Você aplicou a pipeta antipulgas no seu cão, mas as pulgas persistem? Esta é uma situação frustrante que muitos tutores enfrentam e que pode ter várias explicações. A pipeta antipulgas é um dos métodos mais populares e eficazes para controlar infestações de pulgas, mas seu sucesso depende de diversos fatores que nem sempre são considerados durante a aplicação.

Entender por que a pipeta antipulgas pode falhar é fundamental para resolver o problema e garantir o bem-estar do seu companheiro canino. Desde a aplicação incorreta até questões ambientais, existem múltiplas razões pelas quais seu cão pode continuar se coçando mesmo após o tratamento. Neste artigo, vamos explorar as principais causas desse problema e apresentar soluções eficazes para eliminá-lo definitivamente.
O que é e como funciona a pipeta antipulgas
A pipeta antipulgas é um produto veterinário líquido que contém substâncias ativas capazes de eliminar pulgas e, em muitos casos, outros parasitas como carrapatos e ácaros. Esse tratamento tópico é aplicado diretamente na pele do animal, geralmente na região da nuca , onde o cão não consegue lamber o produto.
O mecanismo de ação da pipeta antipulgas baseia-se na absorção dos ingredientes ativos através da pele, que então se distribuem pelo corpo do animal através do sistema circulatório e das glândulas sebáceas. Os princípios ativos mais comuns incluem fipronil, imidacloprid, permetrina e selamectina, cada um com características específicas de atuação contra os parasitas.
Após a aplicação correta, a pipeta antipulgas não apenas elimina as pulgas presentes no animal, mas também oferece proteção residual que pode durar de 4 a 12 semanas, dependendo do produto utilizado. Essa proteção contínua é essencial para prevenir reinfestações e interromper o ciclo reprodutivo das pulgas no ambiente.
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Principais motivos para a pipeta antipulgas falhar
Existem diversas razões pelas quais uma pipeta antipulgas pode não apresentar a eficácia esperada:
A aplicação incorreta:
É uma das causas mais frequentes, especialmente quando o produto não é aplicado diretamente na pele ou quando é colocado sobre pelos excessivamente densos, impedindo o contato adequado com a superfície cutânea.
A qualidade e validade do produto:
Também influenciam diretamente sua eficácia. Pipetas antipulgas vencidas, armazenadas inadequadamente ou de procedência duvidosa podem ter sua potência comprometida, resultando em proteção insuficiente contra os parasitas. É fundamental verificar sempre a data de validade e adquirir produtos apenas em estabelecimentos confiáveis.
Reinfestação ambiental:
As pulgas passam apenas cerca de 5% de seu ciclo de vida no animal, permanecendo o restante do tempo no ambiente em forma de ovos, larvas e pupas. Se o ambiente não for tratado adequadamente, novas pulgas continuarão emergindo e infestando o animal, mesmo após a aplicação da pipeta. A resistência parasitária também pode ocorrer, especialmente em regiões onde determinados princípios ativos são utilizados repetidamente.
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Como aplicar corretamente a pipeta antipulgas
A aplicação adequada da pipeta antipulgas é fundamental para garantir sua máxima eficácia. Antes de iniciar o processo, certifique-se de que o animal está calmo e tenha à mão todos os materiais necessários. É importante que o cão esteja com a pelagem seca e não tenha sido banhado nas 48 horas anteriores à aplicação.
Para aplicar corretamente, afaste os pelos da nuca até expor completamente a pele. Quebre a ponta da pipeta antipulgas conforme as instruções do fabricante e aplique todo o conteúdo diretamente na pele, evitando que o produto escorra pelos pelos. Pressione gentilmente a pipeta para garantir que todo o líquido seja depositado na pele do animal.
Após a aplicação, evite tocar na região tratada e não permita que o animal se banhe ou molhe por pelo menos 48 horas. Este período é essencial para que o produto seja completamente absorvido e se distribua adequadamente pelo organismo. Também é recomendável separar temporariamente o animal tratado de outros pets para evitar que lambam a região de aplicação.
Sinais de que a pipeta não está funcionando
Identificar precocemente quando a pipeta antipulgas não está sendo eficaz é crucial para tomar medidas corretivas rapidamente. O sinal mais óbvio é a persistência da coceira intensa mesmo após 48-72 horas da aplicação, período em que o produto já deveria estar fazendo efeito contra as pulgas presentes no animal.
A visualização de pulgas vivas no animal após uma semana de tratamento também indica falha na eficácia da pipeta antipulgas. É importante observar se as pulgas estão realmente vivas e ativas, pois algumas podem aparecer mortas ou moribundas, o que seria um sinal positivo de que o tratamento está funcionando.
Outros indicadores incluem a presença de “sujeirinha de pulga” (pequenos pontos escuros que são na verdade fezes das pulgas) no pelo do animal, vermelhidão excessiva da pele que não melhora com o tempo, e lesões causadas pela coceira constante. Se estes sinais persistirem além de uma semana após a aplicação, é necessário reavaliar a estratégia de tratamento.
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O que fazer quando a pipeta antipulgas não funciona
Quando a pipeta antipulgas não apresenta os resultados esperados, o primeiro passo é consultar um médico veterinário para avaliação profissional da situação. O veterinário poderá determinar se o produto foi aplicado corretamente, se é adequado para o peso e idade do animal, e se existem fatores que podem estar interferindo na sua eficácia.
Enquanto aguarda a consulta veterinária, é fundamental tratar o ambiente onde o animal vive. Aspire cuidadosamente carpetes, sofás, camas e outros locais onde o cão costuma permanecer, descartando imediatamente o conteúdo do aspirador. Lave em água quente todos os tecidos laváveis que tiveram contato com o animal e considere o uso de produtos específicos para tratamento ambiental contra pulgas.
O veterinário pode recomendar a troca para uma pipeta antipulgas com princípio ativo diferente, especialmente se houver suspeita de resistência parasitária. Também pode sugerir a combinação de diferentes métodos de controle, como shampoos medicamentosos, sprays ambientais ou até mesmo medicamentos orais. Nunca aplique uma nova pipeta sem orientação veterinária, pois a sobreposição de tratamentos pode causar intoxicação no animal.