fatores genéticos pareçam desempenhar um papel.

Além disso, o trauma ou a lambida compulsiva de um ponto específico da pele podem aumentar a probabilidade de as células se multiplicarem, aumentando assim as chances de as células sofrerem mutações durante o processo de divisão e se tornarem cancerígenas.

Carcinoma de células escamosas

cachorro triste

foto: Pixabay

Esta forma de câncer de pele de cachorro é frequentemente causada pela exposição ao sol.

Mas os cientistas acreditam que também pode haver uma conexão entre o vírus do papiloma e o desenvolvimento de tumores de células escamosas em certos cães.

Embora os cânceres de células escamosas não se espalhem para os linfonodos circundantes, eles são agressivos e podem levar à destruição de grande parte do tecido ao redor do tumor.

Tumores de mastócitos

diagnóstico de prolapso retal

Foto: Pixabay

Esses cânceres de pele em cães, que ocorrem nos mastócitos do sistema imunológico, são os tumores de pele mais comuns em cães.

Os veterinários não sabem o que causa o desenvolvimento de tumores de mastócitos, embora tenha havido casos em que tenham sido associados a inflamações ou irritantes na pele.

As evidências sugerem que fatores genéticos geralmente são importantes, e os hormônios estrogênio e progesterona também podem afetar o crescimento do câncer.

Sinais clínicos do câncer de pele em cachorros

prolapso retal

Foto: Freepik

Os principais sinais clínicos do câncer de pele na fase inicial:

  • – Presença de nódulo;
  • – Caroço;
  • – Crosta e vermelhidão da pele do animal;
  • – Feridas que não cicatrizam;
  • – Coceira intensa;
  • – Alopecia (perda de pelo);
  • Linfonodos palpáveis (ingüas).

Na fase terminal ocorrem sinais bem mais evidentes do que na fase inicial, pois na maioria das vezes já ocorreu a metástase.

Os principais sintomas, são:

  • – Fadiga;
  • -Vômito;
  • – Diarreia;
  • – Anorexia, prostração;
  • – Depressão;
  • – Sono excessivo;
  • – Emagrecimento progressivo.

Diagnóstico de câncer de pele

veterinário

Foto: Freepik

O diagnóstico é feito a partir da anamnese/histórico e do exame clínico do animal.

Mas muitos médicos veterinários optam, para a confirmação do diagnóstico, por fazer a biopsia. Com o resultado laboratorial indicando neoplasia maligna é iniciado o tratamento.

Câncer de pele em cachorros: quais raças estão em risco?

Todos os cães podem ter câncer de pele, mas certos tipos de câncer ocorrem mais comumente em raças específicas.

Os melanocitomas benignos são frequentemente vistos em:

  •  – Vizslas;
  • – Schnauzers Miniatura;
  • Doberman Pinschers;
  • – Airedale Terriers;
  • – Bay Retrievers.

Melanomas malignos no dedo do pé ou na unha do pé aparecem com mais frequência em cães pretos:

Os carcinomas de células escamosas tendem a aparecer em cães entre 6 e 10 anos de idade.

As raças com maior probabilidade de contrair esse tipo de câncer de pele incluem:

Os tumores de mastócitos são mais comumente vistos em Boxers e pugs, e também são encontrados com alguma frequência em Boston Terriers, Labrador Retrievers, Beagles e Schnauzers.

Tratamento do câncer de pele em cachorros

Foto: Freepik

O tratamento para o câncer de pele é feito através da remoção cirúrgica da lesão, seguida de sessões de quimioterapia e radioterapia.

No entanto, animais com a moléstia na sua fase inicial podem ter bastante sucesso no tratamento, sendo considerado um prognóstico bem favorável ao animal.

Animais mais debilitados e na sua fase final, têm um prognóstico bem desfavorável, levando muitos a óbito no meio do tratamento.

Prevenção

cães para introvertidos

Foto: Freepik

Não existe prevenção com total eficácia para o câncer de pele. Mas existem métodos que podem diminuir a chance do aparecimento, como:

  • – Primeiramente, não deixar o pet exposto várias horas ao sol sem o uso do protetor solar;
  • – Em seguida, não utilize produtos químicos cancerígenos na limpeza de canis;
  • – Proporcionar uma visita rotineira a um médico veterinário para a avaliação frequente da saúde do animal. 

É de suma importância a avaliação de um profissional habilitado, diante de qualquer anormalidade percebida na pele do cão.

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