Apesar de esses serem cãezinhos considerados bastante saudáveis, existem doenças que são comuns nos Cavalier King Charles Spaniel.
Isso porque existem várias doenças genéticas que podem ocorrer, sobretudo quando a raça é selecionada ao longo de muitas gerações.
Justamente por isso, é extremamente importante que a compra de animais seja feita em canis renomados, de criadores que façam a reprodução da raça de maneira bem séria, evitando problemas.
O ideal é que os animais reprodutores tenham pelo menos exames oculares e cardiológicos realizados frequentemente.
Além disso, os próprios filhotes devem passar por exames de saúde bem detalhados antes de ganharem um novo lar.
Cabe ao tutor também conhecer as doenças mais comuns do Cavalier King Charles Spaniel, para evitar ou, reconhecer os sinais nos animais precocemente.
Então, neste texto vamos falar sobre elas. Então, não perca!
Conheça as doenças comuns do Cavalier King Charles
Assim como acontece com outras raças, existem doenças que são comuns do Cavalier King Charles Spaniel.
A maioria delas é genética e, ocorre porque ao longo do tempo os animais foram sendo selecionados, o que levou ao aparecimento cada vez mais frequentes desses genes na população.
A seguir falaremos sobre os problemas que mais afetam animais da raça.
Displasia Coxo-Femoral
Esta é uma das doenças comuns em Cavalier King Charles Spaniel, que tem herança poligênica. Ou seja, que envolve mais do que um gene.
Para entender o que acontece no animal que tem a condição, deve-se entender que a articulação coxal é composta pela cabeça do osso fêmur, que deve ficar perfeitamente encaixado no acetábulo, localizado na pelve.
No entanto, em alguns animais o acetábulo não se desenvolve muito bem e, quando isso ocorre, não há um bom encaixe da cabeça do fêmur.
Devido a essa mal formação, a cartilagem presente na articulação sofre estresse constante. Com o passar do tempo ocorre o desgaste dela.
Mais fina, essa articulação perde a sua capacidade de fazer o amortecimento na região conforme o animal se movimenta.
Com o agravamento do quadro, é bem comum que o animal desenvolva um quadro de artrite, o que o leva a ter muita dor e, uma grande limitação dos seus movimentos.
É importante dizer ainda que esta é uma doença degenerativa, que possui um caráter principalmente genético, mas que também sofre influência de fatores do ambiente.
Fatores importantes nesse caso são a taxa de crescimento e o peso do animal, por exemplo. E é por isso que cães de raças grandes e gigantes são mais propensos.
Além disso, o tipo de piso presente no local onde o animal vive influencia diretamente na condição.
Mesmo que esta seja uma doença mais comum em animais de porte grande, também faz parte da herança genética do Cavalier King Charles Spaniel.
Por ser uma doença recessiva, esta pode estar presente nos filhotes mesmo que os pais não tenham. Mesmo assim, recomenda-se que os animais passem por exames de raio X.
Doenças comuns no Cavalier King Charles Spaniel: Luxação de Patela
A luxação de patela é mais uma condição bem comum na raça, apesar de não se conhecer bem a forma de herança.
Ao que parece, esta é mais uma doença que depende de vários genes. De qualquer forma, este é um problema bem comum em raças de pequeno porte.
A luxação de patela acontece quando existem problemas e anomalias nos ossos que compõem os membros posteriores dos animais.
A fossa troclear de um animal normal é suficientemente profunda para que a patela se acomode adequadamente.
No entanto, em alguns cães ela é rasa demais, o que leva o animalzinho a ter essa região como se fosse solta no animal.
Em alguns casos, a patela pode se deslocar, provocando dor e, prejudicando a movimentação do animal.
Nesse caso, é importante diagnosticar o problema adequadamente. E o médico veterinário pode ajudar o cão facilmente nesses casos.
Doenças comuns do Cavalier King Charles Spaniel: Trombocitopenia
Basicamente, trombocitopenia é o termo usado para indicar uma contagem mais baixa do que o normal das plaquetas presentes no sangue.
Pode-se dizer que esta é uma doença comum no Cavalier King Charles Spaniel, uma vez que ela está presente em mais ou menos um em cada três animais.
No entanto, alguns criadores dizem que esta condição não deve ser classificada como doença, uma vez que os animais não possuem sinais que demonstrem problema.
Isso acontece provavelmente porque apesar de as plaquetas nos animais da raça estarem presentes em menor número, elas costumam ser maiores, consideradas, até mesmo gigantes.
