A leucemia em cães é uma doença que acomete um número significativo de cães de diferentes raças. Para um melhor entendimento da doença, a leucemia é a proliferação anormal de glóbulos brancos (leucócitos) do sangue sem uma causa aparente, sendo classificado pela a medicina, como um câncer. A medula óssea do animal começa a produzir um número anormal de glóbulos brancos, fazendo com que haja um descontrole das células sanguíneas.
A leucemia, ao contrário do que muitos pensam, não existe em apenas um tipo. A leucemia em cães pode ser dividida em dois tipos, que são Leucemia Linfóide e Leucemia Mielóide.
Leucemia Linfóide: Nesse tipo de leucemia ocorre a produção anormal de leucócitos (glóbulos brancos) pela medula óssea, denominados de linfócitos B. Normalmente, as células cancerígenas se disseminam por todo o sangue, como também, na medula óssea.
Essa doença pode se apresentar de forma crônica, quando é desencadeada de forma lenta e duradoura, ou também de forma aguda, quando é de origem mais rápida e bem mais agressiva, comparada com a crônica.
Leucemia aguda x leucemia crônica em cães
A leucemia aguda ocorre quando os leucócitos, ou células sanguíneas ruins, estão se reproduzindo rapidamente e a leucemia progride muito rapidamente. A contagem de glóbulos vermelhos e brancos do seu cão será menor do que o necessário para combater doenças e funcionar a 100%. A leucemia crônica, por outro lado, ocorre e progride mais lentamente ao longo do tempo.
A leucemia aguda é mais comum em cães de meia idade entre 5 e 6 anos, enquanto a leucemia crônica é mais comum em cães mais velhos.
Ambos os tipos de leucemia podem causar um sistema imunológico enfraquecido, devido à menor contagem de glóbulos brancos. Isso pode levar à contração de outras doenças. Por esse motivo, muitos cães com leucemia apresentam sintomas mais genéricos e não são diagnosticados imediatamente. Pois podem ter contraído outra coisa além do câncer.
Além disso, as células de leucemia geralmente se espalham para outros órgãos através do sangue, na maioria dos casos, rins ou fígado; portanto, sintomas de problemas renais ou hepáticos podem ser um sinal de leucemia em cães. Radiação e outros produtos químicos têm sido sugeridos como causas da leucemia, mas nenhum estudo respeitável corroborou isso ainda.
Sintomas da leucemia em cães
Os principais sinais clínicos achados em pacientes portadores, são:
- Aparecimento de febre;
- Dores nas articulações;
- Fraqueza;
- Anemia;
- Linfonodos palpáveis;
- Perda de Peso;
- Depressão;
- Morte do animal.
Os animais mais afetados por esse tipo de leucemia são os cães mais novos.
Leucemia Mieloide: Na Leucemia Mieloide, são afetadas, de forma acentuada, as células mieloides, sendo estas classificadas também como glóbulos brancos.
Os animais mais afetados por essa classe de leucemia são os cães adultos e os cães idosos. Assim como a Leucemia linfóide, a mielóide também é apresentada na forma crônica e aguda. Os sinais clínicos da Leucemia Mielóide são muito semelhantes aos da linfóide, por isso é exigido um exame laboratorial para fim de diagnóstico.
Causas da leucemia em cães
As principais causas para o aparecimento da leucemia em cães ainda são de origem desconhecida. Estudiosos afirmam que o aparecimento da leucemia é devido a uma mutação somática do DNA, acarretando alterações, anomalias e proliferação de glóbulos brancos e que pode surgir devido ao animal ser exposto à substâncias cancerígenas e/ou à radiação.
Diagnóstico
O diagnóstico mais comum de leucemia vem de uma amostra de sangue irregular, na qual a contagem de glóbulos brancos ou glóbulos vermelhos (ou ambos) parece estar desativada. A maioria dos pacientes com leucemia é diagnosticada dessa maneira, geralmente por acidente durante um exame de sangue de rotina.
Um diagnóstico verdadeiro ocorre após o seu veterinário realizar uma biópsia ou aspiração de medula óssea. Isso pode ser doloroso para o cão e normalmente requer anestesia para conforto e para impedir que o cão se mova durante o procedimento.
A avaliação para a confirmação do diagnóstico da leucemia deve ser feita por um médico veterinário. É feito o exame físico do animal, avaliando a sintomatologia do paciente, e também solicitados os exames laboratoriais sanguíneos, que são de suma importância. O médico veterinário irá receitar exames de acordo com a necessidade do quadro.
Tratamento
O tratamento para a leucemia consiste em sessões de quimioterapia e medicamentos de apoio. O tratamento deve ser feito exclusivamente por um médico veterinário. Pois se trata de uma doença delicada e bastante agressiva, assim sendo necessário um profissional da área.
O prognóstico da leucemia aguda é tipicamente pior que o da leucemia crônica. Pois as células cancerígenas estão crescendo e se espalhando muito mais rapidamente. Embora não possa ser totalmente curada, muitos casos de leucemia podem ser tratados e convividos. Como em todos os cânceres, o seu caso será exclusivo do seu cão e do corpo dele; portanto, consulte um oncologista veterinário para obter um curso completo de tratamento da leucemia do seu cão.
O tratamento da leucemia aguda geralmente envolve fluidos intravenosos, antibióticos e, às vezes, transfusões de sangue. Muitos cães também precisam de um tratamento quimioterápico que você possa administrar em casa. A quimioterapia também será usada em pacientes com leucemia crônica. Esses pacientes serão submetidos a um monitoramento cuidadoso de suas contagens sanguíneas através de visitas regulares ao veterinário.
Todos os cães com leucemia terão um sistema imunológico comprometido. Por isso é aconselhável mantê-los afastados o máximo possível de outros cães, para evitar contrair doenças adicionais.
Prevenção
A prevenção, tanto para leucemia linfoide quanto para a leucemia mielóide é evitar ao máximo o animal ser exposto à radiação e à substâncias cancerígenas. Outro ponto que ocorre bastante, não só em animais com câncer como em qualquer patologia, é que habitualmente os tutores esperam o animal ficar bem debilitado para levar à uma clínica veterinária.
Na leucemia, assim como em qualquer câncer, é necessário que a doença seja descoberta no início, pois as chances de cura aumentam de forma significativa. Diante de qualquer anormalidade observada num animal, este deve ser levado imediatamente a um médico veterinário.
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