Cão Engole Objetos: Riscos, Sinais e Prevenção (Caso Luna)

Se você tem cachorro em casa, com certeza já levou aquele susto de ver o bichinho mastigando o que não devia. Essa curiosidade, que é natural dos cães e ainda mais forte nos filhotes, pode acabar virando um problemão (e desses que pesa no bolso).

Um caso recente e bem sério, uma filhote de 7 meses, deixou todo mundo bem preocupado, a Luna, que é da raça Boiadeiro Bernês, precisou passar por uma cirurgia de emergência. Foram encontrados 44 objetos diferentes dentro da barriga dela!

Neste artigo, vamos falar sobre os riscos de os cães engolirem o que não devem, contar em detalhes o caso impressionante da Luna, mostrar os sinais importantes para você ficar de olho e dar dicas de ouro para manter seu cão seguro e longe de qualquer aperto.

Por Que os Cães Comem o Que Não Devem?

Cães, especialmente filhotes, exploram o mundo com a boca. Esse comportamento, chamado alotriofagia (ou pica), é comum, mas perigoso quando leva à ingestão de objetos não comestíveis. Os motivos variam: tédio, ansiedade, dor na dentição, deficiências nutricionais, doenças gastrointestinais ou simples curiosidade. Esse hábito não é birra, é sinal de que algo físico ou emocional precisa de atenção.

Os objetos ingeridos são variados: meias, roupas íntimas, brinquedos, pedras, elásticos, moedas, pilhas, caroços de frutas, espigas de milho e produtos tóxicos. Os riscos vão de engasgos e obstruções intestinais a perfurações internas, peritonite e envenenamento. Reconhecer os sinais e agir rápido é essencial para evitar complicações graves ou até a morte do animal.

O Caso da Luna: 44 Objetos no Estômago

Luna, uma filhote de Boiadeiro Bernês com sete meses, foi levada ao pronto-socorro após apresentar vômitos e barriga inchada. Os exames revelaram um bloqueio intestinal grave, e a cirurgia de emergência retirou 44 objetos de seu estômago, incluindo 24 meias, elásticos, palmilhas e roupas.

A obstrução intestinal pode causar necrose, perfurações, infecções generalizadas (sepse) e morte. A cirurgia, apesar de necessária, é arriscada. Luna sobreviveu graças à ação rápida dos tutores e da equipe veterinária. O caso reforça a importância de supervisionar os cães, oferecer brinquedos seguros e manter objetos perigosos fora do alcance.

Objetos engolidos por Luna, incluindo diversas meias e outros itens de vestuário, expostos após a cirurgia.
Imagem após a cirurgia com os objetos engolidos por Luna. Imagem: @coronaanimaler

Sinais de Alerta: Como Saber se Tem Algo Errado?

Detectar rapidamente que o cão ingeriu algo perigoso pode salvar sua vida. Os principais sinais incluem vômitos persistentes, barriga inchada e dolorida, apatia, perda de apetite, diarreia (com ou sem sangue), prisão de ventre, dor abdominal, postura de dor (como a posição de “oração”), salivação excessiva, engasgos, tosse e febre. O vômito pode conter bile, restos de comida, espuma ou sangue, dependendo da gravidade e da localização da obstrução. Mudanças repentinas no comportamento, como desânimo ou irritação ao toque, também são sinais de alerta.

Conhecer o comportamento normal do seu cão ajuda a identificar esses sintomas. Se algo parecer fora do comum, procure um veterinário imediatamente. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de tratamento eficaz e menos riscos de complicações graves, como perfuração intestinal, sepse ou morte. O caso da Luna mostrou que agir rápido faz toda a diferença.

Prevenção em Ação: Segurança, Atividades e Rotina para um Cão Feliz e Protegido

Evitar que o cão tenha acesso a objetos perigosos é a forma mais eficaz de prevenir ingestões acidentais. Revise todos os ambientes da casa com atenção, retirando ou guardando bem itens pequenos ou atrativos para o animal, como roupas (principalmente meias e roupas íntimas), brinquedos de criança, elásticos, bijuterias, fios, pilhas, remédios, produtos de limpeza, venenos, restos de comida e lixo.

Use cestos de roupa fechados, armários trancados, canaletas para fios e lixeiras fora do alcance. Nunca deixe objetos soltos no chão e, sempre que não puder supervisionar o cão, mantenha-o em um espaço seguro e controlado, como cercadinhos ou caixas de transporte.

Luna, uma cadela Boiadeiro Bernês, descansando em casa com um cone de proteção após a cirurgia para remoção de objetos estranhos.
Luna em casa, após cirurgia. Imagem: @coronaanimaler

Ofereça brinquedos apropriados, resistentes e seguros, e revise-os com frequência. Brinquedos interativos, como os que liberam petiscos, ajudam a ocupar o cão e satisfazem sua curiosidade natural. Brinquedos de roer, feitos de materiais seguros como borracha natural, nylon ou até chifres (com supervisão), também são ótimos aliados. Fazer um rodízio entre os brinquedos, guardando alguns por um tempo e reapresentando depois, ajuda a manter o interesse. Além disso, ensinar comandos e truques simples no dia a dia é uma ótima forma de cansar a mente do cão e fortalecer a conexão entre vocês.

Exercícios físicos também são fundamentais. Passeios diários, mesmo que curtos, são essenciais, não só para o corpo, mas também para o cérebro, já que cheirar o ambiente é uma atividade altamente estimulante para os cães. Corridas, brincadeiras com bola, cabo de guerra ou buscar brinquedos ajudam a gastar energia e fortalecer o vínculo com o tutor. Brincadeiras de faro, como esconder petiscos pela casa ou no jardim, também são excelentes para cansar e alegrar o cão de forma saudável.

 

Conclusão

O susto da Luna terminou bem, mas podia ter sido muito diferente. E é por isso que essa história tão inusitada precisa ser contada. Ela nos mostra o quanto é importante:
✔️ Ter a casa sempre segura para o cão,
✔️ Estar atento aos sinais de que algo não vai bem,
✔️ Enriquecer o dia a dia com estímulos físicos e mentais,
✔️ Ensinar comandos 
✔️ E nunca hesitar em procurar ajuda profissional quando necessário.

Com cuidado, prevenção e amor no dia a dia, dá para evitar muitos perigos antes mesmo que eles apareçam. Que a Luna siga feliz e saudável – e que sua história ajude muitos outros cães a viverem com mais segurança e alegria ao lado das suas famílias.

 

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