Para quem possui um bichinho de estimação, é indispensável prestar atenção com cuidados básicos para o seu bem estar. Isso porque algumas enfermidades que ameaçam os humanos também afetam os animais. O câncer é uma destes exemplos, uma vez que também há incidência de câncer nos pets. Infelizmente.

Entretanto, uma alimentação equilibrada, atividades físicas e visitas freqüentes ao médico e veterinário são elementos essenciais para diminuir a incidência desses males. Os especialistas recomendam que vale considerar os exames habituais. Porque esses exames auxiliam a perceber se os animais contam com alguma mudança no organismo e na pele.

Com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o câncer nos pets, o Outubro Pet Rosa foi realizado pela quarta vez em um shopping, em Vila Velha, no Espírito Santo. O evento foi realizado no dia 5 de outubro, um sábado. Entre as atividades, o acontecimento contou com feira pet, palestras, feira de adoção, desfile pet, pula-pula para os pets, espaço kids, etc.

O intuito da iniciativa foi repassar informações sobre o câncer nos animais. Afinal, é relevante que os tutores entendam que a informação eleva a chance de combate no estágio inicial.

Aumentando, assim, a probabilidade de sucesso no tratamento e plena cura aos bichinhos. Os interessados no evento tiveram que doar três quilos de raça para participar. Os alimentos serão doados para instituições que trabalham em prol da causa animal.

Diagnóstico do câncer nos pets

Para aumentar a chance de cura do câncer nos pets, é essencial descobrir a enfermidade no começo. De acordo com especialistas, os tumores quando diagnosticados no começo, conseguem obter melhores resultados nos processos cirúrgicos. Além disso, há uma margem de segurança superior. Isso porque se torna possível extrair um tecido maior em torno da lesão causada pelo tumor.

A ação reduz as chances de metástase e, também, senão for uma situação cirúrgica, dá para tentar o tratamento com interferência de quimioterapia. Desta maneira, as possibilidades de cura do bichinho crescem consideravelmente. Quanto menor o tumor, diagnosticado em estágio inicial, menor é a probabilidade de metástase e maior é a chance de cura.

Pontos importantes sobre o câncer nos pets

Anticoncepcionais, obesidade e alimentação inadequada

A utilização de anticoncepcionais em fêmeas pode favorecer o surgimento de câncer, sobretudo, no útero, vagina e ovários. Portanto, o consumo deste medicamento acaba sendo muito associado ao aparecimento deste tipo de enfermidade em cadelas e gatas. Portanto, é algo inadequado.

A possibilidade de uma cadela ou uma gata que usa o anticoncepcional a desenvolver algum tumor, a partir dos cinco anos de idade, cresce até 70%. E, normalmente, quando uma cadela ou uma gata desenvolve tumor de mama e jamais consumi esse item, o tumor tende a surgir apenas depois do oitavo e nono ano de vida.

Câncer nos pets

Foto: FreePik

O sobrepeso e a alimentação incorreta também aumentam o risco de câncer nos pets. Conforme a medicina veterinária, o excesso de peso predispõe o câncer, além de outras doenças no organismo do animal. Por isso, a alimentação errada conta com poucos vegetais e alimentos excessivamente processados, com corantes e petiscos.

Caso o bichinho já tenha sofrido com câncer, é indispensável que tenha o apoio de um nutrólogo veterinário. Isso porque o especialista pode repassar uma dieta ideal para cada situação, minimizando as chances de retorno da doença.

Diagnósticos tardios para câncer nos pets

O diagnostico tardio deve ser evitado a todo o custo não apenas para o câncer. Às vezes, os veterinários somente são procurados quando os tumores já estão grandes. Além disso, alguns animais até chegam com metástase em outros órgãos devido a demora na busca por ajuda especializada.

Em entrevista ao Portal G1, médicos veterinários chegaram a relatar que alguns animais chegam com quadro ulcerado aberto. Isso se sucede porque o tutor apenas procura por um tratamento digno quando o odor passou a se tornar incomodo. Nestes casos mais severos, a cirurgia é realizada com uma margem de segurança muito pequena.

