Esofagite em cães ocorre quando há algum dano ao esôfago, ou seja, tubo entre a garganta e o estômago.

Existem muitas causas para esse problema. Entre eles podemos falar sobre o acúmulo de ácidos estomacais no local, alguns tipos de infecções, uso de medicamentos e, também alergias.

Quando o problema acontece, o animal sofre bastante com dor, dificuldade para engolir e incomodo no peito para se alimentar.

Ademais, existem casos considerados emergências, como quando algum alimento ou objeto fica preso nessa área.

O tratamento depende bastante da manifestação, mas vai desde mudanças de hábitos e uso de medicamentos, até cirurgias.

Então, se você quer entender melhor esse problema, continue lendo esse texto para saber mais sobre a esofagite em cães.

O que é a esofagite em cães?

leptospirose em cachorro

Cão triste pois está doente – Foto: Freepik

Primeiramente, é preciso deixar bem claro que esofagite é um termo genérico, usado para qualquer inflamação que aconteça no esôfago do animal.

O esôfago em si é o tubo que liga a boca ao estômago e, essa região pode ser danificada por uma série de motivos diferentes.

Com grande quantidade de músculos, ele é o responsável por empurrar o bolo alimentar até o órgão digestivo.

Para isso, realiza diversos movimentos repetidamente e de forma coordenada. Isso se chama peristaltismo.

No entanto, por uma série de motivos, pode surgir a esofagite em cães. E nesse caso, se formam feridas e úlceras, que provocam grande desconforto e, causam problemas digestivos.

Infelizmente, a esofagite em cães é bastante comum, pois pode acontecer devido a uma série de problemas.

As causas mais comuns são refluxo grave e, ingestão de corpos estranhos. Mas isso também acontece devido a problemas como problemas de anestesia, neoplasias, ingestão de alimentos quentes, infestação por parasitas, hernia de hiato e uso de alguns tipos de remédios.

Quanto à localização, não existe nada fixo. O problema pode acontecer em qualquer parte ao longo da extensão do tubo.

Além disso, essa inflamação pode acontecer em animais de qualquer raça ou idade, causando bastante incômodo e prejudicando a vida do animal.

Caso a inflamação seja leve, o animal pode não apresentar nenhum sintoma evidente, mas em casos mais graves, é possível que tenha dificuldades para ingerir os alimentos.

Inclusive, dependendo do grau da inflamação, o cão pode ter quadro de tosse intensa, demonstrar grande perda de peso e, até mesmo desenvolver um quadro de pneumonia.

Caso o seu animal apresente algum sinal desse tipo, o melhor a fazer é leva-lo ao veterinário para uma consulta.

Sintomas de esofagite em cães

esofagite em cães

Cão no veterinário – Foto: Freepik

Como já foi dito, existem vários graus de esofagite em cães e, os sintomas também são diferentes dependendo da gravidade.

Caso seja leve, é provável que você não perceba nada, mas conforme o problema vai evoluindo, os sinais surgem e se intensificam com o tempo.

Geralmente, quando o tutor percebe o problema, ele já está bastante avançado. Além disso, é preciso considerar que esse quadro pode ser secundário. Ou seja, associado a algum outro problema.

E o quadro se torna ainda mais sério quando o animal desenvolve também pneumonia associada.

Mas de maneira geral, a esofagite em cães provoca os seguintes sintomas:

  • Incômodo na garganta e pescoço;
  • Quadro de tosse intensa;
  • Dificuldade para engolir;
  • O animal pode demonstrar dor ao engolir líquidos e sólidos;
  • Excesso de salivação;
  • Vômitos e regurgitações frequentes;
  • Diminuição do apetite;
  • Redução do peso corporal;
  • Postura do corpo alterada ou movimentações incomuns;
  • Animal fica incomodado ao se deitar;
  • Febre.

Causas de esofagite em cães

esofagite em cães

Cachorro doente olhando para seringa na mão do veterinário. Foto: Freepik

O esôfago é bem próximo ao estômago. Por isso, muitos problemas gastrointestinais provocam a esofagite em cães.

Na maioria das vezes a causa é o ácido estomacal que vai para o esôfago, causando danos a parede do tubo.

Mas essa não é a única causa possível. Existem também algumas outras, como por exemplo:

  • Ingestão de produtos químicos irritantes;
  • Refluxo de ácido estomacal;
  • Infecções por bactérias, vírus e parasitas de diversos tipos;
  • Pneumonia;
  • Alergias alimentares;
  • Intubação para cirurgia;
  • Episódios frequentes de vômito;
  • Engolir um objeto estranho;
  • Obstrução do esôfago por corpo estranho;
  • Não engolir medicamentos, que podem passar tempo demais presos no tubo;
  • Problemas congênitos no esôfago;
  • Megaesôfago;
  • Presença de alguns tipos de tumores;
  • Úlceras de estômago.

Tratamentos para esofagite em cães

esofagite em cães

Cachorro coberto. Foto: Freepik

Como você pode perceber, existem várias questões que provocam esofagite em cães. Por isso, existem também manifestações diversas.

Isso leva a formas de tratamento também bastante diferentes, que incluem mudanças no estilo de vida, alimentação, uso de medicamentos e, até cirurgia.

Por isso é importante que um veterinário capacitado faça o diagnóstico e, assim indiquem o tratamento mais adequado.

Geralmente, é preciso mudar a dieta do animal para que o esôfago se recupere completamente da agressão.

Nesse caso, os profissionais preferem indicar alimentos com menos gordura e proteína e, mais carboidratos.

Além disso, é fundamental reduzir a quantidade de substancias que possam causar alergias, como é o caso do glúten e da soja.

Outra questão importante é a diminuição das porções, tanto de sólidos quanto de líquidos. Só assim o esôfago consegue se recuperar.

Mas se a causa for refluxo, é possível que o veterinário prescreva algum medicamento para tratar o problema.

Existem alguns tipos de antiácidos e medicamentos que ajudam a compor o revestimento esofágico. Esses ajudam bastante nesses casos específicos.

Ademais, caso o animal apresente uma úlcera grave, pode ser necessário usar antibióticos para eliminar as bactérias.

Os cuidados veterinários

Há casos em que o animal não consegue se alimentar nem beber água. Por isso, o veterinário pode precisar colocar o cão no soro.

Pode ser que o animal precise ficar alguns dias internado para evitar a perda de peso excessiva e desidratação.

Além disso, se acontecer o estreitamento da passagem no canal esofágico, o profissional pode ter que colocar um balão inflável.

Isso é fundamental para alargar a estenose, caso aconteça isso secundariamente a esofagite em cães.

Conclusão

A esofagite em cães é um problema bastante comum, mas que possui diversas causas possíveis.

É importante que o tutor fique sempre bem atento aos sinais do animal, porque no início, as manifestações são leves e, até mesmo imperceptíveis.

Caso você perceba que há algo errado com o seu animal, leve-o ao veterinário para verificar se pode ser esofagite em cães.