Megaterremoto no Japão: Animais podem “prever” terremotos?

O planeta registra com frequência diversos abalos sísmicos, e o Japão está entre os países que mais monitoram esse tipo de ocorrência. 

Diante de alertas recentes, cientistas e autoridades têm discutido não só os impactos esperados de um grande terremoto, como também a possibilidade de antecipar os riscos com alguma margem de tempo. 

Neste cenário, alguns estudos voltam à tona com uma pergunta curiosa: será que os animais conseguem sentir o tremor antes dos humanos?

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Entenda o potencial megaterremoto no Japão

Megaterremoto no Japão
Cachorro deitado no chão. Foto: Canva

De acordo com especialistas, o Japão pode enfrentar, a qualquer momento, um megaterremoto com magnitude entre 8 e 9 graus na escala Richter. Um evento com essa intensidade é capaz de provocar destruição em larga escala. 

Estimativas apontam que, em caso de um tremor dessas proporções, o número de mortos pode chegar a 330 mil pessoas.

Além do impacto humano, há também a previsão de uma perda econômica significativa. O cálculo aproximado é de um prejuízo de cerca de 9 trilhões de reais, o que afetaria diretamente a infraestrutura, os serviços e a economia do país por muitos anos.

A possibilidade de um megaterremoto no Japão é baseada em análises geológicas e no histórico da região, que está localizada sobre o encontro de placas tectônicas. Isso torna o território japonês vulnerável a abalos sísmicos. 

A preocupação das autoridades e da comunidade científica é encontrar formas eficientes de antecipar o fenômeno para evitar, ao máximo, perdas humanas. Diversas pesquisas buscam aperfeiçoar sistemas de alerta, mas a antecipação total ainda é um desafio. 

Nesse contexto, surgem hipóteses sobre a percepção dos animais como uma possível pista adicional.

Animais podem prever terremotos?

Megaterremoto no Japão
Cachorro com uma vareta na boca. Foto: Canva

Alguns pesquisadores acreditam que os animais são capazes de perceber os primeiros sinais de um terremoto antes mesmo que os humanos sintam qualquer coisa. 

Essa hipótese é baseada na existência de dois tipos de ondas sísmicas: as chamadas ondas P e as ondas S. As ondas P são as primeiras a serem emitidas durante um tremor, saem do epicentro com grande velocidade e são leves, o que faz com que muitas pessoas sequer as percebam. 

Já as ondas S são mais lentas, mas mais intensas, e são responsáveis pela sensação real do chão tremendo.

A ideia de que os animais percebem as ondas P tem ganhado atenção por conta de pesquisas como a do cientista Martin Wikelski, do Instituto Max Planck de Comportamento Animal. Em 2020, ele publicou um estudo com base em dados coletados na Itália. 

Durante a pesquisa, observou-se que alguns animais apresentaram mudanças comportamentais cerca de 45 minutos antes da ocorrência de tremores detectados na região. 

As reações observadas foram diferentes dependendo do tipo de animal. As vacas, por exemplo, ficaram completamente paradas, sem se mover. 

Os cachorros, por outro lado, demonstraram agitação fora do comum, com latidos intensos e inquietação. Já as ovelhas pareceram desorientadas.

Ainda não há uma explicação científica clara para esse comportamento antecipado. 

O que se sabe até agora é que alguns animais parecem reagir de maneira diferente pouco antes de terremotos acontecerem, o que levanta a possibilidade de que seus sentidos mais aguçados captem as ondas P. 

Embora isso ainda não seja suficiente para estabelecer um método confiável de alerta, as observações são importantes para futuros estudos e podem, eventualmente, contribuir para novas estratégias de prevenção em regiões de alto risco sísmico.

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