Garça-moura com copo plástico no pescoço é resgatada no RJ e devolvida à natureza

Após dias de monitoramento, veterinários e biólogos realizam resgate cuidadoso da ave no canal do Rio Morto, em mais um alerta sobre a poluição ambiental.

Leia a história completa aqui: https://www.portaldodog.com.br/outros-animais/garca-com-copo-plastico-no-rj/

Uma garça-moura, a maior espécie de garça do Brasil, foi flagrada no início do mês com um copo plástico preso ao pescoço no Rio Morto, no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro. O objeto impedia a ave de se alimentar adequadamente, gerando preocupação entre especialistas e ambientalistas. A situação foi registrada pelo veterinário e biólogo Jeferson Pires, responsável pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS-UNESA), que iniciou uma operação de resgate para salvar o animal.

iamgem de uma garça, no topo de uma arvore com um copo plastico atravessado no pescoço
Primeira imagem do avistamento da garça. Imagem: Jeferson Pires

Resgate cuidadoso e monitoramento constante

Após o primeiro avistamento, a equipe liderada por Jeferson passou dias monitorando a garça para garantir que o resgate fosse realizado com segurança. A captura de um animal selvagem, especialmente debilitado, exige cautela para evitar estresse excessivo, que poderia ser fatal.

Apesar das dificuldades, o momento ideal foi identificado, e a garça foi finalmente resgatada com sucesso.

Equipe que resgatou a garça junto ao animal na beira do rio morto
Garça após a captura, com a equipe. Foto Jeferson Pires

Copo removido e recuperação da ave

Ao contrário do que se temia inicialmente, o copo plástico não havia sido engolido, mas estava preso ao redor do pescoço da ave, funcionando como um “colar”. Mesmo assim, o objeto já havia causado pequenas lesões na pele sensível da região e dificultava sua alimentação, limitando-a a presas menores.

A garça foi levada ao CRAS, onde passou por avaliação veterinária, remoção do plástico e tratamento das feridas. Após alguns dias de observação e cuidados, ela recuperou sua condição de saúde.

Soltura e retorno ao habitat

No último domingo (15), a garça-moura foi solta em seu habitat natural, no mesmo local onde foi resgatada. A operação cuidadosa e bem-sucedida representa não apenas o retorno seguro do animal à natureza, mas também um alerta sobre os perigos do lixo descartado de forma inadequada nos ecossistemas aquáticos.

Garça após o procedimento para retirada do copo, já pronta para soltura
Garça pronta para a soltura. Foto: Jeferson Pires

 

A poluição e os riscos à fauna

O caso da garça-moura não é isolado. Animais silvestres frequentemente sofrem com resíduos plásticos, redes de pesca e outros detritos que acabam em rios, mares e florestas. Muitos não têm a mesma sorte e acabam morrendo silenciosamente, vítimas do impacto humano no meio ambiente.

Embora este resgate tenha tido um final feliz, ele reforça a necessidade urgente de conscientização sobre o descarte correto de resíduos e a redução do uso de materiais plásticos descartáveis. Cada atitude individual pode fazer a diferença para proteger espécies tão importantes como a garça-moura.

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