Em outras situações, sequer é possível retirar todas as células do tumor no local atingido. E, sendo assim, a possibilidade de volta do câncer é gigantesca, mesmo com tratamento com quimioterapia e as cirurgias.

Infelizmente, esses pacientes com diagnostico tardio tendem a ter uma expectativa de vida bem abaixo em comparação com aqueles que foram diagnosticados precocemente. Portanto, é fundamental prestar atenção no comportamento do seu animal diariamente e buscar por atendimento veterinário sempre que necessário.

Castração e a chance de câncer nos pets

Uma boa notícia é que a castração é uma forma eficaz de prevenção ao câncer nos pets, sobretudo, fêmeas. Todavia, essa ação também é benéfica aos machos. Ao que tudo indica, a castração realizada antes do primeiro ciclo, diminui em até 98% de chance de a cadela ou a gata sofrer com tumores na mama, ovário, útero e vagina.

Na castração dos machos, há a eliminação dos testículos, acabando com o perigo de neoplasia neles. Além disso, o processo também minimiza os riscos em outros órgãos devido o interrupção da produção de hormônios. O que se sabe é que determinados tumores são hormônios dependentes, quando se tiram os órgãos reprodutores, se encerra produção de certos hormônios, que podem interferir no aparecimento desse câncer.

Em função disso, a castração é a principal forma de prevenção quando se trata do câncer nos pets. Em contrapartida, existe uma linha estudo que aponta alguns problemas no crescimento dos animais por causa da castração antes do primeiro ciclo. É um dado muito novo, só que se defende a castração dos animais após o sétimo ou oitavo mês de vida. Ou seja, depois do primeiro ciclo.

O aguardo do primeiro ciclo para a castração pode trazer outras vantagens para o bem estar do animal, especialmente com modificações no desenvolvimento tanto dos ossos quanto dos órgãos.

Idade interfere no surgimento de câncer nos pets

Os bichinhos mais velhos, a partir de sete ou oito anos, possuem chance maior de encarar algum tumor. É essencial que, a partir desta idade, o paciente seja levado ao veterinário uma vez por ano. Assim, o profissional pode definir um protocolo de prevenção para o bichinho. Ou seja, ele ingressará em um planejamento de geriatria, de prevenção as enfermidades de idoso.

Câncer nos pets

Foto: FreePik

Desta maneira, já se realiza a prevenção ao quadro de câncer com diversos exames específicos e alimentação regulada. Com esses cuidados, a possibilidade de não sofrer com a doença cresce significativamente. A expectativa de vida também se alonga consideravelmente.

De modo geral, os animais idosos contam com risco maior de desenvolver tumores do que os jovens mais jovens. Isso porque as celulares começam a entrar em um processo degenerativo e podem sofrer mutação.

Exame específico nas cadeias mamárias

O teste de apalpação nas cadelas e nas gatas é de vital importância. Os especialistas recomendam que o tutor realize essa avaliação uma vez a cada 7 dias ou duas vezes a cada 30 dias. O ideal é que não se limite aos mamilos, mas ao redor deles e em toda a cadeira mamária. Assim como na vulva e no em torno dela.

Assim, se aparecer algum tumor, é possível descobrir o quanto antes. Além disso, a chance de cura do paciente cresce muito. É indicado ainda que o humano conheça o corpo do seu bichinho de estimação. Se o tutor não faz isso com freqüência, os profissionais da área tem poucas chances para perceber esses tumores de modo precoce.

Se ao encontrar um tumorzinho, o tutor notou um desenvolvimento suspeito rápido, é preciso recorrer a um médico veterinário prontamente. Afinal, é a vida do seu amiguinho de quatro patas que está risco. Mas, vale lembrar que essa atitude serve para o câncer nos pets e qualquer outra enfermidade. Em caso de suspeita, procure por atendimento especializado!