Já ouviu falar sobre mielopatia degenerativa em cães? Se a sua resposta é não, venha conhecer o que faz essa doença, quais seus tratamentos e ações preventivas. Se você possui um cão como melhor amigo, observar e entender o seu crescimento será essencial, pois, diferentes dos humanos, eles não falam o que estão sentindo. Mas é através dos seus comportamentos que podemos observar várias doenças.

As doenças que envolvem locomoção, por exemplo, podem ser percebidas quando o cachorro não quer brincar ou observando dificuldades relacionadas aos movimentos do animal. No entanto, algumas dessas doenças podem ocorrer ainda na fase adulta, sendo que nem toda dor nas articulações está relacionada a fase da velhice do cachorro.

Por isso, hoje vamos trazer um assunto bem importante e que todos os tutores precisam prestar atenção: a mielopatia degenerativa em cães, uma doença crônica e lentamente progressiva. Acompanhe para entender!

mielopatia degenerativa em cães

Cãozinho deitado no chão – Foto: Freepik

Mielopatia degenerativa em cães – O que é?

A mielopatia degenerativa em cães é uma doença crônica que acomete a saúde de cães de porte grande. Apesar de ser lentamente progressiva, essa doença causa uma desconexão com a medula espinhal, trazendo dificuldades de locomoção na região pélvica.

Como é considerada uma doença progressiva, a mielopatia degenerativa em cães pode resultar em parcial ou total paralisia dos membros. Além disso, essa doença também pode atingir os membros torácicos, causando graves perdas de contração dos músculos que envolvem a respiração em locais como as costas e diafragma do animal.

Estudos apresentam resultados que indicam a causa genética da doença, outros artigos científicos trazem que pode ser uma doença autoimune em cães.

Sintomas e diagnóstico da mielopatia degenerativa

Não só em cães de porte grande que a mielopatia degenerativa age. Em cães de tamanho pequeno e até felinos ela pode apresentar efeitos negativos. Porém, são nos grandões que ela é mais comum, principalmente em raças como Rottweiler, Boxer e Pastor Alemão, com média de idade entre 5 a 14 anos.

Sendo assim, os principais sintomas da doença são:

  • Falta de coordenação motora;
  • Incontinência fecal e urinária;
  • Desequilíbrio na parte pélvica ou levemente paralisadas;
  • Ausência de resposta quando houver a palpitação da região traseira do cão ou coluna vertebral;
  • Perda da capacidade de contrair os músculos respiratórios.

O diagnóstico, por sua vez, pode ser bem difícil, sendo os sintomas muito semelhantes com outras doenças como hérnia de disco, displasia coxofemoral e cauda equina. Além de avaliar o histórico clínico, será preciso realizar alguns exames laboratoriais como: raio-x, ressonância magnética, hemograma e exame do líquido cerebrospinal.

Contudo, o diagnóstico preciso da doença de mielopatia degenerativa só será conclusivo após o falecimento do cachorro, onde será realizado o laudo patológico da medula.

mielopatia degenerativa em cães

Cãozinho deitado no chão – Foto: Freepik

Quais os tipos de tratamentos existem?

Existem alguns tratamentos que podem promover uma qualidade de vida ao cão, porém, eles não trazem a cura da doença, mas o controle das dores e aumentam a expectativa de vivência do animal. Apesar de não existir uma intervenção cirúrgica, você vai encontrar benefícios na TENS, acupuntura canina, ozonioterapia e combinação de exercícios de fisioterapia.

O tutor também poderá contar com intervenções combinadas com suplementos, complexos vitamínicos e ácido aminocapróico. Para o alívio dos sintomas, o tutor pode oferecer uma manta térmica para cachorro, ajudando nos efeitos causados pelo comprometimento da coordenação motora.

Como cuidar para que o cão não tenha mielopatia degenerativa?

Após conhecer todos os efeitos da mielopatia degenerativa, saiba que está não possui cuidados que possam evitar os seus efeitos, já que ela pode ser genética. No entanto, atentar-se ao comportamento do animal pode ser uma boa dica, pois os sintomas podem começar em uma das patas e ir evoluindo progressivamente.

Portanto, nas brincadeiras e passeios fique atento aos sinais do corpo do cachorro, sempre procurando observar se ele se locomove normalmente. Se houver alguma anormalidade, oriente-se com um veterinário, ele pode trazer um possível diagnóstico e orientar qual o melhor tratamento para reabilitação e melhora na saúde do seu amigo.

Como você pôde perceber, este é um problema bastante grave e que pode trazer várias complicações para seu cão. Então, cuide dele e busque sempre ajuda veterinária, ok? Se ficou alguma dúvida, deixe a sua pergunta aqui nos comentários.