Os médicos veterinários de todo país estão proibidos de realizar caudectomia (cirurgia para o corte de cauda) com finalidade estética devido a Resolução nº 1027, de 18 de junho de 2013. O dispositivo altera a Resolução nº 877, que antes continha apenas uma recomendação do CFMV para os médicos não realizarem o procedimento.

Desde 2008 o CFMV  proíbe a conchectomia (cirurgia para o corte de orelha), cordectomia (corte nas cordas vocais) e, nos gatos, onicectomia  (remoção das unhas).

Foto: RSPCA

A realização desse procedimento, com o intuito de atender um fim puramente estético, é considerada ilegal e o veterinário que o fizer poderá ter seu registro suspenso pelo conselho.

Segundo o presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda:

 

Queremos coibir a caudectomia e conscientizar o Médico-Veterinário a não recomenda-la, já que amputar parte de um animal por motivo torpe é inadmissível.

 

A medida atende a um pedido feito pelo Ministério Público do Estado (MPE) de São Paulo ao Conselho Nacional de Medicina Veterinária (CNMV), que publicou uma resolução no “Diário Oficial” da União (DOU) na terça-feira, 2 de julho.

Apesar da resolução se estender apenas ao médicos veterinários, os criadores que praticam por contra própria os procedimentos poderão responder processo, já que de acordo com o artigo 39 da Lei de Crimes Ambientais, fica proibido qualquer tipo de mau-trato aos animais, o que inclui sua mutilação.

O Brasil se une a diversos países como Estados Unidos e Alemanha, nos quais as práticas já são ilegais e combatidas.

 

Fonte das informações: Jornal Folha de São Paulo

CFMV

 

A caudectomia é uma prática antiga.

 

Um procedimento antigo, surgiu quando os donos preferiam cortar a cauda do animal com o intuito de facilitar a vida dos dois durante caçadas e batalhas para diminuir a área de contato entre o cão e o oponente.

Hoje em dia, que os cães se tornaram animais de companhia, impor tamanho abuso por motivos estéticos é inconcebível.

Ao realizar esse procedimento o dono será responsável por abalar a capacidade do cão de comunicação, assim como estará permitindo que o animal seja mutilado, causando um grande desequilíbrio sem necessidade.

Os procedimentos continuam em casos de necessidade de amputação, como em acidentes e tumores na região.

Alguns acreditam que a medida irá demorar para se tornar realidade, já que “levará tempo para as pessoas se acostumarem”. Então vai de cada um de nós: Não permita que os seus animais sejam submetidos a tais procedimentos com finalidade estética e se conhecer quem o faça, denuncie no Conselho Regional de Medicina Veterinária(CRMV) de seu estado .

Conscientize o próximo, alguns donos de fato ainda acreditam que isso é o “normal” a se fazer. Explique o que realmente consistem os procedimentos e como os animais sofrem e são prejudicados para o resto da vida.