Muitas pessoas se perguntam se existem síndrome de down em cães. E esta pergunta acaba surgindo em ambientes em que cães, de fato, nascem com algum tipo de diferença genética. E de forma equivocada e muitas vezes apenas na base do achismo, surgiram diversos relatos de síndrome de down em cães.

No texto de hoje, vamos elucidar esta questão para que você entenda, de fato, como esta síndrome surge e porque ela é muito improvável que apareça em cachorros. Mas, isto não quer dizer que outros tipos de situações parecidas não possam surgir. Parece confuso, mas é muito simples. E entenderemos tudo a partir de agora.

Vamos lá?

síndrome de down em cães

Cão feliz deitado no chão – Foto: Freepik

Síndrome de down em cães – Realmente existe?

Não. A síndrome de down em cães não existe. Na verdade, é muito improvável que algum cão possa desenvolver este tipo de condição, por um motivo muito simples. A síndrome de down é uma mutação genética praticamente de exclusividade humana, visto que os genes humanos é que fazem o processo acontecer.

Mas, claro, é “entendível” a justificativa de que alguém viu ou teve um cachorro com síndrome de down. Afinal, diversos tipos de síndromes ainda não foram reconhecidas ou mesmo não tem o conhecimento popular de forma ampla.

E com isso, as pessoas acabam simplesmente “apelidando” algum tipo de síndrome genética com aquilo que elas bem entenderem.

Então, a síndrome de down em cães acaba sendo uma espécie de “mito”. Mas, para entendermos melhor o motivo de ela não aparecer em cães, precisamos entender porque aparecem em humanos. Vejamos abaixo.

E por falar em síndrome, veja também nosso artigo sobre síndrome da ansiedade da separação. Afinal, cães também possuem transtornos de ansiedade que podem reduzir a qualidade de vida deles.

O surgimento da síndrome de down

A síndrome de down é uma síndrome de exclusividade humana.

Ela surge devido a uma mutação que acontece nos cromossomos ainda na fase embrionária. Mais especificamente, no cromossomo 21. Na fase de duplicação deste cromossomo, há uma “falha” e ele acaba se triplicando.

Com isso, o ser humano originário acaba ficando com características muito marcantes e conhecidas por quem porta esta síndrome (como o rosto arredondado e os olhos puxados).

Assim como todos os tipos de embriões, o dos cães também possuem cromossomos. E, por incrível que pareça, eles também contam com o cromossomo 21. Partindo do princípio que é deste cromossomo que a síndrome se origina, poderíamos pensar que sim, podem ocorrer cães com down.

Mas o cromossomo 21 dos cães é completamente diferente do cromossomo 21 dos humanos. Afinal, a genética é completamente diferente e o “funcionamento” dele, também. Por isso, não há evidências de síndrome de down em cães.

Mas, isto não quer que cães não podem sofrer mutações genéticas. Muito pelo contrário. Entendermos a seguir. Acompanhe.

cachorro feliz

Cão correndo feliz – Foto: Freepik

Síndromes genéticas não são síndrome de down

Por mais que os cães podem não ter a síndrome de down, isto não significa que eles não possam contrair nenhum tipo de mutação. Pelo contrário.

Há diversas síndromes relacionadas a genética e cromossomos que os cães poderão levar para a vida. Mas, simplesmente pelo fato de você não saber que tipo de síndrome ele porta, não significa que seja síndrome de down, ok?

Entenderemos ao fim do texto algumas destas principais síndromes que você poderá encontrar nos pets. Assim, seu estudo ficará mais completo!

Veja também: Síndrome da Espinha Curta em cães (SEC).

Como cuidar de um cão com alguma síndrome genética?

Muitas vezes, não há como evitar que um cão nasça com algum tipo de mutação genética. É claro que os cuidados prematuros de seus pets papais, pode ajudar. Mas, de qualquer forma, é importante entender o que fazer caso sua cadelinha dê a luz filhotes com algum tipo de síndrome desconhecida ou diagnosticada.

Ter conhecimento do assunto é muito mais vantajoso do que simplesmente “ignorar” ou “fazer de conta” de que está tudo certo. Assim, você poderá oferecer uma vida digna e com saúde para seus pets. Vejamos algumas dicas abaixo.

síndrome de down em cães

Cão com a língua de fora – Foto: Freepik

Muito amor e carinho

O primeiro aspecto, é o amor e o carinho. Por mais que a síndrome de down em cães seja algo longe (e até aqui, não diagnosticada), não significa que todos os pets nascerão sem nenhum tipo de diferença genética. E muitas vezes, esta pequena diferença pode não refletir em nada na vida do animal. O “diferente” pode muito bem ser igual.

E oferecer amor e carinho é o que de mais digno você pode fazer. É isto que muitas vezes fará com que os animais não só sobrevivam, mas sim, vivam uma vida feliz em um lar confortável e aconchegante.

Veja também: Como cuidar de um cachorro? O guia completo e definitivo

Alimentação adequada

O segundo passo, claro, é a alimentação. Os animais precisam receber uma alimentação balanceada, completa e equilibrada de acordo com tamanho, peso e gasto energético. E em alguns casos, a alimentação precisa ser ainda mais pensada, pois algumas síndromes podem exigir quantidades maiores de vitaminas, carboidratos ou proteínas.

E isto nos leva diretamente a última dica, que é a procura por consultas frequentes a veterinários.

Consultas frequentes a um veterinário

Seja se o seu cão possui ou não algum tipo de síndrome genética, saiba que as idas ao veterinário são importantíssimas. Mas principalmente quando há uma necessidade específica. Por isso, não hesite em fazer exames de rotina e check-ups constantes. Assim, tudo poderá ser melhor previsto e diagnosticado e os tratamentos, claro, serão mais efetivos.

síndrome de down em cães

Cuidando do pet – Foto: Freepik

A síndrome de Turner

A síndrome de down em cães não é um problema diagnosticado nos animais. Mas, outras síndromes podem ocorrer. Como a síndrome de Turner, que faz com que as fêmeas tenham o desenvolvimento de suas genitais comprometido. E isto faz com que a reprodução também seja mais difícil, causando inclusive a infertilidade.

Síndrome do triplo X

Já a síndrome do Triplo X é uma triplicação do cromossomo X, fazendo com que diversos tipos de problemas possam surgir, como problemas na arcada dentária e irregularidades reprodutivas, com ciclos alternados e sem padrão.

Síndrome de Klinefelter

E por fim, há ainda a síndrome de Klinefelter, tratando-se do alargamento de ossos em animais machos. Aqui também se observam problemas relacionados a sexualidade do pet, podendo levar até mesmo a infertilidade.

Lembre-se: O melhor que você pode fazer é sempre cuidar do seu pet. Para tratar ou prevenir qualquer tipo de síndrome ou doença, levar ele a um veterinário constantemente é fundamental. Assim, você estará sempre proporcionando qualidade de vida e saúde para o cãozinho.