O que acontece também é que os aparelhos de hemograma fazem a contagem das células do sangue analisando o tamanho delas.
No entanto, as plaquetas são bem grandes, do mesmo tamanho dos glóbulos brancos comuns, sendo confundidas com esses últimos.
Dessa forma, quando se observa o resultado do hemograma do animal, é comum verificar uma baixa quantidade de plaquetas, ao mesmo tempo em que se tem uma contagem de leucócitos alta. Mas tudo não passa de uma falha na contagem.
Diante disso, é importantíssimo que o médico veterinário que lida com um animal da raça conheça esses detalhes para não cometer erros de diagnóstico.
Nesse caso, é importante enviar uma solicitação de contagem manual das células, uma vez que o patologista é capaz de identificar cada tipo ao microscópio, fornecendo assim um resultado bem mais fidedigno.
Trombocitopenia verdadeira
É importante dizer que as plaquetas possuem uma enorme importância na coagulação sanguínea e, quando está em níveis reduzidos, o animal pode sofrer com sangramentos.
Sendo assim, é fundamental se certificar se realmente não existe uma trombocitopenia verdadeira, uma vez que esta é uma condição que comumente aparece em animais que estejam com tumores ou infecções como a doença do carrapato.
Os sinais mais comuns quando isso acontece são: sangramentos do nariz, presença de sangue na urina e nas fezes, fraqueza e, prostração.
Esta é uma doença grave, que deve ser tratada para que o animal recupere a sua saúde e bem estar. Geralmente, para isso se utiliza medicamento do grupo dos corticoides.
Seringomielia (SM) ou Síndrome de Chiari-like
Esta é uma condição complexa, na qual surgem cavidades repletas de líquido bem próximas à espinha dorsal do animal.
O problema é conhecido popularmente como a “doença da coceira do pescoço”. Isso porque é bem comum que o animal fique batendo a pata próximo ao pescoço.
A seringomielia acontece quando o fluxo do líquido cérebro-espinhal (LCE) é diminuído. Como é este liquido que permite que o cérebro se mova para a frente e para trás conforme a pulsação, quando o fluxo é prejudicado, a pressão para a medula.
É desta maneira que a pressão se distende para além da região obstruída e, assim se formam cavidades, também chamadas de bolsas que cercam a medula.
A doença é comum em cães de pequeno porte e, o motivo principal é que o cerebelo faça pressão sobre o forame magno, região de união entre o encéfalo e a medula.
No animal que apresenta o problema, a manifestação mais importante é a dor, que geralmente fica localizada na região no pescoço.
Ainda faltam muitos estudos sobre esta doença em especial, uma vez que ela ainda é de certa forma uma incógnita.
De qualquer forma, parece que os animais que a possuem têm sensibilidade ao toque no pescoço, orelhas e cabeça. No frio ou quando o animal está agitado a doença se agrava.
Além disso, muitos preferem dormir com a cabeça elevada e, em animais jovens pode surgir a escoliose.
Outro ponto importante sobre isso é o sinal da coceira na região do pescoço. Este é na verdade um reflexo ao processo de dor, uma vez que em muitos casos o animal nem toca a pele ou pelagem.
Importância da doença para a criação da raça
Entre as doenças comuns do Cavalier King Charles Spaniel, esta é uma das mais preocupantes, com a qual os criadores devem se importar muito para fazer a reprodução consciente da raça.
Muitas vezes pessoas que simplesmente reproduzem os animais por dinheiro costumam nem levar essa doença em consideração na hora de planejar os cruzamentos.
No entanto, os criadores mais sérios da raça costumam se preocupar bastante com isso. Inclusive, grande parte do financiamento de pesquisas relacionadas ao problema é proveniente justamente desses canis.
É importante dizer que esse problema que pode ocorrer nos cães, também ocorre em seres humanos.
No caso dos Cavaliers, é basicamente como se o crânio do animal fosse pequeno demais para comportar o encéfalo. Com isso, surgem pontos de obstrução.
O diagnóstico da doença não é tão simples e, geralmente é feito por meio de Ressonância Magnética.
O problema é que este ainda é um exame bem inacessível quando se fala em medicina veterinária.
Ele pode ser realizado apenas em grandes centros veterinários e, demanda uso de anestesia geral para a sua realização.
O ideal seria que todos os genes relacionados à doença sejam devidamente identificados, pois parece que mais do que um gene recessivo é responsável pelo problema.
Em relação aos criadores, é fundamental que animais diagnosticados não se reproduzam para que não passem a doença adiante aos seus descendentes.
