Na quinta-feira 14 de janeiro aconteceu um vazamento de gás dentro do complexo do Porto de Santos. Esse vazamento liberou uma nuvem tóxica por todo o local, chegando, inclusive, a atingir cidades do litoral de São Paulo.
Várias áreas do complexo portuário precisaram ser completamente evacuadas por conta da nuvem tóxica, entre elas a zona onde fica o canil com os cães que atuam para a corporação da Guarda Portuária.
Porém, justamente o canil onde esses cães, que também trabalham para o bem do Porto, estavam não foi evacuado. Os animais ficaram por lá, respirando o ar tóxico até a chegada do guarda portuário Eduardo Soares de Souza, que decidiu arriscar sua própria vida para salvar a vida dos cães.
Eduardo, que já trabalha com os animais no canil da Guarda Portuária por volta de oito anos, foi para o lugar onde os animais ficam assim que soube que eles não tinham sido retirados do canil.
De acordo com informações divulgadas pelo site G1, o guarda portuário afirmou que decidiu enfrentar toda a fumaça que já tinha tomado conta do local por pensar que não era justo, enquanto todos estavam livres da fumaça, que aqueles cães, que também trabalharam a vida toda para o Porto, morressem presos e de forma tão dolorosa e sofrida.
Segundo Eduardo, quando ele chegou ao canil os cães já estavam passando mal por conta da fumaça do vazamento e o guarda então foi retirando-os um a um e colocando cada um deles na viatura. De lá, eles seguiram imediatamente para o Hospital Veterinário de Vicente de Carvalho, onde os cães foram atendidos rapidamente.
Apesar do susto todos os animais, que receberam tratamento e alguns até soro, já apresentaram avanços e hoje estão bem melhores do que quando ao hospital.