O nome Coprofagia tem origem grega e significa comer fezes, copro “fezes” e “fagia” comer. Esse desvio de comportamento é bastante comum entre os animais, principalmente nos cães. Muitos proprietários tem uma ideia bastante deturpada, pensando, que essa ação se dá devido a deficiência nutricional do animal quando na verdade isso não passa de uma lenda urbana.

Coprofagia em cachorros. Foto: Reprodução

Causas da coprofagia

Estudiosos afirmam que em muitos casos da coprofagia canina é devido a algum distúrbio no pâncreas, ou até mesmo, uma suposta presença de verminose no animal. Nesse caso, é importante que um médico veterinário avalie o cão. Um ponto também que deve ser considerado de grande importância é que em alguns casos, os tutores são demasiadamente rígidos ao ensinar ao animal o local correto onde defecar, levando assim, o mesmo a comer as fezes, na esperança de esconder e não ser castigado por seu dono.

A coprofagia dependendo da ocasião pode ser um ato normal. As cadelas comem as fezes dos seus filhotes, para que os predadores não cheguem até o ninho através do cheiro e também para que os animais não fiquem expostos a sujeira.

 

Tratando a coprofagia

O tratamento para esse desvio de conduto que o animal apresenta deve ser feito de forma gradual. Requer paciência por parte do proprietário do animal para que essa prática seja aos poucos abolida dos hábitos do pet.

Muitos profissionais indicam como forma de sessar esse hábito que assim que o animal defecar, o tutor jogue sobre as fezes alguma substância que solte um sabor desagradável ao ser consumida, como a pimenta, o alho e etc. Também é indicado que o proprietário ofereça brinquedos ao animal, fazendo com que o mesmo se distraia, mudando o foco de interesse. Hoje no mercado pet, existem produtos industrializados próprios para o combate da coprofagia.

Alguns casos de coprofagia ocorrem devido ao estresse do animal. Muitos animais que são presos por correntes por longo tempo e sem a oferta de alimento apresentam esse desvio de comportamento. Nesse caso, é indicado que o animal fique solto quando possível. O alimento também é muito importante pois ao dar o sentimento de saciedade evita que o animal procure as fezes.

É de suma importância que o proprietário não permita o cão se alimentar das próprias fezes, ou fezes de outros animais. Pois é através das fezes que muitos parasitas endógenos se disseminam para outros hospedeiros. Ao ingerir o bolo fecal, o animal está introduzindo ao seu organismo milhões de ovos de parasitas, que em um curto espaço de tempo estarão prejudicando a sua saúde.

Jamais castigue seu cão caso ele apresente esse comportamento. Procure sempre a opinião de um profissional da área. Essa prática que é comum entre os animais em geral, tem como ser revertida. Evite se consultar com balconistas de pet shop, pois um medicamento ou produto, pode ser tóxico ou causar alergias em seu animal. O indicado é que o pet seja examinado e medicado (se necessário), por um médico veterinário.

 

Por: George Augusto von Schmalz Portella de Macedo

Ocupação: Acadêmico de Medicina Veterinária

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