Síndrome de caçar moscas imaginárias (Flycatcher’s Syndrome )
Esta é uma das doenças comuns em Cavalier King Charles, que é na verdade, um transtorno obsessivo-compulsivo.
No entanto, em alguns casos o problema é tido como uma doença neurológica, como se fosse uma espécie de convulsão do animal.
O nome peculiar é dado por conta do principal sinal deste problema, uma vez que o animal se movimenta exatamente como se houvessem moscas voando em torno da sua cabeça.
Ao que parece, esta é mais uma doença que tem algum tipo de relação com a herança genética do animal.
E apesar de também ocorrer em outras raças, é bastante comum entre os Cavaliers.
O problema é relativamente simples de se controlar. Desde que haja um diagnóstico assertivo, feito por um médico veterinário que conheça o problema.
Nesse caso, antidepressivos e anticonvulsivantes são classes de medicamentos que costumam apresentar uma boa resposta na maioria dos casos.
Doenças comuns em Cavalier King Charles: Síndrome da Hipertonicidade Muscular
Esta não é apenas uma das doenças comuns em Cavalier King Charles, como é uma patologia exclusiva da raça.
O primeiro relato sobre o problema foi feito em 1960. Desde então, tem-se percebido que a doença não é progressiva.
Quando feito o tratamento adequado, os animais costumam apresentar melhora significativa. E o quadro em si não parece reduzir a expectativa de vida dos pets.
Nesse caso, é sabido que a herança genética da doença é relacionada a apenas um gene de caráter recessivo.
O gene já foi mapeado, o que representa um grande avanço em relação a esta condição. Isso porque o mapeamento torna possível a realização de teste genético para determinar quais animais expressam a doença e, quais carregam o gene para ela.
Isso permite que os criadores evitem cruzamentos que levem ao nascimento de animais que apresentem a condição.
Aqui vai uma informação bastante interessante. Apesar de não haver uma confirmação sobre isso, existem autores que sugerem que a condição esteja ligada à Trombocitopenia idiopática, que é uma das doenças comuns em Cavalier King Charles.
É importante reconhecer os sinais do problema, que apesar de variarem, na maioria dos casos o animal apresenta rigidez da musculatura das patas traseiras logo após a realização de atividade física.
O mesmo pode acontecer quando o cão fica estressado ou excitado, mas não há perda de consciência nessa condição.
Doenças comuns em Cavalier King Charles: Epilepsia
A epilepsia é uma doença que pode acontecer em humanos, várias espécies de animais e, em muitas raças de cachorros.
O seu modo de herança é predominantemente desconhecido. No entanto, percebe-se que a doença tem manifestações diferentes dependendo da raça do animal. Por isso é bem provável que existam vários genes envolvidos com a condição.
Antes de falar sobre as formas em que as convulsões se apresentam, você deve saber que o termo epilepsia se refere à múltiplas convulsões.
O mais comum é que as convulsões de maneira geral aconteçam por algum motivo, que pode ser um tumor, problema cardíaco, mudanças hormonais, hipoglicemia ou hipertermia.
No entanto, no caso da epilepsia idiopática, não há uma causa bem definida. Como o problema é do próprio animal, o primeiro episódio costuma ocorrer cedo, entre 1 e 3 anos de vida do pet.
A condição é considerada genética porque a epilepsia está presente com maior frequência em determinadas raças.
Além disso, quando ela não tem causa definida, pode ocorrer de diversas maneiras, dependendo do animal.
É bem comum encontrar animais que tenham apenas uma convulsão durante a vida toda, enquanto que outros podem apresentar episódios bem frequentes.
Os cães que possuem convulsões ocasionais não necessitam de medicação. Mas os animais que têm episódios recorrentes, sim. Nesses casos é preciso avaliar também a gravidade.
Doenças oculares
Entre as doenças comuns em Cavalier King Charles, muitas são oculares. Por isso, vamos listar as principais e, as suas características mais importantes.
Microftalmia com defeitos oculares múltiplos
Este é um problema oftálmico grave, mas que não possui um modo de herança bem definido. Por conta disso, é sempre aconselhado não usar os animais portadores como reprodutores.
De qualquer maneira, a microftalmia é definida como sendo um problema congênito, em que o animal nasce com um olho bem pequeno.
Além disso, é comum que surjam outros problemas associados, como catarata, alterações do vítreo e deslocamento de retina, por exemplo.
Distiquíase
É mais um problema que não tem herança definida e, que faz com que o animal tenha os seus cílios em uma posição inadequada, bem na margem das pálpebras.
Com isso eles ficam em contato com os olhos do animal e provocam irritações. Isso pode acontecer com animais em qualquer fase da vida.
Distrofia Corneana
Mais uma entre as doenças comuns em Cavalier King Charles de herança não definida. Nesse caso, o animal portador da condição apresenta uma opacidade corneana.
Esta pode estar presente em apenas uma ou mais camadas da córnea e, pode ter caráter bilateral.
As lesões se formam em geral por meio de depósitos centrais, que costumam surgir entre os 2 e 5 anos de idade.
Esta é uma condição que não possui cura definida. Apesar disso, é importante deixar bem claro que a doença não leva a prejuízos da visão.
Ceratopatia de exposição/macrobléfaro
Esta é uma doença corneana, que também possui uma herança não determinada até o momento.
Em alguns animais ela acomete a córnea como um todo, enquanto em outros apenas uma parte é afetada.
Nesse caso, é bem comum que a faixa central seja a região mais fortemente acometida. Na maioria das vezes, isso acontece por uma condição que se chama de lagoftalmia, ou seja, o fechamento inadequado das pálpebras.
Isso costuma ocorrer se o animal tiver a órbita rasa, olhos proeminentes ou uma fenda palpebral bem grande.
Doenças comuns em Cavalier King Charles: Catarata
É bem provável que você já tenha visto um animalzinho com catarata pelo menos uma vez na vida.
Quando o problema acontece, o cristalino, ou a sua cápsula, fica parcial ou totalmente opacos. Com o tempo há uma tendência de agravamento do problema.
E se por acaso houver uma opacidade total de ambos os cristalinos, o animal ficará cego. Sem dúvidas, a herança genética é a causa mais comum para que ocorra a catarata nos cães.
Sendo assim, os animais podem desenvolver o problema desde o começo da vida. Então a catarata tende a se manifestar entre os 2 e os 9 anos de idade.
É claro que nem sempre a catarata vai ser uma condição hereditária. E caso não o seja, pode ocorrer como consequência de trauma, inflamação intra-ocular, doenças metabólicas e alterações oculares congênitas.
Em alguns casos, até mesmo deficiências nutricionais específicas podem promover o aparecimento da catarata.
Displasia de retina
A última entre as doenças comuns em Cavalier King Charles que se manifestam nos olhos, pode-se citar a displasia de retina.
Podem se formar dobras, que além de poderem ser de vários formatos, também pode acontecer em um ou em ambos os lados.
Como a retina é importantíssima para a visão do animal, caso haja qualquer problema a questão pode se agravar. Muitas vezes o animal é levado
Definição: são dobras retinianas lineares, curvas, triangulares ou em formato de mapa, únicas ou múltiplas. Não se sabe, ao certo, sua importância em relação à visão do animal. Em casos graves, a displasia pode levar ao descolamento de retina e cegueira, que não é reversível.
Doença da valva mitral é comum em Cavalier King Charles
Primeiramente é importante observar que a doença em questão é conhecida por vários nomes, como: doença da valva mitral, endocardiose ou doença valvar crônica.
Geralmente, quando o problema ainda está no início, geralmente o médico veterinário atento vai perceber a existência de um sopro.
Mesmo assim, para fechar um diagnóstico, se deve recorrer a um exame de ecocardiograa, uma vez que é ele quem vai avaliar o espessamento e a degeneração da valva.
Pode haver ainda uma grande degeneração e espessamento da valva. Diante de tudo isso, o coração perde a capacidade de bater suficientemente bem.
Pode-se realizar ainda um Doppler, que complementa o ecocardiograma comum como forma de se confirmar ou quantificar quando existe um quadro de insuficiência valvar instalado.
Assim como acontece com outras doenças comuns em Cavalier King Charles, esta é uma patologia que pode aparecer em várias raças.
No entanto, ela tem caráter genético e, por isso ela é bem mais frequente em determinados animais.
Como principal sinal pode-se citar a tosse persistente e recorrente. Nesse caso, é preciso levar o animal imediatamente para uma consulta para identificar as causas.
Outro ponto é que esta é uma doença de enorme importância para a reprodução da raça. Isso porque se deve identificar os animais doentes e, assim deixar de usar esses exemplares como reprodutores.
Conclusão
Existem muitas doenças comuns em Cavalier King Charles, mas uma são bem mais importantes para a reprodução da raça do que outras.
Para minimizar os riscos de adquirir um exemplar que tenha problemas graves, deve-se escolher um canil renomado, que trabalhe com reprodução consciente.
