Na manhã do último domingo (20), um policial militar matou um cachorro com três tiros na Praça do Coreto, um dos pontos turísticos mais movimentados de Pirenópolis (GO). O animal era conhecido na região por acompanhar um morador em situação de rua e era considerado dócil por muitos moradores.
Segundo a Polícia Militar, o cão teria avançado de forma agressiva contra os policiais durante uma abordagem, representando ameaça à integridade física da equipe. No entanto, testemunhas contestam essa versão, afirmando que o cachorro apenas tentou proteger seu tutor.

Animais de rua e a legislação brasileira
No Brasil, a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) prevê punições para quem pratica maus-tratos contra animais, incluindo pena de detenção e multa. Além disso, o artigo 32 da referida lei considera crime “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados”.
Animais de rua, embora não tenham um tutor identificado, são protegidos por essa legislação. A responsabilidade pela proteção desses animais é compartilhada entre o poder público e a sociedade civil.
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A atuação da polícia em situações com animais
A abordagem de animais por forças de segurança deve seguir protocolos que priorizem a segurança de todos os envolvidos, incluindo o animal. Em casos de ameaça, é esperado que os agentes utilizem métodos não letais sempre que possível.
No caso de Pirenópolis, a ação do policial gerou questionamentos sobre a proporcionalidade do uso da força e a existência de alternativas para conter o animal sem causar sua morte.
O papel da comunidade na proteção dos animais
A comunidade desempenha um papel fundamental na proteção dos animais de rua. Em Pirenópolis, moradores relatam que o cachorro morto era alimentado e cuidado por diversas pessoas, sendo uma figura conhecida na região.
A mobilização da população após o incidente demonstra a importância do engajamento comunitário na defesa dos direitos dos animais e na cobrança por ações adequadas das autoridades.
Impacto social e repercussão do caso
O caso gerou forte comoção nas redes sociais e na cidade de Pirenópolis. Moradores e visitantes expressaram indignação com a morte do animal e questionaram a conduta dos policiais envolvidos.
Organizações de proteção animal e cidadãos estão cobrando providências das autoridades para que casos como este não se repitam e para que haja responsabilização adequada.
Conclusão
A morte do cachorro em Pirenópolis levanta importantes discussões sobre a atuação das forças de segurança em situações envolvendo animais, a proteção legal dos animais de rua e o papel da sociedade na defesa dos direitos dos animais. É fundamental que haja uma reflexão profunda sobre esses temas para evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro.